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  • Dossiê faz aniversário

    Um ano informando com independência e responsabilidade. Viva a Dossiê! Leia a Revista Dossiê etc. Ontem a Dossiê etc completou um ano, mas preferimos esperar o final do dia para ter certeza de que o aniversário se completaria, afinal, hoje em dia nunca se sabe se a noite terá fim. Brincadeiras à parte, esse foi um ano de uma experiência intrigante. Ciente de todas as limitações financeiras, econômicas, burocráticas e operacionais que envolvem um veículo de informação, a Dossiê etc surgiu com a pretensão de informar, explicar e se aprofundar em assuntos negligenciados, dos mais curiosos aos mais espinhosos e assim fizemos. Dividindo o espaço entre várias pessoas que tinham a mesma vocação para informar e explicar aquilo que nem sempre é simples de entender, a Dossiê etc lançou seu manifesto inaugural em 01º de abril de 2021, com o editorial “Uma Escolha Nada Difícil”, um texto que fala sobre se apresentar para o debate, principalmente quando querem calar debates, direitos e ideias. Seguindo a vocação de falar o que tem que ser dito, Malou Brito, psicóloga, ativista da luta antiproibicionista e antimanicomial escreveu um artigo forte e profundo sobre “O Terror da Lei Antiterrorismo”, muitas vezes invocada para intimidar e criminalizar movimentos sociais legítimos. Em seguida Marina Frederico, advogada criminalista e, agora, mestre em direitos humanos, após a defesa da tese sobre os Direitos Humanos Da Pessoa Acusada, mostrou a que veio com a contundente coluna “Ora, tenham a fineza de desinventar” que com sua inconfundível assinatura, usou um clássico da MPB para criticar as mazelas jurídicas do nosso país. Tudo isso no 1º de abril. No, dito, dia da mentira a Dossiê etc mostrou que era de verdade, que as críticas seriam reais, que estávamos determinados a falar tudo o que tinha que ser dito, muitas vezes falas ignoradas pelos conflitos de interesse da grande mídia, dependente econômica de alguns atores dignos de críticas. No dia seguinte a Dossiê mostrou seu lado “et cetera”, falando sobre outras coisas, além das importantes e urgentes situações políticas do país. Na onda de uma pandemia que acontecia com toda sua força a primeira crítica de cinema do portal, assinada pelo crítico Cleber Eldridge foi ao ar, analisando o filme Contágio, de 2011. Dia 03 de abril um post coletivo, “Enquanto Isso, Na Sala de (in)Justiça”, também foi ao ar, satirizando o tosco ministério do Governo Bolsonaro. Os colunistas Amanda Machado, Beto Freitas e eu, Antônio Pedro, o editor, nos unimos à advogada especialista em questões ambientais, Vanessa Ribeiro, para imaginar quais seriam os superpoderes de alguns ministros, uma crítica divertida, leve e real. Além de editar o portal, coloco minhas letras em textos que analisam a conjuntura econômica e financeira da população e no dia 06 de abril provoquei com minha primeira coluna: “Se as Heranças não Acabarem, o que Acaba é o Brasil” – Se é herdeiro de grandes montas, melhor economizar seu fígado, você não gostará desse texto. Sem perder o ritmo, Beto Freitas, um luso-brasileiro apaixonado por aviação e pelos acontecimentos sócio-políticos, dono de uma das mais tradicionais bancas de jornal de São Paulo estreou na Dossiê com “Nas Asas da Pandemia”, coluna em que relatava a difícil situação da aviação civil que se viu obrigada a parar de maneira inédita, por causa da grave pandemia de covid-19. Finalmente, Nataliah Gardeni, escritora, historiadora e criadora do projeto Arrebita Mulher, completou o time de colunistas com a coluna “O Mito da Mulher Maravilha”. Com os textos desses sete colunistas e a repercussão de diversas notícias, a Dossiê passou por todas as limitações de um projeto sem recursos com a alegria de ter alcançado mais de 25 mil leitores que interagiram com os mais de 220 textos publicados, nesse último ano, com um ótimo engajamento médio de 1 minuto e 32 segundos e média de 4 interações por usuário, dados que nos faz muito feliz por mostrarem que nosso conteúdo é relevante e que as pessoas leem, se engajam com o que escrevemos sem precisarmos apelas para estratégias como “clique bait” ou assuntos batidos como comentar programas de TV que todos comentam. Ao invés disso, nosso despretensioso projeto nos permitiu ter independência para falar daquilo que consideramos crucial. A cultura nacional ganhou destaque e nossos conteúdos especiais apresentaram nosso cinema nacional como nunca visto. O especial “CineBR” exaltou diretoras e diretores nacionais, do passado, do presente e as promessas, já o especial “A Cara do Cinema Brasileiro” homenageou atrizes, atores, personagens e obras premiadas do nosso cinema. Uma singela forma de apresentar toda a riqueza do nosso cinema aos brasileiros que, infelizmente, ainda são leigos sobre a nossa própria arte. Apesar de não ser alvo da dedicação principal de nenhum dos colunistas, a Dossiê aconteceu e segue acontecendo. Saiu do papel e um passo de cada vez segue firme na decisão de trabalhar notícias e acontecimentos, opinando de forma tão responsável quanto independente. Por fim, nós sabemos, a informação de qualidade leva tempo para ser construída, as fontes precisam ser checadas e rechecadas, o texto precisa ser escrito, revisado, editado, ilustrado e publicado, um processo lento e custoso. Por isso, nem de longe acreditamos que seremos a plataforma de todas as informações importantes, porém, queremos continuar sendo confiáveis. E nos poucos assuntos que formos capazes de nos aprofundar, você leitor, tenha certeza de que isso foi feito com muita dedicação e respeito por você. #LeiaDossiê, continue a ler a Dossiê.

  • LISTA: 5 Filmes com festas marcantes

    A Dossiê etc, completa seu primeiro aniversário no ar e para comemorar nada melhor que uma festinha, não é? O site, portal, revista, chame como quiser, completa hoje seu primeiro aniversário, uma revista eletrônica que fala de tudo com responsabilidade – sempre bom frisar isso – nesse primeiro ano foi devagar, mas falamos muito de economia e das inúmeras polêmicas políticas, mas falamos ainda mais de cultura, especialmente de cinema e televisão, com muitos especiais que relembraram as trajetórias da televisão e especialmente do cinema nacional. Hoje, na comemoração, não vou fazer uma lista sobre o dia da mentira e sim sobre comemorações e festas, porque um dia como o de hoje, pede por uma celebração, segue a lista com 5 filmes com festas marcantes. 5. Música, Amigos & Festas (Max Joseph, 2015) Cole (Zac Efron) está buscando uma carreira de DJ de sucesso, para isso, ele conta com a ajuda de seu amigo James (Wes Bentley), que sabe todos os caminhos certos a percorrer. O que ele não contava é que, durante esse processo, ele começasse a se envolver com Sophie (Emily Ratajkowski), namorada do seu amigo... Onde assistir: HBO Max 4. O Grande Gatsby (Baz Luhrmann, 2013) Jay Gatsby (Leonardo DiCaprio) é um jovem milionário que organizava festas luxuosas, cheias de bebidas e gente da alta sociedade de Nova York. O grande objetivo de Gatsby é atrair um antigo amor, Daisy Buchanan (Carey Mulligan), mas o único que sabe disso é Nick Carraway (Tobey Maguire), narrador da história e primo de Daisy. Não é um filmaço e nem nada assim, mas as festas exuberantes valem o filme. Onde assistir: HBO Max 3. American Pie – A Primeira Vez é Inesquecível (Chris & Paul Weitz, 1999) O primeiro, ou um dos que fizeram sucesso, arrastaram milhões de adolescentes aos cinemas e marcaram época. Comédias de cunho sexual geralmente são apelativas e quase sempre descartáveis, mas American Pie tem alguma relevância por ser engraçado e por dar uma revigorada nesse gênero, com inúmeros personagens marcantes e festas que ficaram na nossa memória. Quem nunca quis ser um Stifler (Sean William Scott) da vida. Onde assistir: Star+ 2. O Lobo de Wall Street (Martin Scorsese, 2013) O filme mais “popular” do grande Martin Scorsese, é aquele filme que todo mundo conhece. Digo isso, porque todo mundo já assistiu e adora, e sim, é um dos melhores filmes do diretor, talvez só não seja o melhor porque existem “Taxi Driver” e “Os Bons Companheiros”. Scorcese escancara a reedificação e o fetichismo em uma comédia absolutamente incrível sobre o capitalismo e as festas... nossa! Onde assistir: Prime Vídeo 1. Projeto X (Nima Nourizadeh, 2012) O derradeiro filmes sobre festas, se você ainda não assistiu, com toda certeza já ouviu falar e cá pra nós, quem nunca foi em uma festa como essa do filme, não viveu a vida. Talvez de forma exagerada, mas temos um retrato da juventude curtindo sem nenhuma noção do amanhã e, na velocidade dos novos tempos, as cenas seguem em velocidade acelerada porque é assim que a atual juventude vive e na linguagem que estamos cada vez mais acostumados a encontrar, se isso é uma coisa boa ou não, só o futuro ira nos dizer. Onde assistir: HBO Max

  • OPINIÃO: A política religiosa do Brasil alcança lugares celestiais.

