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O “mute” do Wizard

Falante na web, encolhido na CPI. Carlos Wizard é a cara do empresariado brasileiro que só dialoga – ou “monologa” – em grupos consonantes e correm do debate como, supostamente, o diabo foge da cruz.

Carlos Wizard foi convocado pela CPI da Covid-19 para responder sobre sua assumida participação na campanha nacional de combate a covid. Mas silenciou durante toda a sessão

Carlos Wizard é um cidadão visivelmente vaidoso e um apaixonado por si mesmo, pela sua história de sucesso à frente da Wizard e até aí tudo bem, nada contra os narcisistas, “tenho até amigos que são”. Já tive a oportunidade de assisti-lo pessoalmente em algumas oportunidades, em três ou quatro eventos. Se portando sempre como um Guru e sempre cercado por admiradores empreendedores, é uma espécie de “Osho Tropical”, ele sempre responde às indagações com um sorriso friamente calculado e com frases prontas no melhor estilo “Momentos de Sabedoria” do saudoso e caricato, Pedro de Lara. Me recordo que em uma dessas ocasiões, seu desempenho parecer com a do Walter Mercado, embora no lugar do “Ligue Djá”, sua estratégia de venda da sua autobiografia era algo como “compre Djá”, mostrando que como bom empreendedor, ele não deveria perder a chance de vender. Algo medonho, a meu ver, mas que no Brasil vende e vende mais do que curso ensinando a ficar rico, vendendo cursos que ensinam a ficar rico vendendo cursos...


Carlos Wizard enriqueceu fundando uma escola de inglês popular, curso que qualquer pessoa com algum conhecimento em inglês poderia ministrar, mas ele soube empacotar sua didática em um curso popular que poderia ser replicado em várias escolas ao mesmo tempo, isso em uma época que quem falava inglês ou estudava em escolas da elite social, ou pagavam grandes valores em aulas particulares. Não era como hoje que tem 2 escolas de inglês por quarteirão.


Diferente do sucesso da escola de inglês que fundou com seu nome, sua participação na CPI não foi nada brilhante, eu diria até que foi algo abaixo da mediocridade. Pouco foi dito sobre isso, mas Carlos iniciou sua explanação inicial sem responder ao Senador Omar Aziz se firmaria ou não o compromisso com a verdade. Ignorando a indagação do senador, leu um texto grotesco, tosco, apelativo, agarrado em um discurso religioso vazio, que em nada serviria para esclarecer os pontos investigados pela CPI. Aliás o que será que Deus tem a ver com as besteiras que ele fala ou faz?