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LISTA: 5 melhores filmes nacionais da última década

Atualizado: 11 de out. de 2021

O cinema brasileiro é maravilhoso e isso não depende do ponto de vista, não. Ele é maravilhoso e ponto final. Se você ainda é daquela turma que torce o nariz, o pescoço ou o dedão do pé para as nossas obras, meu amigo, eu lamento muito por você, separei aqui cinco obras, de diferentes diretores - optei por assim fazer, se não os três filmes de Kleber Mendonça Filho, estariam na lista - para provar - não que isso seja necessário - de uma vez por todas que o cinema nacional é rico em toda sua plenitude, deixe o preconceito de lado e se jogue nesses filmes. Lembrando que, são obras apenas da última década e são cinco filmaços, imagina o que você não perdeu em todos os anos anteriores.


5. Rasga Coração (Jorge Furtado, 2018)

Rasga Coração (Jorge Furtado, 2018) | Em cena: Nena (Drica Moraes) e Manguari (Marco Ricca)

O filme ainda que gire em torno da política na época, tem várias camadas na relação pai e filho, personagens interpretados magistralmente por Marco Ricca, João Pedro Zappa e Chay Suede, o choque de gerações se faz presente, não só no comportamento como também nas posições políticas.


Furtado consegue equilibrar muito bem o passado e o presente, a montagem deixa a sensação de estarmos dentro de um ciclo que parece vicioso, além do claro paralelo com o Brasil atual.


4. Tatuagem (Hilton Lacerda, 2013)

Tatuagem (Hilton Lacerda - 2013) | Em cena: Clécio (Irandir Santos) e Paulette (Rodrigo Garcia)

De anos em anos o cinema nacional produz um filme assim, realmente interessante (apesar de toda sua peculiaridade) Lacerda faz um filme pessoal com toda sua estranheza e psicodelia infinita - ao mesmo tempo fica claro o porquê de o cinema nacional não conseguir espaço no circuito internacional, os diálogos precisam ser mais bem desenvolvidos e principalmente, a qualidade visual do cinema brasileiro precisa ser melhorada a todo custo.


3. Canastra Suja (Caio Soh, 2016)

Canastra Suja (Caio Soh, 2016) | Em cena: Pedro (Pedro Necerssian), Emília (Bianca Bin), Maria (Adriana Esteves) e Batista (Marco Ricca)

O trabalho do elenco é gigante, muito me impressiona como Caio Soh amadureceu suas ideias, agora sabe como chocar seu público sem parecer forçado.


A história de uma família comum que, como qualquer outra tem problemas, passa por altos e baixos, flui com certa naturalidade - mesmo nos diálogos - muito bem interpretados pelo elenco, Adriana Esteves como já é de se esperar, acaba ofuscando seus colegas.


2. Gabriel e a Montanha, (Fellipe Barbosa, 2017)

Gabriel e a Montanha, (Fellipe Barbosa, 2017) | Em cena: Gabriel (João Pedro Zappa)

Sou suspeito para falar já que, sou louco por histórias como a do Gabriel, que larga tudo e todos e cai no mundo sem olhar para trás. A peregrinação do garoto por vários países da África, até a sua tola morte me cativou do início ao fim e ainda que seja longo demais, eu aguentaria mais meia hora.


Com um belo discurso educacional, um elenco naturalista que poucas vezes vi igual e muito bem dirigido, Gabriel e a Montanha foi uma deliciosa surpresa, de qualidade única. Só aumentou minha paixão por histórias como essa e, claro, minha vontade de colocar uma mochila nas costas e sair mundo a fora, lógico que, infelizmente nem tudo é assim simples como parece. Um dos melhores filmes de 2017.


1. Aquarius (Kleber Mendonça Filho, 2016)

Aquarius (Kleber Mendonça Filho, 2016) | Em cena: Sonia Braga | Foto: Victor Jucá / Divulgação

Não é só o melhor filme nacional desde Cidade de Deus, como é sim uma obra única para o cinema brasileiro, Kleber Mendonça Filho nos entrega uma obra-prima, dono de uma singularidade, o filme trabalha em cima de uma história muito simples, porém contada com uma maestria que eu raras vezes vi no cinema brasileiro.


O filme é gostoso e inteligente em uma escala muito alta, o diretor poderia continuar contando a história de Clara por mais meia hora que eu definitivamente não iria achar ruim. Sonia Braga parece ter encontrado a personagem de sua carreira. Sensacional, excepcional e mais todos os elogios para o filme são poucos, em sala lotada, ao fim da sessão aplausos acalorados e como não seria diferente um Fora Temer, pois bem, Aquarius é uma obra-prima do cinema nacional.


BÔNUS: Babenco - Alguém tem que ouvir o coração e dizer: parou (Barbara Paz, 2019)

Babenco - Alguém tem que ouvir o coração e dizer: parou (Barbara Paz, 2019) | Em cena: Babenco

Os primeiros minutos do documentário são suficientes para arrebatar qualquer amante do cinema e da vida. Babenco narra momentos de sua jornada com um tom de voz diferente de absolutamente tudo o que já presenciei.


A colagem com momentos de seus filmes enquanto ele comenta de forma profunda, são extremamente tocantes. Que ser humano profundo, que lutou por sua vida, que lutou pelo cinema, que amava o cinema, que amava a vida, que amava o Brasil.

Diretor muito subestimado, mas genial até em seu leito de morte:

“eu já vivi a morte, agora tenho que filma-la. Simplesmente em transe, uma obra-prima.”

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