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ESPECIAL: CineBR 50 MAIS - (50 a 41)

Os cinquenta melhores filmes brasileiros de todos os tempos. Os 50 filmes nacionais que todo mundo deveria assistir.

2 Coelhos (Afonso Poyart, 2012) | Em cena: Júlia (Alessandra Negrini) e Edgard (Fernando Alves Pinto)

O cinema brasileiro é maravilhoso, caso você ainda não esteja convencido, mesmo depois de todos os especiais que nós aqui da Dossiê etc. Colocamos no ar nos últimos finais de semana, então senta aí, no decorrer das próximas semanas de setembro e outubro vamos celebrar os melhores filmes nacionais de todos os tempos, lembrando que essa é uma lista pessoal, então se você sentir falta de algum filme, não se acanhe em deixar nos comentários o nome do filme que faltou.


Vale lembrar também que, a cada sábado 10 filmes serão revelados até completarmos os 50. Pois é isso, cá estamos mais uma vez, depois do Telas BR e do A Cara do Cinema Nacional – e futuramente faremos um especial sobre os nossos diretores – para provar de uma vez por todas que o nosso cinema é sim, maravilhoso. Agora sim, sem mais delongas, borá lá que a lista é longa!


50. A Glória e a Graça (Flávio R. Tambellini, 2017)

A Glória e a Graça (Flávio R. Tambellini, 2017) | Em cena: Graça (Sandra Carveloni) e Glória (Carolina Ferraz)

O filme que abre a lista é essa interessante obra de Tambellini que, fala acima de tudo de aceitação e diversidade, o filme narra a relação distante entre Glória (Carolina Ferraz), uma travesti bem-sucedida, e Graça (Sandra Corveloni), sua irmã. O filme conta com sinceridade os problemas uma com a outra, já que devido a situação uma precisa da outra, a convivência, personalidade difícil de ambas faz com que os conflitos explodam.

O fato é que, algumas pessoas irão questionar a presença desse filme aqui na lista, já que, é preciso um certo esforço para embarcar na história, mas Carolina Ferraz e Corveloni estão ótimas, aliás, é impressionante como Ferraz caiu como uma luva na personagem, seus trejeitos ajudaram muito, vale apena embarcar nesse conflituoso filme.


Onde assistir: Globo Play


49. BR 716 (Domingos de Oliveira, 2016)

BR 716 (Domingos de Oliveira, 2016) | Em cena: Gilda (Sophie Charlotte) e Felipe (Caio Blat)

Barata Ribeiro, 716 – Copacabana, Rio de Janeiro, esse era o endereço de Felipe (Caio Blat) um “tradicional“ carioca que vive em meio à complicada situação política do Brasil durante a década de 1960, ele engenheiro e aspirante a escritor, vive uma vida regada aos prazeres do álcool e festas no apartamento dado por seu pai, é isso.

O filme em preto-e-branco conta a história deliciosa de Felipe que em sua casa dá festas gigantescas, com pessoas culturalmente diferentes, com posições políticas diferentes e que criam debates insanos diante da câmera, essa que passeia entre um cômodo o outro.

Para quem gosta de assistir discussões bem acaloradas esse é um filmaço e Caio Blat em uma de suas melhores atuações.


Onde assistir: Claro Now


48. Praia do Futuro (Karim Aïnouz, 2014)


Praia do Futuro (Karim Aïnouz, 2014) | Em cena: Donato (Wagner Moura) e Konrad (Clemens Schick)

Karim Aïnouz é um dos mais renomados diretores do Brasil, assunto para um outro especial, mas só para falar um pouquinho dele, Aïnouz é um diretor nordestino (fortalezense) e premiado. Em 2019 seu A Vida Invisível, levou um dos prêmios mais importantes em Cannes e esse aqui – Praia Futuro – competiu por um Urso de Ouro em Berlim, mas não aconteceu. Aïnouz faz um cinema autoral e costuma contar suas histórias com muita delicadeza, Praia do Futuro é a prova.

O filme se passa em dois momentos, primeiro em 2004, quando o salva-vidas cearense Donato (Wagner Moura) resgata o turista alemão Konrad (Clemens Schick), na Praia do Futuro, em Fortaleza e ambos vão para Berlim; o outro se passa em 2012, quando o irmão de Donato, Ayrton (Jesuíta Barbosa), um entusiasta aficionado por motocicletas, sai em busca do irmão.