    Poder político religioso verde e amarelo. Uma mistura perigosa. Nenhuma dúvida que as alianças envolvendo igrejas e políticos existem há muito tempo, mas realmente chama a atenção que apenas agora, casos de negociações diabólicas entre essas duas esferas vieram à tona com maior ênfase. Provavelmente porque dentro do esquema corrupto instalado, alguma coisa tem saído um pouco fora do padrão, assustando até mesmo os tesoureiros que acreditam num patamar razoável para o sustento do caixa abominável. Outro motivo, também bastante óbvio, deve referir-se a muitos outros líderes, excluídos da parada, que os fez também se revelarem escandalizados com a caçada ao dinheiro público do ministério da Educação. Diante da total exposição nos canais jornalísticos, com total evidência de fatos e nomes, inclusive com as demonstrações sobre o esquema criado para o desvio do suado dinheiro do povo pagante de impostos, o desejo de quem assiste a tamanha falcatrua é de que ocorram prisões imediatas, não só dos nomes já apontados como certos, mas também daqueles que estão envolvidos e ainda escondidos nas cortinas da maldição. Incrível que a malta de pastores isentos desses descalabros, por total discordância da postura satanista de outros, ainda não tenham vindo a público para pedir apuração rígida e exclusão dos mesmos das denominações religiosas e também da política que alcançaram para benefício próprio. A frente dessas bombas existe a presença e atuação do próprio presidente, dando aberturas e caminhos a seus aliados de poder e maldade, como já está mais do que explícito. Em contrapartida, o falastrão da faixa presidencial consegue vir a seu público, descaradamente, proferir suas mentiras de gerir um governo sem corrupção, com palavras que caem como um bálsamo àqueles que precisam acreditar no homem que, em tese, seria a solução de seus problemas. Um governo onde casos de corrupção ecoam aos quatro cantos, faltando sim uma total e dinâmica averiguação de fatos e punição severa, como pede a lei. Lastimável saber que dentro da esfera religiosa existam também pessoas de boa índole, com respeito e dedicação aos propósitos, tendo estes que também assistir ao que fazem com seus fiéis e com a população, como um todo. Muitos estão indignados, também. Fazer da fé alheia um negócio de lucros duvidosos é o símbolo do próprio mal. O poder político é assustador. O religioso, feito às avessas, destrói princípios, fé e esperança. Mas eles se consideram aptos e embasados, não dentro das leis divinas e das terrenas, mas dentro daquilo que consideram o melhor para eles, exclusivamente. Embora exista um esgotamento do país, que vaza por canos direcionados a contas particulares, há de sobrar nem que seja um mínimo de força e discernimento para que se inicie um governo realmente capaz de devolver dignidade, justiça e perspectivas a nosso povo. Nunca na história se pagou tão caro por alimentos, por combustíveis e por serviços. É o custo da luxúria nas mãos de loucos, gananciosos, tão estúpidos e violentos. Tirar recursos da educação, aliás, é o que há de inteligência nessa corja. Só assim conseguem vendar os olhos de um povo de boa vontade, em seguida deixando-os pouco preparados para um mercado de trabalho sedento por profissionais qualificados. Eles conseguiram fazer um grande desmonte em todas as áreas. Não por incompetência, mas por objetivos lotados de maldade e individualismo. Não precisamos só de pão, mas também da devolução do que nos foi tirado, enquadrando os responsáveis por todos esses crimes, nas grades da vergonha.

  • Evasão já afeta produção escolar e preocupa especialistas

    Pandemia e exclusão digital estão dentre os principais motivos da alta da taxa de evasão e atraso escolar. Problemas já afetam a produção científica escolar e próximos anos serão fundamentais na reposição do tempo perdido. Segundo os dados da PNAD continua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) do 2º trimestre de 2021, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) e analisados pela ONG Todos Pela Educação, a evasão escolar quase triplicou durante a pandemia, chegando a aumentar em 171% em relação ao levantamento anterior à pandemia. Os dados apontam um salto de 90 mil crianças, de 6 a 14 anos, fora da escola em 2019, para 244 mil no atual levantamento. A pesquisa ainda aponta para um problema futuro. No levantamento pré-pandemia, 397 mil crianças em idade para o ensino fundamental (6 a 14 anos), estavam atrasadas, cursando ainda a pré-escola, no levantamento de 2021 o número cresceu 77% e atualmente, estima-se que esse número tenha chegado a quase 703 mil estudantes. Ao todo, apenas entre 2019 e 2021 a taxa de jovens de 6 a 14 anos matriculados, caiu quase dois pontos percentuais passando de 98,0% para 96,2%, uma preocupação a mais para o país que acumula dificuldades para democratizar uma educação de qualidade. Medidas de combate à evasão A necessidade por distanciamento social e a exclusão digital, seja pela falta de equipamentos ou de acesso à internet, são alguns dos inúmeros fatores que fizeram com que tantos jovens ficassem fora do ensino básico nesse período. No ensino médio, onde a evasão costuma ser mais alta por conta de realidades como a necessidade do trabalho, ou a maternidade precoce, os indicadores também pioraram. Enquanto em 2020, 77% dos jovens de 15 a 17 anos já estavam matriculados ou tinham concluído o ensino médio, em 2021 esse percentual caiu para 74,9%. O impacto dessas perdas já pode ser sentido na queda da produção escolar. Em 2021, em plena pandemia, aconteceu a 1ª edição do Prêmio de Incentivo ao Empreendedorismo Científico e, segundo Antônio Pedro, coordenador do prêmio, durante o período de inscrições “a maioria das escolas dizia não ter conseguido realizar os projetos planejados para o ano letivo. A maioria não tinha projetos científicos para inscrever no prêmio, para nós, uma fotografia fiel dos desafios da educação científica no ensino básico”, mesmo assim o prêmio recebeu mais de 100 inscrições de projetos vindos de todo o Brasil. O prêmio, idealizado pelo cientista e empreendedor Gabriel Estevam Domingos, foi desenvolvido para fomentar e reconhecer a prática científica no ensino básico – ensinos fundamental, médio e técnico – e desde sua primeira edição, permite que projetos de crianças a partir de 7 anos, concorram contra projetos de estudantes do ensino médio e técnico de até 18 anos, em três categorias que avaliam a criatividade, a necessidade, a viabilidade econômica e sustentabilidade dos projetos inscritos. Para a 2ª edição, além do foco sustentável da primeira edição, o prêmio trará o tema de fundo: “Reencontro Marcado com o Sonho”, encorajando jovens a não desistirem dos estudos e voltarem para as salas de aula, “afinal, sempre é tempo para recomeçar, porque a vida é longa e os benefícios da educação são eternos”, afirma Antônio. “Sem que as esferas públicas tenham conseguido suprir de infraestruturas as escolas para a implementação do ensino a distância, ações como doações, prêmios e eventos apoiados por empresas, são importantes para reduzir o vácuo educacional deixado pela pandemia”, explica Pedro. O coordenador acredita que ações como a doação de laboratórios escolares e o reconhecimento de práticas educacionais, como realizados no 1º PIEC, não solucionam o problema, mas são formas efetivas de reduzir as perdas educacionais deixadas pelo momento pandêmico. Em reta final de captação de patrocínios, o prêmio com inscrições gratuitas deve liberar o portal para receber novos projetos ainda no 2º semestre de 2022. “Com a volta às aulas presenciais e a vacinação avançada, a produção escolar deve voltar aos índices normais, a existência de iniciativas como o prêmio deve ser um empurrãozinho extra”. A organização acredita que esse tipo de reconhecimento e incentivo, encorajará cada vez mais estudantes a quererem participar e produzir ciência. Com três novas edições programadas, o PIEC deve anunciar em breve parcerias de longo prazo que acompanhem e apoiem o crescimento da premiação, para viabilizar uma estrutura que receba cada vez mais projetos, chegando ao objetivo de valorizar o ensino científico, entrar para o calendário escolar e combater a evasão através de uma educação mais interativa e inclusiva.

