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A representatividade LGBTQIA+ nas séries

O mundo Queer está muito bem representado nas séries.

O que é essa representatividade que todo mundo anda falando nos últimos tempos? Segundo o dicionário, representatividade significa: “qualidade de alguém, de um partido, de um grupo ou de um sindicato, cujo embasamento na população faz que com ela possa exprimir-se verdadeiramente o seu nome”, em outras palavras são pessoas que representam a classe ou um movimento, as mulheres, por exemplo. O mundo LGBTQA+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais, Queer, Intersexo, Assexual e outros grupos e variações de sexualidade e gênero) tem ganhado muito espaço nos últimos anos, tanto no cinema, quanto na televisão, mas especialmente na telinha.


Com a invasão dos canais fechados e dos streamings, os roteiristas ganharam uma liberdade muito maior para abordar temas que em outros tempos, ou eram tabu ou eram proibidos.


Se voltarmos ao início dos anos 2000 e olharmos para as séries que passavam na época, vamos encontrar um ou outro personagem homossexual e quando os encontrávamos era a personificação do estereótipo, olhando para as séries atuais, esses estereótipos foram extintos.


Explosão Queer

Criação de Ryan Murphy, que é assumidamente homossexual e que faz questão de incluir em todas as suas séries personagens homossexuais, Pose (2018 - 2021) é sem sombra de dúvidas a série que representa a palavra representatividade.


A história mostra o cotidiano de um grupo pessoas no final dos anos 80 e começo anos 90 esse grupo de pessoas é formado por travestis, homossexuais e afro-americanos, todos eles pessoas que, simplesmente, não conseguem se encaixar na sociedade. Para sobreviver eles passam as noites nos chamados ballrooms.


A série aborda o racismo, a homofobia, o surgimento da AIDS e o movimento Vogue — sim, Madonna, baby — e mais uma porção de assuntos, todos abordados de forma legitima e sensível.


Sem estereótipos


Os dias e as noites de Ricky, Augustin e Don é o tema principal de Looking (2014 – 2016) uma série que, infelizmente, não sobreviveu por conta dos baixos índices de audiência. Mas é sim, uma série genial, que mostra o retrato de três amigos homossexuais em toda sua naturalidade, insegurança, medos, privações e sonhos.


Mais quente...


Se Looking tinha a necessidade de parecer natural, Queer as Folk (2000 – 2005) ia por uma linha totalmente contrária.

Essa foi a primeira série totalmente homossexual da história da televisão americana e narrava o cotidiano de cinco amigos em Pittsburgh, só que a série mostrava especialmente o lado promiscuo da comunidade LGBTQIA+. Muitas cenas de sexo — muitas, mesmo — eram tantas que ficava praticamente impossível assistir a série na sala de casa.


Visibilidade lésbica

As mulheres também conquistaram seu espaço e lógico fizeram da melhor forma possível, eu particularmente não sou dos maiores apreciadores de Orange is the New Black ou de The L World, mas como as outras mencionadas acima, elas são importantes, sim. O que quero dizer é que, atualmente é praticamente obrigatório em todas as séries, não importa o gênero ou o enredo, sempre dá para encaixar personagens homossexuais. Até nas séries mais “clássicas” como The Sopranos e Mad Men o assunto foi a abordado e, ainda que de forma delicada, marcaram presença.


Os anos dourados das comédias com risadas no fundo – sitcom – também fizeram a sua parte. era regra comum que um dos personagens, especialmente os coadjuvantes, fosse homossexual. Will & Grace foi um dos maiores sucessos da televisão americana, mas era outra série que colocava a classe de forma estereotipada em frente da telinha. Para qualquer efeito, foi um sucesso, a série mostrava Will, um advogado morando com Grace, sua melhor amiga, era um episódio mais engraçado que o outro, mas não por conta da dupla de protagonista e sim por Jack, melhor amigo do Will, representando a figura do homossexual consumista, dramático e predador; e Karen, a secretária de Grace, que é rica e trabalha por esporte.


Como era uma comédia, os índices de audiência eram altíssimos e alterou a história por conta de seus personagens.


O ápice da representatividade:


Finalmente, Sense8 conseguiu ser tudo isso que foi mencionado acima de uma só vez, mas diferente de algumas mencionadas acima, essa não era uma série com foco no público e somente com personagens homossexuais.


Era uma série sobre as relações humanas, sobre experiências coletivas, experiências sexuais, trocas de alma e corpo e foi a primeira série com uma atriz transexual interpretando uma personagem transexual e de quebra ainda tinha o serviço completo, com ótimas cenas de ação, alívio cômico e uma trama arrojada, era a pura representatividade que, INFELIZMENTE, foi cancelada.


Eu poderia ficar horas e mais horas falando de personagens importantes em séries como Six Feet Under, True Blood, Oz, Shameless, Unbreakable Kimmy Schmidt, How To Get Away With a Murdere até de séries péssimas como Elite ou La Casa de Papel, todas tem o seu valor e todas são representativas à sua forma.

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