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Critica - POSE (Ryan Murphy, 2018 - 2021)

"Live, Werk ... P O S E"

Série: POSE (Ryan Murphy, 2018 - 2021) | Em cena: Angel (Indya Moore)

O mês de junho é anualmente conhecido como “mês do orgulho LGBTQI+” – esse ano, assim como em 2020, não tivemos a Parada de Orgulho LGBTQ, ao menos, não de forma presencial, mas o evento aconteceu de forma virtual e reuniu milhões de pessoas por todos os cantos do Brasil. No último domingo, também foi ao ar o último e derradeiro episódio de Pose (2018 – 2021), criada por Ryan Murphy e Steve Canals, uma série relativamente curta, foram apenas três temporadas, mas que já entrou para a história.


A série estreou em junho de 2018 com a promessa de que seria uma série revolucionária e foi. Ryan Murphy, criador da série, é homossexual assumido e em todas as suas criações existe um núcleo homossexual. Em Pose, ele teve liberdade para falar disso ainda mais abertamente, seria também a sua criação mais pessoal, que levaria pela primeira vez para a televisão uma série sobre mulheres transexuais, feitas por mulheres transsexuais e esses eram apenas os planos iniciais do ambicioso Murphy. Toda a equipe de Pose viria a ser formada por mulheres, negros e minorias. Isso inclui o elenco, roteiristas e diretores. Murphy conseguiu um feito nunca antes alcançado.


O enredo da série é muito simples: Um grupo de “desajustados” na cidade de New York em meados dos anos 80 e 90, os salões de baile, que se tornaram icônicos, mais conhecidos como “ballrooms”, uma cultura que tinha vida própria e que não precisava que ninguém se apropriasse disso para lhe alçar voos maiores como fez Madonna, com a canção Vogue, um momento retratado de forma maravilhosa na segunda temporada da série.


O vírus do HIV/Aids, a violência, o racismo, homofobia e tantos outros assuntos foram abordados com classe ao longo de três lindíssimas temporadas.