O enredo aparentemente não se conecta, mas como mencionei Aïnouz tem uma certa delicadeza e consegue fazer isso com muita proeza.


Onde assistir: Globo Play


47. Pacarrete (Allan Deberton, 2019)

Pacarrete (Allan Deberton, 2019) | Em cena: Miguel (João Miguel) e Pacarrete (Marcélia Cartaxo)

O vencedor do festival de Gramado 2019 requer uma certa paciência, o motivo é muito simples: a protagonista.


O filme de Deberton é um daqueles que conta a história de uma senhora, como costumo falar, aquela senhora chata da vizinhança que implica com tudo e com todos, essa senhora é Pacarrete (Marcélia Cartaxo) uma dançarina de balé antiquada e biruta do interior do Brasil que só quer manter seus sonhos vivos.


O filme tem um cuidado estético singular, que poucas vezes vemos no cinema nacional, é muito bem dirigido, tem uma direção de arte linda e uma trilha que encaixa perfeitamente no filme, mas o destaque, é claro, fica com Marcélia, em uma atuação gigante, trabalhando bem, o tom de voz áspero e que, aos poucos, nos faz embarcar no filme, por isso, não desista nos primeiros minutos, pois a redenção de Pacarrete vale todo o filme.


Onde assistir: Telecine Play


46. 2 Coelhos (Afonso Poyart, 2012)

2 Coelhos (Afonso Poyart, 2012) | Em cena: Edgard (Fernando Alves Pinto) e Júlia (Alessandra Negrini)

O que todos chamam de “filme cool” – que quando lançado chamou atenção por seu estilo de direção, frenético, que lembra muito os clipes da finada MTV. Com uma história mirabolante, atores convincentes, não deu em outra, um pequeno sucesso, mas que ainda assim, alguns viraram a cara.

O filme conta os dias de Edgar (Fernando Alves Pinto) que se encontra numa situação natural para a maioria dos brasileiros, espremido entre a criminalidade, que age impunemente, e o poder público corrupto e ineficiente.


Cansado desta situação, Edgar resolve fazer justiça com as próprias mãos e elabora um plano que colocará os criminosos e corruptos em rota de colisão, é o tipo de roteiro de Guy Ritchie adoraria dirigir, mas Poyart foi o mestre.


Onde assistir: Telecine Play

45. Como Nossos País (Laís Bodanzky, 2017)

Como Nossos País (Laís Bodanzky, 2017) | Em cena: Rosa (Maria Ribeiro)

O Brasil nem sempre fala da família tradicional – entenda isso como quiser – mas, quando faz, capricha.


O filme de Bodanzky fez sucesso em Berlim e fora da competição por conta de sua delicadeza. O filme conta a história da mãe de Rosa (Maria Ribeiro) que lhe faz uma revelação surpreendente certo dia. É então que ela decide fugir de suas obrigações rotineiras, ao fazer isso, acaba descobrindo que a vida guarda muitas outras surpresas.


O filme tem um roteiro excelente, com reviravoltas que fazem sentido sem forçar a barra. Os diálogos são o ápice, traz ao pensamento que tudo aquilo, esse “terremoto” dentro de uma casa, no seio de uma família, pode acontecer com qualquer um de nós.


Onde assistir: Netflix


44. O Invasor (Beto Brant, 2001)

O Invasor (Beto Brant, 2001) | Em cena: Marina (Mariana Ximenez) e Anísio (Paulo Miklos)

O Invasor é um daqueles “achados da locadora” – uma daquelas fitas que ficam escondidas no meio de tantos filmes esquecidos e quando é finalmente descoberto, grande surpresa. O filme é um daqueles em que “se pode dar errado, vai dar errado”. Conta a história de Estevão (George Freire), Ivan (Marco Ricca) e Gil (Alexandre Borges, — acreditem, ele está muito bem —), que são amigos há anos. A amizade fica abalada quando há um desentendimento nos rumos da construtora na qual são sócios. Estevão não tem os mesmos pensamentos que Ivan e Gilberto, decidem então contratar Anísio (Paulo Miklos), um matador de aluguel para assassinar o sócio e, assim, tirar ele de seus caminhos. O circo está armado e como é de se esperar, tudo vai dar errado.

O estilo que Brent escolhe é de um cinema mais independente, de fato, é um filme independente, mas a fotografia granulada faz com que a obra pareça “pobre”, não se enganem.


Paulo Miklos está assustador, personagem cheio de trejeitos, insano e com os olhos arregalados, mas o destaque fica é do sensacional Marco Ricca, que como já podem imaginar, é o que perde o controle de toda a situação, um grande filme para quem gosta de “fogo no parquinho”.