  • O maior prêmio da educação científica está de volta

    Voltado para o ensino básico, PIEC quer estudantes cada vez mais jovens praticando ciência. Há, certamente, muitas visões sobre o que é empreender. Pode-se dizer que é trabalhar em projetos com afinco, empenhar energia em prol de algo, construir soluções, inovar, criar e, de alguma forma, fazer a diferença no mundo. Já no PIEC, Prêmio de Incentivo ao Empreendedorismo Científico, o termo “empreender” significa construir um futuro melhor através da educação científica. Segundo a organização do Prêmio, é possível construir coisas significativas desde cedo, principalmente dentro do universo científico e sustentável. O prêmio, idealizado pelo cientista e empreendedor Gabriel Estevam Domingos, foi desenvolvido para fomentar e reconhecer a prática científica no ensino básico – ensinos fundamental, médio e técnico – e desde sua primeira edição, permite que projetos de crianças a partir de 7 anos, concorram contra projetos de estudantes do ensino médio e técnico de até 18 anos, em três categorias que avaliam a criatividade, a necessidade, a viabilidade econômica e sustentabilidade dos projetos inscritos. Em 2021, no auge da pandemia, com o patrocínio da Ambipar e apoio da Wise Plásticos, o 1º PIEC distribuiu, além de certificados e uma bela estatueta dada como troféu, mais de 60 mil reais em prêmios, incluindo 25 mil reais em dinheiro para os vencedores, além de um laboratório de quase 500 itens, doado à escola vencedora da categoria “Instituição Pública do Ano”. Isso leva o feito do prêmio para além do benefício econômico direto para os vencedores. O laboratório deixado de legado pela 1ª edição, doado pelo Grupo Ambipar, será utilizado anualmente por até mil estudantes do Colégio Estadual Jardim Porto Alegre, de Toledo-PR, um impacto permanente que deve crescer a cada edição. Na segunda edição, o tema de fundo será: “Reencontro Marcado com o Sonho”, conforme explica Antonio Pedro, diretor de projetos da benV 360, realizadora do prêmio: “A evasão escolar no Brasil aumentou muito com a pandemia, por isso queremos encorajar esses jovens a voltarem a sonhar e pavimentar seus sonhos dentro das escolas”. Segundo o os dados da PNAD continua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) do 2º trimestre de 2021, a evasão escolar quase triplicou, chegando a aumentar 171% na pandemia. Perguntado sobre como convencer o jovem a voltar para a escola, Pedro é enfático “na comunicação o prêmio trabalhará com a ideia de que sempre é tempo para recomeçar, porque a vida é longa e os benefícios da educação são eternos!”. A organização do prêmio prevê que a entrada de novos parceiros possibilitará, inclusive, a criação de categorias especiais, atreladas à taxa de retorno desses estudantes à sala de aula. Ainda em processo de captação de patrocínios, as inscrições para o PIEC 2 devem começar ainda no segundo semestre de 2022. “Estamos em vias de renovar com os parceiros da primeira edição e conversando com novos parceiros que devem se somar ao PIEC no apoio a uma prática científica precoce e de qualidade no Brasil”. O otimismo da organização se deve aos resultados, no ano passado o prêmio chegou a quase 3 milhões de pessoas entre pais, professores e estudantes, falando sobre educação, ciência e sustentabilidade e já tem outras 3 edições previstas. Espera-se que essa exposição aliada a temas necessários em um projeto tão impactante, encoraje cada vez mais marcas a apoiarem o prêmio. Com três novas edições programadas, o PIEC espera anunciar em breve parcerias de longo prazo, que acompanhem e apoiem o crescimento desse prêmio que almeja entrar definitivamente para o calendário escolar nacional.

