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ESPECIAL: CineBR 50 MAIS - (20 a 11)

Atualizado: 16 de out. de 2021

Chegamos ao TOP 20 e agora a coisa ficou séria, A sensação é de quem tem muito filme bom, para pouca lista, talvez a próxima seja TOP 100, mas por enquanto confira essas pérolas do cinema nacional.

Filme Demência (Carlos Reichenbach, 1986) | Em cena: Doris (Imara Reis), Fausto (Ênio Gonçalves) e Mércia (Rosa Maria Pestana)
 

O ESPECIAL CineBR 50 MAIS é um especial de publicações do Portal Dossiê etc, escrita por Cleber Eldridge, sobre os 50 melhores filmes brasileiros de todos os tempos, na opinião do autor.


Dos campeões de bilheteria, até àqueles filmes esquecidos no deposito das extintos vídeo locadoras, se é bom, se tem qualidade se marcou época, você encontrará aqui.

Aproveite e se aventure pelo cinema nacional. Uma viagem inesquecível.


Boa leitura!

 

20. Pra Frente Brasil (Roberto Farias, 1982)

Pra Frente Brasil (Roberto Farias, 1982) | Em cena: Miguel (Antônio Fagundes) e Mariana (Elizabeth Savalla)

Os tempos — os péssimos tempos — de ditadura militar renderam excelentes histórias, na maioria dos casos, essas mesmas histórias foram mortais para algumas pessoas e em tantos outros, para famílias, que foram devastadas. Pensando, nisso o diretor Roberto Farias (Assalto ao Trem Pagador, 1962) resolveu tocar na feriada.

Ambientado na Copa do Mundo de 1970, enquanto prisioneiros políticos eram torturados nos porões da ditadura militar, inocentes são vítimas desta violência, os acontecimentos são vistos pela ótica de uma família quando um dos seus integrantes, Jofre (Reginaldo Farias) um trabalhador comum, é confundido com um ativista político e desaparece.


Um filme forte e necessário, não poderia ficar de fora dessa lista.


Onde assistir: YouTube

19. Cabra Marcado Para Morrer (Eduardo Coutinho 1984)

Cabra Marcado Para Morrer (Eduardo Coutinho 1984)

O filme que finalmente colocou Eduardo Coutinho no meio cinematográfico, ele, documentarista, já tinha feito alguns trabalhos antes, todos de menor escala e sem o grande sucesso, ou seja, esse foi o filme que colocou o nome de Coutinho entre nós e o definiu como o maior e melhor documentarista do Brasil.

O documentário conta a saga de uma família, no início da década de 1960, quando um líder camponês, João Pedro Teixeira, é assassinado por ordem dos latifundiários da Paraíba.

As filmagens de sua vida, interpretada pelos próprios camponeses, foram interrompidas pelo golpe militar de 1964. Quase duas décadas depois o diretor retoma o projeto e procura a viúva Elizabeth Teixeira e seus dez filhos, dispersados pela onda de repressão que seguiu ocorrendo após episódio do assassinato. O tema principal do filme passa a ser a trajetória de cada um dos personagens que, por meio de lembranças e imagens do passado, evocam o drama de uma família de camponeses durante os longos anos do regime militar.


Onde assistir: GloboPlay


18. Filme Demência (Carlos Reichenbach, 1986)

Filme Demência (Carlos Reichenbach, 1986) | Em cena: Fausto (Ênio Gonçalves) e Mefisto (Emílio Di Biasi, ao fundo)

O ator, diretor, escritor e fotografo Carlos Reichenbach é uma daquelas pessoas proliferas, que, quando enfiam um projeto na cabeça, dedicam todo seu tempo e recursos para que esse se realize da melhor forma possível. “E quem não faz isso?”, você deve estar se perguntando, sim, todo diretor e qualquer pessoa que deseja algum sucesso faz isso, mas Reichenbach faz de uma maneira diferente e de um jeito que só assistindo ao filme para entender.

O diretor conta o cotidiano de um pequeno industrial do fumo, falido economicamente e em crise doméstica, é praticamente exilado da casa pela mulher e passa a refugiar-se em visões e alucinações.


Como na lenda, Fausto, terá de encontrar seu correspondente Mefisto, que durante a história lhe aparecerá de várias formas e personalidades.


