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Cinema&Sexualidade – Luz, câmera e corpos em ação

Pele, sensações e ideias... O Cinema sabe bem como mexer com nossos sentidos.

Shame (Steve McQueen, 2013)
 

Cinema&Sexo é uma série especial de publicações da Dossiê etc, escrita por Cleber Eldridge, sobre a relação íntima que existe entre a sétima arte e o pecado da carne.


Capítulos anteriores:


Ao longo das próximas semanas essa série mostrará como o cinema tem retratado o início da vida sexual, sexo a três, nudez, orgasmos, até temas mais delicados como estupros, prostituição e ninfomania contidos nesse texto.


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“Indecente é você ter que ficar despedido de cultura”

Ultraje a Rigor

Só o que se falou nessas últimas semanas foi da fatídica cena de Sex/Life, em que um dos personagens mostra todo o seu dote, tudo aquilo, segundo uma entrevista que o ator Adam Demos concedeu, a cena foi real, o ator disse que precisava sentir a realidade, que não iria se sentir confortável usando uma prótese, como é de costume cenas como essa, cá entre nós, ele não precisava de prótese nenhuma, afinal se aquilo for realmente real, Demos é a personificação do que chamamos de “dotados”.


Falemos então do “nu frontal”, a nudez que durante muitos anos foi proibido nos filmes, um verdadeiro tabu. Mas os tempos mudaram e os diretores queriam e precisavam se expressar de forma mais liberta, aos poucos a coisa foi se soltando e a nudez está cada vez mais normalizada.


O nu feminino é o mais comum, não precisa pensar muito para relembrar de algumas das mais lindas atrizes sem roupa, já o masculino sempre foi raro e continua, afinal de contas, nem todo o ator tem a coragem de Michael Fassbender em Shame (Steve McQueen, 2013) e mostrar tudo – medo de ser julgado, talvez – quem não assistiu o ótimo Traídos Pelo Desejo (Neil Jordan, 1992) não faz ideia de como uma cena assim é essencial para uma trama.

Shame (Steve McQueen, 2013) | Em cena: Brandon Sullivan (Michael Fassbender)
Juliano Cazarré, um dos grandes nomes da atualidade no cinema nacional. Grande ator, lida naturalmente com as cenas de nudez.

Os atores, atualmente estão ficando mais à vontade, alguns deles nem pensam duas vezes quando o assunto é fazer uma cena de nu frontal, Senhores do Crime (David Cronemberg, 2007) tem uma cena sensual de Viggo Mortensen; e como se esquecer da polêmica cena final de Killer Joe (William Friedklin, 2011) em que Matthew McConaughey agride um dos personagens enquanto seu dote balança e posa para câmera? Por aqui, no Brasil, terra da pornochanchada isso é assunto superado e vergonha não há, Wagner Moura, Caio Blat e Cauã Reymond já se exibiram em filmes, mas a mais famosa – e recente – é a de Juliano Cazarré em Boi Neon (Gabriel Mascaro, 2013).


ORGAMOS

Harry & Sally (Rob Reiner, 1989) | Em cena: Sally Albright (Meg Ryan) e Harry Burns (Billy Crystal)
“Eu te levei no pedalinho, simba safari e no Plyacenter. Parque da Mônica, trenzinho e matinês, mas sua satisfação um dia, me deixou pasmo, só porque nunca te levei a um tal lugar chamado orgasmo”

– AeroSilva Temido por uns, fingido por outros e desconhecido para muitos, os orgasmos sempre permearam o imaginário popular, muito disso com a ajuda do cinema.


“Botar pra dentro” ou “sentar com força” e chegar no ápice, naquela gozada, naquele orgasmo, naquela gemida, naquele aaaaah! – nada como gozar, né? O cinema, claro, jamais ficaria de fora e usou e abusou dessa explosão de sentimentos para encantar os espectadores... quem não se lembra da clássica cena de Harry & Sally (Rob Reiner, 1989) em que a protagonista simula um orgasmo no meio de uma lanchonete lotada, ou de Jim Carrey levando Jennifer Aniston ao céu no hilário Todo Poderoso (Tom Shadyac, 2003).

Todo Poderoso (Tom Shadyac, 2003) | Em cena: Bruce Nolan (Jim Carrey) e Grace Connelly (Jennifer Aniston)
O Fabuloso Destino de Amélie Poullain(Jean-Pierre Jeunet, 2001) | Em cena: Amélie Poullain (audrey Tautou) e Nino (Mathieu KaKassovitz)

O orgasmo é uma coisa única, todo mundo gosta, todo mundo precisa e nem sempre precisa ser escandaloso, O Fabuloso Destino de Amélie Poullain(Jean-Pierre Jeunet, 2001) tem uma das cenas mais lindas e delicadas, quando a protagonista tem seu primeiro orgasmo na vida, filme lindo.


MÃO AMIGA E EJACULADAS

“Não despreze a masturbação, afinal, é fazer sexo com quem você mais ama”

Woody Allen

Pois é, acredite se quiser, mais ainda tem muito marmanjo e marmanja por ai que têm vergonha de falar que bate uma, toca uma, chame como quiser, não que a masturbação alheia seja da conta de alguém, mas vergonha por quê? Para quê? do quê?

Ken Park (Larry Clark, 2002) | Em cena: Tate (James Ransone)

Ken Park (Larry Clark, 2002) é quase uma aula de masturbação tanto feminina quanto masculina e sabia que alguns brinquedos podem te ajudar, estimular? Os brasileirinhos como sempre, não ficam de fora, De Pernas Pro Ar (Roberto Santucci, 2010) que o diga, já O Som ao Redor (Kleber M. Filho, 2013) mostra que mesmo com uma rotina pesada, filhos, casa, isso e aquilo, as mulheres sempre e devem arrumar um tempo para se dedicar ao próprio prazer.

O Som ao Redor (Kleber M. Filho, 2013) | Bia (Maeve Jinkings)

O líquido expelindo, os dedos dos pés se contorcendo, a boca seca, o coração acelerado, os órgão latejam... gozou. Todo Mundo em Pânico (Keene Ivory, 2000) fez uma paródia bizarra do ato de ejacular, a cena com a famosa erupção de esperma fez muita gente chorar de rir, já em 9 Canções (Michael Winterbottom, 2004) ejacular a cada uma hora, todo os dias é normal – já pensou, que delicia? – por outro lado, a ejaculação em Anticristo (Lars Von Trier, 2009) pode ser perturbadora e traumatizante.

A estética sombria da cena de Anticristo (Lars Von Trier, 2009).

Liberte suas fantasias, seus desejos e suas curiosidades, se tiver dificuldades, sempre haverá um bom filme para te ajudar.

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