  • A evolução da mulher, sob a ótica do cinema

    por Cleber Eldridge e Antônio Pedro Errante no passado, o cinema de hoje, cada vez mais inclusivo, é canal de exaltação e denúncia sobre os desafios da vida das mulheres. Nesse Dia Internacional da Mulher a revista Dossiê etc resolveu fugir dos clichês e presentear nossas leitoras com um especial sobre a mulher e o cinema. Dizem que A Vida imita a Arte, por isso, achamos que seria bom refletir sobre a forma como a Arte retratou a vida das mulheres. Esperamos que gostem e que essas dicas de filmes inspirem as noites dessa semana tão especial. O cinema, assim como o mundo, evolui. E junto da evolução constante do cinema, está a evolução das personagens, especialmente das mulheres que desde que o cinema foi “fundado” só tem ganhado mais e mais espaço. Atualmente as mulheres, mais do que nunca, têm o seu espaço garantido em frente às câmeras, seja no Brasil, seja os Estados Unidos ou na Europa, personagens marcantes tomaram conta do nosso imaginário nos últimos anos, mas as mudanças não se deram de forma rápida, muito pelo contrário, as mulheres percorreram um longo caminho até conquistarem seu espaço nas telas e deixarem de representar apenas personagens estereotipadas, coadjuvantes, diminuídas e laterais nas tramas. O cinema começou no final do século XIX, nos anos 1920 com a era dos filmes mudos, apesar da grande presença feminina por trás das câmeras, nos Estados Unidos, muitas mulheres começaram a dirigir, muitas trabalhavam como fotografas e foi em 1931 que a primeira roteirista mulher, Frances Marion, ganhou um Oscar de melhor roteiro por O Campeão (King Vidor, 1931) e pasmem, por um filme sobre boxe. Nessa época, aos poucos a indústria começou a ser dominada pelos homens e a figura da mulher passou a ser moldada por eles e para eles, de forma que a imagem feminina servia apenas como objeto de cena para a apreciação masculina. Florence Lawrence foi uma das primeiras atrizes do cinema, ao longo de sua carreira ela atuou em mais de 250 filmes, mas no início era chamada a interpretar apenas papéis passivos, desde a camponesa ingênua até a esposa dócil de um personagem central, isso é só para termos uma noção de como eram os papeis. As personagens femininas no início do século XX, estereótipos femininos surgiram desde muito cedo e foram sendo meramente reproduzidos pelos cineastas, sem reflexão acerca da real representação da mulher na sociedade. O mundo inteiro conhece a história de Joana D’Arc e foi essa, uma das primeiras histórias contadas no cinema, inteiramente protagonizada por uma mulher. Em O Martírio de Joana D’Arc (Carl Theodor Dryer, 1928), Maria Falconetti interpretou a heroína no filme considerado um dos mais importantes da história do cinema. A obra mostra os momentos finais da heroína francesa, desde sua prisão até sua condenação e morte. O Código Hays, ou Motion Picture Production Code, freou esse tipo de produção em 1934. O código estabelecia diversas regras que censuravam as produções cinematográficas, de forma que qualquer tentativa de quebra de padrões poderia ser cortada, foi então que surgiram os filmes de princesas; Foi também quando a Disney entrou no mercado de uma vez por todas, com o clássico Branca de Neve e os Sete Anões (David Hand, 1937), um sucesso que abriu caminho para outras inúmeras produções como essa, aliás, essa onda de filmes de princesas influenciou toda uma geração, passou a influenciar não somente mulheres, mas também jovens meninas, que cresciam acreditando na figura do príncipe encantado e que, para ele ser conquistado, elas precisavam manter uma postura recatada, como uma legítima donzela. O código durou até final dos anos 50 e foi quando a onda feminista ganhou força. Esse foi um período de pensamentos e atividades feministas que se expandiu nos Estados Unidos com o objetivo de aumentar a igualdade de gênero. O objetivo era resistir à opressão da sexualidade feminina, permitindo sua emancipação profissional, social e política e assim, muitos dos filmes produzidos nessa época foram feitos por mulheres e tinham como foco essa temática, mostrando a heterossexualidade do ponto de vista feminino. Mas como nada é perfeito, os homens tiveram a “brilhante” ideia de sexualizar as mulheres, ou seja, os homens conseguiram voltar no tempo e fazer com que as mulheres fossem meros objetos para a apreciação masculina, perpetuando a imagem da personagem sem autonomia, submissa aos homens e, para isso, um filme específico usou desses artifícios, mas o resultado foi o inverso. Cabaret (Bob Fosse, 1972) conta a história de Sally Bowes (Liza Minnelli), uma dançarina na Berlim dos anos 30, uma personagem sexualizada, mas com uma profundidade maior, cercada de homens frágeis. É possível afirmar que sem ela, nossas dançarinas não seriam nada, porém junto da obra-prima de Bob Fosse, é retomada a imagem dos chamados sex symbols, personagens com apelo sexual tão forte a ponto de passarem a ser consideradas símbolos de sensualidade e modelos a serem seguidos, idealizando ainda mais a figura feminina puramente pela estética, sem mostrar seus verdadeiros talentos e potenciais. No Brasil essa sexualização foi levada a outro nível, pois, salvo as exceções, as chanchadas e pornochanchadas brasileiras tratavam mulheres como bonecas infláveis, manequins de seios, com risadinhas bobas, inocentes, infantilizadas, como se as mulheres fossem apenas alienadas prontas para o sexo a qualquer momento. Dentre as exceções, filmes magníficos também foram criados, é o caso do polêmico Dona Flor e Seus Dois Maridos (Bruno Barreto, 1976) com Sônia Braga no papel da mulher que desafia o pudor da dona de casa, da mulher casada com o homem conservador, em nome de suas fantasias com o desencarnado e desavergonhado, Vadinho (José Wilker). Nesse clássico, apesar de a nudez e o sexo se fazerem presente, é a mulher quem está no controle dos acontecimentos e isso foi uma imagem muito potente para a época. Os anos 80 chegaram para “abalar” as estruturas do cinema, surgiu então uma onda de mulheres que iam ao cinema e que queriam ver determinados tipos de história. A maior parte das mulheres queria ver romances na tela, mas isso ainda era um problema, porque os filmes daquela década ajudaram a eternizar o papel da personagem ingênua que vê sua vida mudar ao se apaixonar, nunca totalmente independente. Um dos maiores sucessos daquela década é um exemplo disso, foi A Garota de Rosa Shoking (Howard Deuth, 1986). A típica história da menina pobre que se envolve com o jovem popular e rico. O feminismo tinha efeitos fortes em tudo, mas ainda não era suficiente, especialmente porque focava seus resultados apenas em mulheres brancas de classe média-alta, as outras classes, cores, etnias, nacionalidades e origens diversas eram excluídas. Em A Cor Púrpura (Steven Spielberg, 1985) a personagem principal, Celie (Whoopi Goldberg), é uma mulher negra oprimida que sofre com a violência doméstica e tenta superar o racismo e misoginia no sul rural dos Estados Unidos, com a ajuda de outra personagem forte, Sofia (Oprah Winfrey). Um filme denúncia, muito corajoso, principalmente pela época em que foi produzido. O mundo só acordou mesmo nos anos 90, quando surge uma nova onda feminista. Época em que se passou a acreditar que precisava haver mudanças nos estereótipos e retratos da mídia em suas tentativas de definir as mulheres. De lá para cá, as mulheres conquistaram seu espaço e jamais perderam. Um dos primeiros filmes dessa “retomada” da emancipação feminina foi o gigantesco Thelma & Louise (Ridley Scott, 1991), um filme que conta a história de duas melhores amigas que partem em uma viagem e acabam por se tornar fugitivas da polícia, tentando escapar dos crimes que cometeram, finalmente um filme com duas protagonistas independentes. No mesmo ano O Silêncio dos Inocentes (Jonathan Demme, 1991) mostra a detetive de personalidade forte, Clarice Starling (Jodie Foster), justamente o que as mulheres queriam ver. Começava a virada do cinema. Os anos 90 foram repletos de mulheres em frente as telas, Fernanda Montenegro conquistou o mundo ao interpretar Dora no já clássico Central do Brasil (Walter Salles, 1997) uma personagem forte e que mostra uma outra face da mulher comum no Brasil; ainda nos anos 90, Jane Campion fez história com sua obra-prima O Piano (1993). Ela foi, simplesmente, a primeira mulher a vencer a Palma de Ouro no maior festival de cinema do mundo, a segunda diretora indicada ao Oscar – a primeira foi Lina Wertmuller, por O Pascoalino das Sete Belezas (1975) – O Piano, mostrava a relação de uma mulher muda, Ada McGrath (Holly Hunter), com seu piano, um filme fortíssimo e que também mostra uma face completamente diferente da mulher, especialmente porque o filme se passa no século XVIII na Australia, completamente diferente da situação no Brasil. Ainda falando sobre Jane Campion, ela se tornou a primeira mulher indicada ao Oscar de melhor direção duas vezes, agora em 2022 por Ataque dos Cães (2021) e já vou deixar avisado aqui, que ela é a favoritíssima, podendo se tornar, assim, a terceira mulher a ganhar esse prêmio, lembrando que no ano passado Chloé Zhao levou o prêmio por Nomadland (2020), uma obra prima de denúncia social, também estrelada por uma mulher, Frances Louise McDormand, vencedora do Oscar por essa atuação. O cinema brasileiro, assim como no resto do mundo, abriu espaço para as mulheres, o melhor desses espaços foi em Domésticas (Fernando Meirelles e Nando Olival, 2001) que apresenta o cotidiano de empregadas domésticas e suas duras vidas. As humilhações tanto no trabalho como em casa. Quase 15 anos depois, um olhar totalmente diferente da mesma classe de trabalhadora, Que Horas Ela Volta? (Anna Muylaert, 2015) foi um sucesso e grande parte disso foi por conta da atuação de Regina Casé como a empregada doméstica Val, representando o dia a dia da empregada, acabando com a imagem hipócrita de que empregados são parte da família. Cenário parecido com o da personagem Cleuza, da premiada Sandra Coverloni em Linha de Passe (Walter Salles e Daniela Thomas, 2008). O Amadurecimento do cinema nacional também surpreendeu com obras fortes, filmes de guerra, mais precisamente a abordagem da vida e luta política de Olga Benário, vivida fabulosamente por Camila Morgado, na história que se passa durante a 2ª grande guerra, em uma das atuações mais impressionantes do cinema brasileiro – Olga (Jayme Monjardim, 2004). E como nem tudo são flores, o cinema brasileiro abriu espaço e se permitiu tirar a delicadeza e mostrar um outro lado possível da mulher que pode ser vilã, o lado cruel e sem escrúpulos, nada frágil e nada inocente. Nesse caso a personificação da maldade ficou por conta de Leandra Leal como Rosa, em O Lobo Atrás da Porta (Fernando Coimbra, 2013). O mundo parece finalmente ter acordado e tomado um caminho sem volta. Agora o cinema exige uma maior representatividade feminina nos filmes atuais, além de avaliar o desempenho destes nesse quesito, especialmente porque as mulheres ainda representam 51% dos frequentadores de cinema, segundo pesquisas do Motion Picture Association of America (MPAA). Por isso, filmes como Aquarius (Kleber Mendonça Filho, 2016), que mostra Clara (Sônia Braga) uma mulher independente e especialmente forte, a ponto de combater a especulação imobiliária, precisam existir e continuar colocando a mulher no papel de centralidade nas lutas políticas e socioeconômicas, em uma situação semelhante a Bacurau (Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, 2019), outro grande sucesso, também protagonizado por Sônia Braga, que vive a líder comunitária Domingas. Filmes como Elle (Paul Verhoaven, 2016), A Pior Pessoa do Mundo (Joachim Trier, 2021) são cada vez mais necessários e ainda hoje, tempo da inclusão, o trabalho de diretores que dedicaram a vida a mostrar as mil e uma faces da mulher, merecem um certo destaque especial, como Pedro Almodóvar. Mulheres TRANScendendo O cinema não vive só de histórias sobre mulheres cis, ou seja, que se reconhecem com o sexo de nascença, nos últimos anos, mais do que nunca, as mulheres transexuais conquistaram seu espaço, em 2017 o Chile fez história ao conquistar seu primeiro Oscar de melhor filme internacional com o filme Uma Mulher Fantástica (Sebastian Lelio, 2017) narrando à lindíssima história de Marina (Daniela Veja), uma década antes Felicity Huffman foi a primeira mulher indicada ao Oscar de melhor atriz por interpretar uma transexual no filme Transamerica (Duncan Tucker, 2006), o que hoje é lido como “transfake”, ou seja, uma pessoa cis que interpreta uma pessoa trans. porém, o mais importante é que as mulheres trans ocupem seu espaço na sétima arte, colocando suas vozes, seus corpos e suas atuações ao dispor das personagens mais diversas, inclusive no papel de mulheres cis – mas nesse processo de inclusão, o retrato mais marcante foi com Tangerine (Sean Baker, 2015) filme de estreia de um dos diretores mais promissores da década passada, marco porque não mostrou “apenas” a luta das transexuais, mas das transexuais negras e pobres nas ruas de Los Angeles – e não que faça alguma diferença, mas esse filme tem uma curiosidade extra, foi filmado inteiramente com um iphone – e, detalhe importante, Mya Taylor e Kitana K. Rodriguez, as atrizes do filme nunca tinham atuado antes. E as conquistas não param, enquanto no passado já vimos Rodrigo Santoro interpretar uma mulher trans em Carandiru, atualmente, atrizes trans ganham cada vez mais destaque em séries, telenovelas e óbvio nos filmes. Glamour Garcia teve atuação marcante na novela A Dona do Pedaço (Walcyr Carrasco, 2019) e na série Rua Augusta (HBO, 2018), trabalhos que a lançaram para novos papeis no cinema, como a sedutora Roberta, de Horácio (Mathias Mangin, 2019) e em breve deve vir mais por aí. Ainda falando das atrizes que saltam da telinha para a telona, Gabriela Loran quebrou tabu ao ser a primeira atriz trans no folhetim adolescente, Malhação. Por falar em produções adolescentes, em 2019, a atriz Anne Celestino Mota deu vida à Alice Júnior, no filme que leva o nome da protagonista, dirigido por Gil Baroni. O filme adolescente mostra a luta da jovem em seus desafios diários para ser aceita pelo que ela é. O filme é leve e educativo e alcançou milhões de pessoas quando chegou ao catálogo da Netflix. A Netflix tem sido generosa com o tema e apresenta ótimas produções, desde o poético documentário Laerte-se (Eliane Brum, 2017) que conta a vida da cartunista Laerte, até o recém-lançado na Netflix, Madalena (Madiano Marcheti, 2021), que denuncia a violência contra vidas trans e traz Pamella Yule na pele de Bianca, uma das protagonistas, além de outras atrizes trans e a própria Chloe Milan que interpreta Madalena. Em 2022 o espaço continua aparecendo, em março estreia o filme Vale Night conta com Linn Da Quebrada no elenco. Linn que desde 2017, quando estrelou Corpo Elétrico (Marcelo Caetano), apareceu pelo menos outras quatro vezes nas telonas. Apesar de o espaço ainda ser pequeno para pessoas trans e muitos dos papeis serem laterais nas obras, a mudança está acontecendo, assim como acontece lá fora, onde Hunter Schafer, depois do sucesso de sua estreia em Euphoria (HBO), agora estrelará Cuckoo também previsto para 2022, depois de ter dublado a animação Belle (Mamoru Hosoda, 2022). Ao que tudo indica, uma evolução sem volta que segue os passos da já veterana Laverne Cox, a inesquecível Burset de Orange Is The New Black, que atua há mais de 20 anos e já participou de quase 20 filmes, sem falar nas séries de TV; outro talento trans é a da Jamie Clayton, mundialmente famosa após viver a ativista hacker, trans e lésbica, Nomi Marks, na série sense8 (Lilly e Lana Wachowski, 2015), um dos maiores sucessos de crítica da gigante dos streamings. De passo em passo, é notório que o preconceito diminui e essas mulheres supertalentosas, passam a ter seus talentos reconhecidos, porém, a mudança ainda está acontecendo em um ritmo muito lento. Tendo em vista toda a violência que o mundo comete diariamente contra mulheres, contra trans, contra negras e, principalmente, contra mulheres trans negras se faz necessário e urgente que a inclusão aconteça cada vez mais rápido e que se normalize o corpo trans, não mais nos papéis estereotipados da “travesti de programa”, mas em papéis de destaque, em posições de protagonismo. Esses são os votos da Dossiê etc. nesse Dia Internacional das Mulheres. Os caminhos ainda precisam ser mais bem desenhados. Apesar das grandes vitórias conquistadas pelas mulheres no mundo cinematográfico, ainda há uma longa jornada a ser percorrida pela igualdade de oportunidades, salários, protagonismos e isso precisa partir de todos, não só das mulheres, como dos homens também, porque um mundo de igualdade é um mundo em que as mulheres conquistam direitos, ao passo que os homens renunciam a alguns de seus privilégios por um mundo mais justo. Feliz dia das mulheres para todas as mulheres.