Onde assistir: YouTube

17. Terra em Transe (Glauber Rocha, 1967)

Em cena: Sara (Glauce Rocha), Jerônimo (José Marinho Paulo Martins (Jardel Filho)

O grande Glauber Rocha vai ser um dos principais nomes do próximo especial aqui da Dossiê, já que ele foi possivelmente, o maior nome que nosso cinema já colocou na história da 7ª arte. Rocha sempre tocou em assuntos importantes, fez filmes geniais e fincou seu nome história, eu sinceramente, gostaria de morar em uma rua chamada: Rua Glauber Rocha.

O seu melhor trabalho foi selecionado para o Festival de Cannes, de quebra, ainda ganhou o prêmio de melhor direção. Infelizmente ele foi o único diretor brasileiro na história, mas isso só confirma o que eu acabei de falar acima.

O filme percorre os dias de Paulo (Jardel Filho), um jornalista que tenta mudar a situação ao planejar a ascensão de um candidato supostamente oposicionista, Vieira (José Lewgoy), e buscando o apoio do maior empresário do país para deter o avanço de uma multinacional estrangeira sobre o capital nacional. Tudo começou bem, porém, problemas sociais e a corrupção arruínam sua intenção.


Onde assistir: YouTube


16. O Bandido da Luz Vermelha (Rogerio Sganzarela, 1968)

O Bandido da Luz Vermelha (Rogerio Sganzarela, 1968) | Em cena: João Acácio Pereira da Costa (Paulo Villaça) e uma de suas vítimas Sônia Braga

Os clássicos finalmente começaram aparecer, já reparou, não é?! Pois cá estamos, diante de mais um dos títulos mais populares da longa história do nosso cinema.

O filme baseado na história real do criminoso catarinense que assaltava suas vítimas em Santos e ficou conhecido como o "Bandido da Luz Vermelha" por utilizar sempre uma lanterna vermelha durante seus golpes. João Acácio Pereira da Costa (Paulo Villaça) foi perseguido pela polícia durante seis anos, após assassinar algumas de suas vítimas.

O filme continua importante para a cinematografia brasileira, um dos destaques do Cinema Marginal e qualquer um que assiste essa poderosa obra enxerga isso. Sganzarela dirigiu com maestria, as colagens de imagens das ruas brasileiras, ele estampou o cinema marginal, contando ainda com a grande atuação de Paulo Villaça.


Onde assistir: YouTube


15. Eles Não Usam Black-tie (Leon Hirszman, 1981)

Eles Não Usam Black-tie (Leon Hirszman, 1981) | Em cena: Tião (Carlos Albert Ricelli), Bráulio (Milton Gonçalves), santini (Francisco Milani), Jesuíno (Anselmo Vasconcelos) e grande elenco.

Os anos 80 marcaram nosso cinema com seus filmes denúncia, foram muitas as obras que escancaravam as atrocidades da ditadura militar, outros tantos que denunciaram nossos governos e suas falácias e outro grupo de diretores focaram na classe trabalhadora – foi nessa que Hirszman focou.

O ano é 1980, a vida do operário Tião (Carlos Alberto Ricceli) entra em um verdadeiro turbilhão, ao mesmo tempo em que encontra a felicidade no casamento com Maria (Bete Mendes), grávida. Tião deve enfrentar a fúria de seu pai (Gianfrancesco Guarnieri), um sindicalista que fica com muita raiva ao saber que Tião, temendo perder o emprego, furou a greve dos operários.

O filme é um daqueles “faço ou não faço”, “o certo ou o errado”, “fico lado da minha família ou da minha família”; o filme é inspirado na peça de Gianfrancesco Guarnieri e trata de várias questões e, é aí que está o grande mérito do filme em seu roteiro.

O filme ainda tem uma das cenas mais emblemáticas do nosso cinema, que é quando Tião e Maria discutem por conta de um ocorrido, é uma daquelas cenas de travar na cadeira, grande e importante filme.


Onde assistir: GloboPlay


14. Tatuagem (Hilton Lacerda, 2013)

Tatuagem (Hilton Lacerda, 2013) | Em cena: Clécio (Irandir Santos)

O filme de Hilton Lacerda apareceu em todos os especiais sobre o nosso cinema, ficou mais do que claro que eu tenho um chamego por essa obra e são vários os motivos para isso.


É um filme que fala sobre arte, sobre a arte da rua, fala do LGBTQIA+ e tantos outros assuntos necessários, tudo isso de forma surpreendentemente divertida.


Brasil, 1978. A ditadura militar já mostra sinais de esgotamento e, em um teatro localizado na periferia entre Recife e Olinda-PE, um grupo de artistas provoca o poder e a moral estabelecida com seus espetáculos e interferências públicas. Liderado por Clécio Wanderley (Irandhir Santos), a trupe conhecida como Chão de Estrelas, juntamente com intelectuais e artistas, além de seu tradicional público de homossexuais, ensaiam resistência política a partir do deboche e da anarquia.