Onde assistir: Claro Now


43. VIP’s (Toniko Melo, 2011)

VIP’s (Toniko Melo, 2011) | Em cena; Amaury Jr. (Amaury Jr.) e Marcelo da Rocha (Wagner Moura)

As comparações com Prenda-me Se For Capaz (Steven Spielberg, 2002) não são do nada, o filme de Spielberg conta a história real de Frank Abagnale Jr (Leonardo DiCaprio) um dos maiores farsantes da história dos Estados Unidos, já o filme de Toniko Melo conta a história do, igualmente farsante, Marcelo da Rocha (Wagner Moura).


Reais, as histórias de ambos são tão parecidas que, enquanto Frank deu golpes na PanAm, Marcelo, em seu golpe mais conhecido, fingiu ser Henrique Constantino, filho do dono da Gol, durante o carnaval do Recife.

Wagner Moura não é dos meus atores preferidos, mas aqui ele se sobressai, arrisco em dizer que é sua melhor atuação. As comparações, na época do lançamento foram muitas, inevitável já que a história é relativamente parecida, mas uma história como essa, não poderia passar em branco, ainda mais no Brasil, não é?


Onde assistir: Claro Now


42. O Cheiro do Ralo (Heitor Dhalia, 2008)

O Cheiro do Ralo (Heitor Dhalia, 2008) | Em cena: Lourenço (Selton Mello)

O título do filme já entrega o essencial, é um filme estranho, uma daquelas fitas bizarras e que não poderia ser estrelado por outro ator que não fosse Selton Mello, um dos melhores atores da atualidade e do nosso cinema como um todo. Lourenço (Mello) tem como profissão comprar objetos usados de pessoas que passam por dificuldades financeiras, o que o leva a desenvolver um jogo perverso com seus clientes, num dos muitos encontros casuais, ele se vê obrigado a relacionar-se com uma mulher usando uma moeda que deixou de lado há muito tempo: o afeto.


Perturbado pelo simbólico e fedorento cheiro do ralo que existe na loja, Lourenço acaba sendo confrontado pelos personagens que julgava controlar. O enredo é assim mesmo, bem estranho, diferente e é justamente isso que faz essa comédia ser marcante, o cheiro do ralo realmente existe está ali, incomoda o protagonista e desperta risos no expectador “a porra do cheiro do ralo”; excepcionalmente bem dirigido, Dhalia é um dos melhores de sua geração, belissimamente encarnado por Selton Mello e com algumas das cenas de maior vergonha alheia que existe. Imperdível.


Onde assistir: Globo Play


41. Meu Nome Não é Johnny (Mauro Lima, 2008)

Meu Nome Não é Johnny (Mauro Lima, 2008) | Em cena: João Estrella (Selton Mello)

O nome da vez é Selton Mello, olha ele aqui de novo, incrível como ele consegue ir do estranho Lourenço do filme acima, para João Estrella, um típico jovem da classe média alta, que viveu intensamente sua juventude, inteligente, simpático, adorado pelos pais, popular entre os amigos, com espírito aventureiro e boêmio, características que o levaram a viver todas as loucuras permitidas — e, também, aquelas que não eram permitidas.


No início dos anos 90 se tornou o rei do tráfico de drogas da zona sul do Rio de Janeiro. Investigado pela polícia, foi preso e seu nome chegou às capas dos jornais. Em vez de festas, passou a frequentar o banco dos réus. Sua história revela sonhos e dramas comuns à toda juventude.

Sabe aquela história que em algum momento na sua cabeça você pensa: se eu tivesse outra vida, talvez, eu faria igual – ao menos eu faria – pode até parecer uma história repetida, de um garoto mimado que tinha tudo e resolveu tocar o foda-se, na verdade é bem isso mesmo, mas o foco aqui é sofrer com o protagonista, por vezes ele nem merece nossa atenção, piedade ou qualquer sentimento que você venha a ter enquanto assiste, mas o filme causa uma mistura de sensações, mais uma vez encabeçada por uma grande atuação de Selton Mello, que só confirma o que eu disse pouco acima, um grande ator, colecionador de grandes atuações.


Onde assistir: Globo Play

Gostou? Então vai fazer a lição de casa e assistir os filmes que você ainda não viu, porque sábado que vem trarei 10 outros filmes ainda melhores do que esse... Te espero aqui.

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