  • A Coisa Está Russa: o furo está furado

    Mais especialistas e menos generalistas. A guerra precisa ser lida com mais seriedade e menos maniqueísmo. Desde sua criação, o portal Revista Dossiê etc se propõe a ser um portal de informações, mas não necessariamente de jornalismo, isso porque não podemos dizer que fazemos jornalismo, porque o bom jornalismo custa caro e anda lento, quando o jornalismo tenta acompanhar o calor das redes sociais, o que vemos é a fofoca corporativa, não jornalismo, por isso, preferimos, utilizando a apuração de jornalistas e pesquisadores sérios, criar conteúdo que se aprofunda nesses temas mais espinhosos e curiosos. Apesar de nesses 10 meses de existência, uma vez, por acaso, a Dossiê ter dado um furo de reportagem, ou seja, uma notícia em primeira mão, é óbvio e transparente que foi um acidente, porque na Dossiê partimos da premissa que a notícia em primeira mão, a apuração detalhada e fiel aos fatos é coisa para profissionais, talvez por isso esse editorial seja publicado mais de dez dias após o início da guerra. Em meio a batalha de versões criada no rastro do desespero dos folhetins por notícias exclusivas, os tais furos de reportagem se tornam reportagens furadas, algumas com direito a imagens de jogos de vídeo game e debate sem debate, já que todos que participam têm a mesma opinião, nenhuma baseada em fatos históricos, apenas em paixões, desejos e implicâncias pessoais. Condenar a guerra? Torcer pela paz, pela democracia, pela saúde dos povos. Será que é útil um programa com uma dúzia de comentaristas repetindo e ressoando entre si a obviedade do repúdio aos comportamentos autoritários de um valentão com mísseis nucleares na cinta? Isso é um falso debate, ninguém relevante pensa o contrário disso, ninguém acha que a guerra é certa, ou que não haja crime nessa guerra como há em todas as guerras. É de se admirar programas autorrotulados, jornalísticos, se descuidem e escalem para a banalidade dos comentários genéricos, mais jornalistas generalistas do que especialistas em relações internacionais, diplomatas, ex-ministros, professores, historiadores etc. Em tempos em que o sensacionalismo rouba o protagonismo dos fatos e contextos, até o trabalho da Dossiê etc, que não é jornalístico, e seus colunistas, prontamente dispostos a aprofundar a atenção sobre assuntos que lhes são íntimos, fica prejudicado pela ausência de certeza sobre a precisão das notícias. Como comentar a incerteza? Como comentar, argumentar, explicar e se aprofundar no vácuo de informações fiáveis? Assim, torna-se essencial aguardar o entendimento de quem assiste aos fatos com lupas de detalhes e cuidado jornalístico. Jamil Chade, Kenedy Alencar, Reinaldo Azevedo, Nelson Garrone e Leonardo Sakamoto, com destaque para o sóbrio e sempre preciso “Café Da Manhã”, podcast da Folha de S. Paulo comandado por Magê Flores, Maurício Meireles, Bruno Boghossian e Angela Boldrini que apresentaram nos últimos dias programas especiais explicando ponto a ponto da invasão à Ucrânia. Esses, citados acima são alguns dos poucos jornalistas que têm conseguido ser faróis que norteiam o debate civilizado, contextualizado e sem paixões, sem se renderem ao apelo do clickbait, do caça cliques que consegue considerar a antipolítica, uma característica intrínseca dos heróis. É prudente lembrar que heróis não existem e que a política é fundamental para a civilidade dos povos. É possível encontrar também professores e acadêmicos especialistas como Tanguy Baghdad, Reginaldo Nasser, Rodrigo Ianhez, Bárbara Motta, Giorgio Romano Schutte, Cristina Soreanu Pecequilo, Héctor Luis Saint-Pierre e outros, em debates e entrevistas espalhados pelos canais da internet, dando um pouco mais de estofo e seriedade à cobertura da guerra, para que se possa entender a complicadíssima relação entre Rússia e Ucrânia e, principalmente, Rússia e OTAN. Mas quem tem o luxo de pesquisar sobre um assunto tão distante, lá do outro lado do Atlântico, sendo que nem as notícias daqui são bem lidas, são as manchetes que dão o tom do debate, o conteúdo é um triste ignorado no mundo das ideias soltas. Apesar de todas as incertezas que uma invasão como essa apresenta, o que se pode concluir até agora, partindo da ideia de que a guerra acontece na falência na política e na quebra da diplomacia, o que há é a guerra entre dois delinquentes. De um lado, um delinquente preparado, experiente, com uma potência militar assustadoramente forte e ogivas nucleares como escudo diplomático; contra um delinquente inexperiente, despreparado, aloprado, inconsequente e negligente na diplomacia, um criminoso, tão arrogante e prepotente quanto o Putin, que deixou que sua vaidade colocasse em risco seus habitantes e que agora sequestra os homens de seu país, lhes roubando a liberdade de escolher, impedindo-os de preservar suas vidas com suas famílias. Ao invés disso os obrigam a permanecer e os enviam para uma linha de morte, munidos apenas com coquetéis molotov e carabinas que pouco efeito têm contra um exército altamente equipado e numericamente superior. Seria melhor dar-lhes garrafas cheias de vodka para, com sorte, não sentirem quando a hora de partir chegar. É como se uma das falas do Bolsonaro resultasse em uma ofensiva da China e cada um de nós fosse obrigado a defender as posições de Bolsonaro, usando para isso nossas vidas e, com sorte, um estilingue. Reconhecer que nessa guerra não há mocinhos, não significa apoiar a Rússia, ou admirar um governo autoritário, significa apenas entender que a realidade de uma paz nuclear depende essencialmente de uma diplomacia que respeite limites impostos pelos receios que cada uma das potências nucleares tem, de terem seus territórios invadidos ou atingidos. Tal qual os Estados Unidos da América colocaram o dedo no botão vermelho quando a Rússia tentou instalar mísseis em Cuba, não se pode, inocentemente, achar que a Rússia será complacente com uma tentativa de cerco balístico. Não vai. Por outro lado, parece que uma guerra de sanções também não fará vencedores, pelo menos não sem submeter milhões de pessoas à fome e à miséria, já que uma eventual interrupção do fornecimento de energia russa, congelaria metade da Europa e os fertilizantes da região farão falta em safras do mundo todo, um acidente econômico com poucos precedentes. A única possibilidade de vitória está no fim da guerra, o fim do conflito, nem que para isso a Ucrânia precise se desmilitarizar completamente e se tornar em um colchão de paz na Europa, algo fácil de compreender, mas muito complicado de acontecer. Guerras movimentam bilhões, muito dinheiro troca de mãos, interesses econômicos e geopolíticos são postos como prioridades, acima da vida, da paz e de qualquer outra palavra bonita que os otimistas gritam nos protestos por paz. E assim seguimos com Iêmen, Síria, Palestina, Ucrânia e tantos outros países sendo destruídos, uns com mais, outros com nenhum holofote, por uma lógica de guerra por procuração, em que Rússia e EUA não sujam as mãos, mas fornecem todo tipo de máquinas de destruição necessária, para que esses povos se destruam em prol dos interesses imperialistas dos dois grandes gigantes nucleares. À turminha do amendoim, aos senhores escandalosos, histéricos e pudicos que não se furtam de opinar sobre nada, frente a uma audiência perdida e fiel, senhores que em alguns comentários parecem quase torcer para o Capitão América invadir a Rússia e decapitar o ditador maligno, ignorando completamente o risco representado pelas armas que Putin ostenta, recomenda-se dar mais ouvidos à Dilma, porque em um eventual conflito entre OTAN e Rússia, “não acho que quem ganhar ou quem perder, nem quem ganhar, nem quem perder, vai ganhar ou perder. Vai todo mundo perder.” – ou deixar de existir.