O filme foi um sucesso no Festival do Rio de Janeiro quando passou e ainda colocou nos holofotes Rodrigo Garcia na pele de Paulete, um dos personagens mais engraçados do nosso cinema. Não por menos, no mesmo festival Garcia ganhou o prêmio de melhor ator coadjuvante. Eu poderia narrar incontáveis cenas divertidas, mas é melhor você assistir e tirar suas próprias conclusões, só te garanto uma coisa, é de cascar o bico.


Onde assistir: Netflix

13. O Som ao Redor (Kleber M. Filho, 2013)

O nome Kleber Mendonça Filho foi uma surpresa, o diretor até então tinha feito apenas alguns curta metragens, como Recife Frio (2009) e Vinyl Verdade(2004). Dos curtas já dava para ter uma ideia de como seria o seu cinema, isso foi o que tanto eu, como outros inúmeros críticos imaginavam, mas não foi o que aconteceu no seu primeiro longa-metragem.

A vida numa rua de classe-média na zona Sul do Recife toma um rumo inesperado após a chegada de uma milícia que oferece paz de espírito e segurança particular. A presença desses homens traz tranquilidade para uns e tensão para outros, numa comunidade que parece temer muita coisa. Enquanto isso, Bia (Maeve Jinkings), casada e mãe de duas crianças, precisa achar uma maneira de lidar com os latidos constantes do cão de seu vizinho. Uma crônica brasileira, uma reflexão sobre história, violência e barulho.

O primeiro longa do diretor é um retrato social delicioso com múltiplas histórias que se encaixam, não é só um olhar particular do que está por trás dos muros das casas alheias e pessoas aparentemente comuns, é um drama familiar, é comédia sobre a vizinhança chata, sobre os guardinhas da rua, é sobre tudo e sobre todos.


Onde assistir: Netflix


12. Terra Estrangeira (Walter Salles, 1995)

Terra Estrangeira (Walter Salles, 1995) | Paco (Fernando Alves Pinto) e Alex (Fernanda Torres)

O maravilhoso Walter Salles. No capítulo anterior do ESPECIAL Cine BR 50 MAIS, eu mencionei que ele era o eu diretor favorito e que outros filmes do mestre das estradas apareceriam por aqui, pois é, cá estamos, Terra Estrangeira é o segundo longa-metragem, totalmente em preto-e-branco e foi o encontro de Salles, com as estradas.

O plano econômico do governo Collor projeta o país no caos, no meio disso a vida de Paco (Fernando Alves Pinto), um jovem estudante paulista, desmorona com a morte da mãe e o fim de um sonho de ser ator. Paco decide deixar o Brasil e para isso, aceita levar um objeto contrabandeado para Lisboa. Já do outro lado do Atlântico ele conhece Alex, o amor e o perigo da morte.

O filme tem um clima de suspensa muito forte e presente, uma fotografia em preto-e-branco lindíssima e com grandes atuações. O segundo filme de Salles só lhe abriria caminhos e estradas, essas estradas da vida.


Onde assistir: Indisponível =(

11. O Que é isso, Companheiro? (Bruno Barreto, 1997)

O Que é isso, Companheiro? (Bruno Barreto, 1997) | Em cena: Marcão (Luiz Fernando Guimarães), Paulo (Pedro Cardoso) e Maria (Fernanda Torres)

Os anos 90 foram importantes para o nosso cinema, mundialmente falando, foi uma década em que nossos filmes estavam constantemente entre os mais premiados, esse retrato da ditadura militar foi o segundo filme brasileiro a ser indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro – agora, categoricamente chamado de melhor filme internacional –, o primeiro foi O Quatriho (Fábio Barreto, 1995).

O caos histórico do Golpe de 64 é retratado após o AI-5, em 1968, que decreta o fim da liberdade de imprensa e dos direitos civis, Nesse período, estudantes entram para um grupo de militantes, abraçando a luta armada clandestinamente em busca de libertar prisioneiros que estão sendo torturados nos porões da Ditadura Militar.


Muitos filmes sobre a ditadura brasileira e dói perceber que o Brasil ainda não está tão distante da realidade retratada nesses filmes. Mas xô melancolia, o cinema é a prova de que dias melhores são possíveis, mais do que isso, o cinema faz parte dos dias melhores que queremos para nós, então assista os filmes que ainda não conhece


Onde assistir: Globo Play

 

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