Maior inflação em 21 anos: Entenda as causas da alta dos preços
Atualizado: 21 de set. de 2021
Sem reação, governo assiste inflação galopar, mesmo com quase 15% de desemprego e renda do brasileiro em queda.

Imagine que no final do ano, ao invés de reajuste, seja anunciada uma redução no salário-mínimo: “Salário-mínimo cai de R$ 1.100, para R$ 985”.
Assustador, não é mesmo? Mas não precisa esperar até dezembro, é isso que está acontecendo agora conforme inflação anunciada para rendas entre 1 e 5 salários-mínimos (R$ 1.100 a R$ 5.500).
Entenda o que é a inflação e porque ela está tão alta:
A inflação começa a bater novos recordes e levar a lembrança do Brasil à índices que não eram vistos há 20 anos. No acumulado de 12 meses, o Índice Geral de Preços Ao Consumidor (INPC) que mede a variação de preços referente ao consumo de famílias com renda que vai de 1 a 5 salários mínimos, o índice que representa mais de 70% da força trabalhadora, chegou a 10,42% e o IPCA que mede inflação do consumo de famílias com renda entre 1 e 40 salários mínimos acompanha de perto o galope, acumulando nos últimos 12 meses 9,68%.
Contra isso praticamente nada tem sido feito, a não ser uma política de aumento de juros, orientada pelo Banco Central e muito criticada por economistas que veem risco de isso desacelerar a retomada econômica por tornar o crédito mais caro e apontam que as taxas baixas de juros, em economias com capacidade instalada ociosa, não pressionam a inflação, porque, nesse caso, o aquecimento da economia não leva a demanda a superar a oferta, mas sim, consome a ociosidade.