  • LISTA: 5 filmes sobre distopias futurísticas

    Guerras, desastres, mutações, escassez de recursos e todas as piores possibilidades para o futuro da humanidade, viram matéria prima valiosa para o cinema. No oposto absoluto da utopia, ou seja, do futuro perfeito, das idealizações de todas as coisas, está a distopia. Um gênero de texto e filmes que prevê que tudo que pode dar errado dará. Dentre os acertos e exageros do cinema, quando um bom diretor se debruça sobre uma possibilidade de tragédia, acredite, a coisa fica boa. Sem mais delongas, vamos à lista de cinco das melhores distopias futurísticas que a 7ª arte já nos ofereceu... 5. Lucy (Luc Besson, 2014) Scarlett Johansson é uma musa dos filmes de ação, a gente já sabe disso, desde Os Vingadores até Lucy, esse combo de ação e distopia futurística. Lucy é escolhida para transportar drogas dentro do estômago, claro que isso não dá muito certo, até que a embalagem se rompe e ela absorve as drogas, quando isso acontece Lucy cria uma capacidade sobre-humana. Onde assistir: Netflix 4. Mad Max (George Miller, 1979) O futuro é uma desgraça e a franquia Mad Max está aí para te convencer disso. Muito antes do sucesso e dos 6 prêmios da Academia para Mad Max: Estrada da Fúria (2015), o diretor George Miller já tinha feito sua obra-prima, sem todos aqueles efeitos visuais e toda a tecnologia. Nos anos 70, o primeiro filme da franquia contava a história de Max Rockatansky, no meio do deserto Australiano, onde recursos de óleo foram esgotados e o mundo está mergulhado em guerra, fome e caos financeiro. Onde assistir: HBO Max 3. Blade Runner – O Caçador de Androides (Ridley Scott, 1982) O filme se passa na Los Angeles de 2019, o detetive Rick Deckard (Harrison Ford) aceita a missão de eliminar um grupo de 'replicantes', autômatos orgânicos que escaparam de serem desativados. O longa foi rodado em 1982 e baseado em um conto de Philip K. Dick de 1968, que mostra um futuro distópico, um século XXI com muita tecnologia, porém sem esperanças de um mundo melhor, é um dos melhores filmes do diretor, que na época de seu lançamento foi um fracasso de bilheteria, mas que logo se tornou um clássico. Onde assistir: HBO Max 2. Filhos da Esperança (Afonso Cuarón, 2006) O futuro chegou, a humanidade está estéril e o cidadão mais jovem do mundo acaba de morrer aos 18 anos, quando surge uma mulher em adiantada gravidez que precisa ser protegida em nome da sobrevivência da espécie humana. A sociedade está dividida entre os que querem um futuro melhor e os que preferem... um grande filme, talvez o melhor do diretor, mostrando um futuro com pouca esperança para humanidade. Onde assisitir: Claro Now 1. Laranja Mecânica (Stanley Kubrick, 1972) O filme mais popular do maior diretor que esse planeta já teve, talvez seja, Laranja Mecânica. Um clássico absoluto! Se você leitor ainda não assistiu, alguma coisa de muito errado tem com você, mas vamos lá, descrito no romance de Anthony Burgess como pré-distópico, o filme é, como toda distopia, uma visão pessimista do futuro, onde a mudança comportamental de jovens ameaça a sociedade, a despeito do forte controle do governo totalitário. O filme é gigantesco e mesmo 40 anos depois do seu lançamento, ele continua mais atual do que nunca. Onde assistir: HBO Max

  • O que acontece quando a esquerda não olha para a direita e vice-versa?

    Como um oponente pode se beneficiar das ações do opositor Foi exatamente nas assembleias ocorridas na revolução francesa que surgiram os termos de definição política sobre esquerda e direita. Por mera coincidência e talvez por afinidade ou interesses, pessoas com visões políticas diferentes sentavam-se em lados opostos. Como são sabidas, as ideias de direita são baseadas numa aceitação de que as coisas são como são, surgindo daí possibilidades para alguns e não para outros. Diferentemente, reconhecer e diminuir as acentuadas injustiças sociais, são parâmetros que a esquerda entende como possíveis, aceitando a possibilidade de enriquecimento de qualquer pessoa dentro da honestidade que se pede, mas sem negar aos desfavorecidos que possam também ter suas possibilidades de crescimento, diminuindo sempre qualquer distância abismal que possa existir dentro de uma sociedade. Quando direita e esquerda entram em choque de ideias, principalmente em períodos como os atuais, onde informações de todo tipo circulam de forma rápida, passa a pesar sobre uma sociedade a tão áspera e separatista polarização que impede atos e encontros passíveis de entendimento e respeito. O que chama bastante a atenção é a velocidade com a qual posições políticas emergem, incrivelmente baseadas em seu opositor. Detalhes criteriosos sobre as táticas de uma esquerda podem incentivar e motivar uma direita e vice-versa. Os estudos históricos sobre o próprio país deveriam ser fator incondicional para que houvesse um maior alcance na compreensão da linha do tempo, entendendo-se peculiaridades e fatores de clímax que conduziram nossa política, principalmente dentro daquilo que foi conquista do povo, o que se manteve e o que se perdeu no decorrer de todos os atos conduzidos por toda esfera política, dentro de seus poderes. Além de haver uma distância e desconhecimento sobre essas páginas da história em nosso país, há também uma visão distorcida que segue a braçadas largas nos aspectos que se referem a socialismo, comunismo, entre outras vertentes, gerando confusão de ideias e comportamentos inadequados naquilo que se refere à visão de mundo e do outro. Ao mesmo tempo em que essa batalha de desinformação segue seu curso, movimentos mais astutos e nem sempre bem-intencionados, armam-se de instrumentos preparados para vários tipos de ataque, como que numa busca de solução rápida ao que consideram urgente mudar, ou mesmo na urgência de garantir direitos salpicados de egoísmo. Merece atenção dentro de todo esse contexto, que a mescla de direita e esquerda, no meio de tanta desinformação, pode trazer resultados bem ruins, principalmente por parte de quem busca seus interesses de forma obscura e seletiva. Fazendo aqui uma pequena alusão, a esquerda por sua característica mais flexível e abrangente com movimentos sociais, estudos e defesa de direitos, poderia ser vista como uma espécie de arco. Já de forma diferente, temos uma direita mais inflexível, com foco na dianteira, longe dos arredores e lembrando uma flecha. Quem se impulsionaria em quem para fazer estragos maiores?

