Um ensaio sobre a nossa morte
A morte é fascinante por si só. Um mistério que intriga a humanidade há milênios.

A morte é como uma galáxia inalcançável, um ponto tão longínquo do universo que quando alguém finalmente consegue alcançar, jamais conseguirá voltar para contar como é.
Os povos antigos gastaram muito, muitos recursos mesmo, tentando desbravar a morte, ao passo que gastaram para entender como os astros se “organizavam” no céu.
De lá para cá mapeamos constelações e navegamos tendo-as como referência, entendemos o ciclo solar e criamos um calendário baseado nisso, 365 dias formam ano solar, ou seja, o tempo que leva para a terra dar uma volta completa em torno do sol, colocamos satélites em órbita, visitamos o satélite natural da terra, temos uma estação espacial orbitando o planeta, nos olhando lá de cima, enviamos um explorador espacial que já está a mais de 20 bilhões de quilômetros da terra, mas sobre a morte... tsc tsc tsc... Nada sabemos e sequer sabemos se há algo para descobrir.
Inspiração para músicas como a maravilhosa obra-prima de Paulo Coelho e Raul Seixas, “Canto Para Minha Morte”, que reflete sobre a forma da morte e seus mistérios, fala sobre as coisas que deixaremos de fazer quando a hora da morte chegar, “como aquela revista que guardamos, mas nunca mais vamos abrir”, ou sobre as ruas que nunca mais percorreremos. Ainda assim, alvo de muitos devaneios sobre sua origem e seu fim, a morte continua assim, invisível, intangível, inexplicável e alvo das mais deslumbrantes fantasias.