  • LISTA – 5 FILMES DO “NOVO TERROR”

    O “novo terror” tem conquistado tanto a crítica quanto o público que vai (ia) em peso às salas de cinemas. Confira 5 belos exemplares desse subgênero cinematográfico. O gênero terror talvez seja o gênero que tenha mais vertentes, existe o terror, terror psicológico, slash, body horror, terror físico e outras inúmeras derivações. Mas terror, se formos buscar uma definição, é a perturbação trazida por perigo imediato, real ou não; medo, pavor, é a ameaça que causa grande pavor, objeto de espanto, perigo, dificuldade extrema. O público adora um filme de terror, toda vez que um novo filme de terror chega aos cinemas, uma multidão vai até ele, quando tem algo “novo” a crítica abraça e por algum motivo sentimos prazer em sentir medo, ainda que seja de mentira. Os filmes de terror são ótimos para esse fim e, por isso mesmo, é um dos gêneros preferidos dos espectadores (por sinal, é o único gênero que eu realmente não gosto) mas a lista a seguir são exemplares do chamado “novo terror”. Sem mais delongas... 5. Under the Silver Lake (David Robert Mitchell, 2018) Só pra deixar bem claro, esse filme merecia uma posição melhor aqui na lista, mas eu entendo a dificuldade que a maioria dos espectadores vai encontrar. O clímax do filme é de uma raridade sem igual, é como uma homenagem direta ao cinema, permeado por uma trilha sonora que remetem diretamente aos filmes dos anos 40, a trama é sombria e cômica na mesma medida, em alguns momentos eu caí na risada e outros eram estupidamente sinistros, o suficiente para arrepiar. Mitchell trabalha com um roteiro que faz muitas referências e não deixa nada com furos, tudo corre perfeitamente e Andrew Garfield, todo maltrapilho e formidável. Onde assistir: Amazon Prime Video 4. Hereditário (Ari Aster, 2018) O drama familiar e o luto dominam toda a primeira parte do filme. O diretor cria uma atmosfera densa e sabemos que algo irá acontecer na segunda metade. Nesse meio tempo, temos uma atuação arrebatadora de Toni Collete, até que o sobrenatural e o hereditário do título começam a aparecer, o que era denso fica pesado, cenas perturbadoras, ainda que se apoiem em alguns clichês, conseguem se sobressair. Esse é sim, um dos grandes filmes de 2018, terror classudo. Onde assistir: HBO Max 3. O Farol (Robert Eggers, 2019) O primeiro ponto de destaque é esse espetáculo sobrenatural que é essa fotografia, Jarin Blaschke nos remete diretamente a outra época do cinema. O longa é repleto de simbolismos, regado a diálogos para lá de estranhos - Eggers deveria estar muito chapado quando os escreveu - na dupla de protagonistas, um misto de loucura e sobriedade, Pattinson coloca mais uma excelente atuação na conta, aliás, quando é que as premiações irão reconhecer isso e Dafoe mais uma vez assustador, nada fica muito claro e se ficasse não teria o mesmo impacto, comecei o ano muito bem. Onde assistir: Amazon Prime Video 2. Corrente do Mal (David Robert Mitchell, 2014) Corrente do Mal é fácilmente o melhor filme de terror dos últimos anos, o filme gira em torno de uma jovem que passa a noite com um garoto que ela não conhecia e que lhe explica que ele carregava no corpo uma força maligna, que agora passou para ela, uma força maligna passada através de relações sexuais. Ao ser perseguida por figuras estranhas que tentam matá-la e não são vistas por mais ninguém, ela percebe que para livrar-se do perigo, terá que repassar a maldição a outra pessoa através do sexo. a premissa sugere uma óbvia metáfora das ISTs, mas isso é só o ponto de partida, é um daqueles filmes que te travam na cadeira e causam arrepios, a trilha sonora é pura arte. Onde assistir: Netflix 1. Nós (Jordan Peele, 2019) O filme é mastigado, tudo explicado tim-tim por tim-tim, e isso não é um problema, o diretor brinca com a comédia, com o clichê, o suspense e o terror. Não tem a profundidade que “Corra!” tinha - só para deixar claro, eu gosto de “Corra!”. Aqui tudo funciona com maestria, confesso que no meio do filme me preocupei com quais seriam as escolhas do diretor para o desfecho, pois bem, as escolhas foram certeiras. Lupita, desde já digna de indicação ao Oscar, assim como o roteiro e a trilha sonora? Gozei com aqueles violinos, a cena do balé no final é o ápice, Peele atingiu a perfeição. Onde assistir: Netflix

  • Oscar 2022 - Indicados e Esnobados

    Saiu o anúncio dos indicados ao Oscar 2022. Como já era de se imaginar, muitas surpresas e algumas esnobadas aconteceram e nós estamos aqui para comentar tudo. MELHOR FILME Os indicados na categoria principal foram os que já eram esperados, exceto O Beco do Pesadelo, que acabou tomando a vaga de Apresentando os Ricardos (Amazon Prime Video), no demais tudo dentro dos conformes, o japonês Drive My Car que fez uma excepcional campanha ao longo dos meses, abocanhou alguns prêmios da crítica e merecidamente conseguiu uma indicação a melhor filme. Lista de indicados ao Oscar de Melhor filme 2022 Belfast No Ritmo do Coração Não Olhe Pra Cima Drive My Car Duna – Parte 1 King Richard: Criando Campeãs Licorice Pizza Beco do Pesadelo Ataque dos Cães Amor, Sublime Amor MELHOR DIREÇÃO O esnobado aqui foi Dennis Villenueve e seu Duna (HBOMax), que era um nome dado como certo, merecidamente ficou de fora, estamos no caminho certo para a vitória da terceira mulher na história da Academia, Jane Campion e seu Ataque dos Cães (Netflix). Lista de indicados ao Oscar de Melhor Direção 2022 Kenneth Branagh - Belfast Ryûsuke Hamaguchi - Drive My Car Paul Thomas Anderson - Licorice Pizza Jane Campion - Ataque dos Cães Steven Spielberg – Amor, Sublime Amor ATUAÇÕES Os votantes sempre guardam as surpresas para as categorias de atuação. Leonardo DiCaprio (Não Olhe Pra Cima, Netflix) foi preterido em favor de Javier Bardem (Apresentando os Ricardos, Amazon Prime Video) e Lady Gaga (Casa Gucci), que era um dos nomes mais certos da temporada, já que ela foi indicada em todos os prêmios importantes, deu lugar à Penélope Cruz (Madres Paralelas) – parece que nosso casal Javier e Penélope estão muito felizes em casa – Kristen Stewart (Spencer) também foi indicada. De última hora, mas foi. Lista de indicados ao Oscar de Melhor Ator 2022 Javier Bardem – Apresentando os Ricardos Benedict Cumberbatch - Amor, Sublime Amor Andrew Garfield - tick, tick...BOOM! Will Smith - King Richard Denzel Washington – A Tragédia de Macbeth Lista de indicados ao Oscar de Melhor Atriz 2022 Jessica Chastain - The Eyes of Tammy Faye Olivia Colman – A Filha Perdida Penelope Cruz – Mães Paralelas Nicole Kidman - Apresentando os Ricardos Kristen Stewart - Spencer Os coadjuvantes foram os que mais surpreenderam, não deu para Ben Affleck (Bar Doce Lar, Amazon), Jared Leto (Casa Gucci), Jamie Dornan (Belfast) e nem mesmo Caltriona (Belfast). Todos os nomes fortes ficaram de fora. J.K Simmons (Apresentando os Ricardos) surgiu do além e Jesse Plemons (Ataque dos Cães) que não era um nome forte, apareceu. A maior surpresa – e das boas – ficou por conta de Jesse Buckley (A Filha Perdida, Netflix). Lista de indicados ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante 2022 Ciarán Hinds - Belfast Troy Kutsor – No Ritmo do Coração Jesse Plemons – Ataque dos Cães J.K. Simmons - Apresentando os Ricardos Kodi Smit-McPhee - Ataque dos Cães Lista de indicados ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante 2022 Jessie Buckley – A Filha Perdida Ariana DeBose – Amor, Sublime Amor Judi Dench - Belfast Kirsten Dunst - Ataque dos Cães Aunjanue Ellis - King Richard FILME INTERNACIONAL, ANIMAÇÃO E DOCUMENTÁRIOS O filme Fuga (Dinamarca) fez um marco esse ano, foi o primeiro filme a ser indicado em filme internacional, animação e documentário, feito que jamais ocorreu antes – como anualmente esperamos que um filme “diferente” seja indicado, Lunana: A Yak in the Class Room (Butão) foi o nome escolhido, os demais já eram esperados. The Rescue (Netflix) também era dado como certo entre os documentários, mas foi esnobado. Lista de indicados ao Oscar de Melhor Filme Internacional 2022 Drive My Car - Japão Fuga - Dinamarca A Mão de Deus - Itália Lunana: A Yak in the Classroom - Butão The Worst Person in the World - Noruega Lista de indicados ao Oscar de Melhor Animação 2022 Encanto Fuga Luca Os Mitchells contra as Máquinas Raya e o Último Dragão Lista de indicados ao Oscar de Melhor Documentário 2022 Acension Attica Flee Quando A Revolução Não Pôde Ser Televisionada Writing with fire Confira todos os indicados nas demais categorias: Lista de indicados ao Oscar de Melhor Curta de Animação 2022 Affairs of the art Bestia Boxballet A Sabiá Sabiazinha The windshield wiper Lista de indicados ao Oscar de Melhor Curta-metragem em Live Action 2022 Ala kachuu - Take and run The long goodbye The dress On my mind Please hold Lista de indicados ao Oscar de Melhor Documentário Curta-metragem 2022 Audible The Queen of Basketball Onde eu Moro Três Canções para Benazir When we Were Bullies Lista de indicados ao Oscar de Melhor Roteiro Original 2022 Belfast Não Olhe Pra Cima King Richard Licorice Pizza The Worst Person in the World Lista de indicados ao Oscar de Melhor Roteiro Adaptado 2022 No Ritmo do Coração Drive My Car Duna A Filha Perdida Ataque dos Cães Lista de indicados ao Oscar de Melhor Fotografia 2022 Duna Ataque dos Cães Beco do Pesadelo A Tragédia de Macbeth Amor, Sublime Amor Lista de indicados ao Oscar de Melhor Trilha Sonora 2022 Não Olhe para Cima Duna Encanto Mães Paralelas Ataque dos Cães Lista de indicados ao Oscar de Melhor Canção Original 2022 "Be Alive" - King Richard "Down to Joy" - Belfast "Dos Oruguitas" - Encanto "Somehow You Do" - Four Good Days "No Time to Die" - No Time to Die Lista de indicados ao Oscar de Melhor Edição 2022 Não Olhe para Cima Duna King Richard Ataque dos Cães tick, tick...BOOM! Lista de indicados ao Oscar de Melhor Design de Produção 2022 Duna Ataque dos Cães O Beco do Pesadelo A Tragédia de Macbeth Amor, Sublime Amor Lista de indicados ao Oscar de Melhor Figurino 2022 Cruella Cyrano Duna O Beco do Pesadelo Amor, Sublime Amor Lista de indicados ao Oscar de Melhores Maquiagem e Penteado 2022 Um Príncipe em Nova York 2 Cruella Duna Os Olhos de Tammy Faye Casa Gucci Lista de indicados ao Oscar de Melhores Efeitos Visuais 2022 Duna Free Guy Sem Tempo Para Morrer Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis Homem Aranha: Sem Volta para Casa Lista de indicados ao Oscar de Melhor Som 2022 Belfast Duna Sem Tempo para Morrer Ataque dos Cães Amos, Sublime Amor

  • LISTA: 5 filmes com humor ácido

    Como lidar com piadas ácidas em cima de temas complexos e desconfortantes, o cinema sabe fazer isso como nenhuma outra arte. Para quem não aguentava mais de saudades das nossas listas de sexta-feira e precisava de inspiração para escolher o que assistir, estamos de volta com a primeira lista do ano. E para marcar essa volta, que tal um pouco de humor ácido? Humor ácido é um subgênero que usa temas complexos, mórbidos, sérios e tabus para produzir humor, assim, humor ácido é muitas vezes empregado para causar desconforto, chocar e especialmente para provocar reflexões. No cinema esse é um subgênero muito usado, afinal de contas, usar imagens com piadas ácidas é uma arte, sem mais delongas, bora pra nossa primeira lista de 2022. 5. Dr. Fantástico (Stanley Kubrick, 1964) O mundo sempre fica em pânico quando a palavra “guerra” é pronunciada, não é para menos, nosso histórico de guerras é cruel, mas lá atrás, no auge da guerra fria, Stanley Kubrick estava prestes a filmar um drama sério, mas decidiu transformar o filme em uma comédia de humor ácido. No filme ele debocha sobre o medo insano da ameaça nuclear iminente, devido ao clima insano entre os EUA e a União Soviética. No filme, um general norte-americano, Peter Sellers – em uma das melhores interpretações da história do cinema – fica maluco e arma um plano para iniciar a guerra nuclear, é então que as autoridades dos dois lados têm que se unir para impedir um avião-bombardeiro de lançar uma bomba nuclear na Rússia, o que seria o fim do mundo. Onde assistir: YouTube Filmes 4. Deus da Carnificina (Roman Polanski, 2011) O mais engraçado dos filmes de Roman Polanski, impressiona o que quatro atores em um apartamento podem fazer e o que poderia se resolver rapidamente, se torna uma discussão insana, com ataques de fúria e altas doses de risadas. Claro que isso não seria nada sem esse elenco, especialmente por parte de Kate Winslet - que por si só, já é uma força da natureza, que mulher! - a cena do vômito e das tulipas é sensacional, impossível não dar risada com isso ou com os ataques de loucura de Jodie Foster, que filme, que filme. Onde assistir: Belas Artes à La Carte 3. Na Mira do Chefe (Martin McDonaugh, 2008) O primeiro sucesso comercial de Martin McDonaugh chegou de fininho, conseguiu três indicações ao Globo de Ouro em Melhor Comédia e ganhou Melhor Ator Comédia (Colin Farrell), além de abocanhar uma indicação ao Oscar de melhor roteiro original e, de fato, é um dos filmes mais originais da década passada. O filme conta a história de dois assassinos, Ray (Colin Farrell) e Ken (Brendan Gleeson), que estão escondidos em Bruges, na Bélgica, depois que um inocente acabou morto em uma outra missão. Ken não gosta da cidade e acaba tendo crises não só com a cidade em si, como com os moradores e turistas. Onde assistir: HBOMax 2. Relatos Selvagens (Damián Szifrón, 2014) O sucesso do filme em sua primeira apresentação no Festival de Cannes, 2014, anunciava que estávamos diante de uma das melhores comédias daquele ano. O filme tem uma histórico muito peculiar. Aqui no Brasil, foi o segundo filme a ficar mais tempo em cartaz na história – ficando atrás apenas de “Medos Privados em Lugares Públicos”, de Alain Resnais -, não é pra menos, são seis histórias que têm em comum o humor ácido, que nos faz rir com a desgraça alheia, da vingança no avião à noiva em fúria, não há como não se divertir, ou melhor, não chorar de rir com as sequências insanas. Onde assistir: Globo Play 1. Fargo – Uma Comédia de Erros (Ethan e Joel Coen, 1997) Fargo continua – na minha humilde opinião – sendo o melhor filme dos Coen. Vencedor de 2 Oscars – melhor roteiro original, o primeiro dos Coen – e melhor atriz, o primeiro de Frances McDormand. O filme gira em torno de Jerry Lundergaard (William H. Macy), um gerente de uma revendedora de automóveis à beira da falência e decide forjar o sequestro de sua esposa, fazendo um acordo com dois marginais, Gaear Grimsrud (Peter Stomar) e Carl Showalter (Seteve Buscemi), mas uma série de imprevistos leva a um triplo assassinato. Uma chefe de polícia grávida - Frances McDormand - tenta elucidar o caso, que continua a provocar mais e mais mortes, é uma obra-prima divertida e cruel. Onde assistir: Globo Play

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