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DESAFIO: Doando como a Ana Maria Braga

Um desafio para Ana Maria Braga.... Acooorda menina!

Ana Maria Braga aparece com novo visual durante as gravações de pandemia, realizadas em sua casa.

Hoje assistindo ao programa da Ana Maria, me deparei com matérias emocionantes que mostravam pessoas com absoluta dificuldade financeira e o programa, óbvio, em um ato cidadão convocou a sociedade para ajudar. Até aí, nenhum problema. Certo?


Er - ra - do!


Ana Maria Braga é uma das profissionais mais bem pagas do país, estima-se que ela receba mensalmente entre salário da Globo, merchandising e outros rendimentos, algo em torno de R$ 5 milhões todos os meses, muito mais do que a renda de quem nos lê, suponho.

Claro que a solidariedade é importante, mas essa solidariedade não tem que continuar vindo apenas de quem já passa por grandes dificuldades na vida. Para se ter uma ideia da ordem de grandeza dessa discrepância, para um cidadão comum, que ganha algo em torno de R$ 2200 por mês (2 salários-mínimos), doar R$ 100,00 (4,5%) equivale a Ana Maria Braga doar aproximadamente R$ 225 mil em apenas um mês. Claro, isso se fizermos um cálculo simples de proporção sem ponderação.


Porém, um cidadão que ganha R$ 2.200,00 por mês, não tem casa própria, provavelmente não tem carro do ano, não tem mansão, piscina, casa na praia etc. Alguém que ganha R$ 2.200 está doando parte de seu prato de comida, parte de seu aluguel, parte das coisas que seus filhos precisam, parte até do lazer e da viagem para visitar a família no final da pandemia; ao passo que, Ana Maria Braga doar R$ 225 mil, equivale a ela doar um pedacinho do que ela depositaria na “poupança”, um pedacinho de muito dinheiro que sobra para quem ganha R$ 5 milhões e já tem na vida tudo que precisa para viver e muito mais.


Bom, qual é o desafio então? O desafio é que a Ana declare o valor da renda dela do mês e o valor doado mensalmente para esses projetos. Quando e SE ela topar o desafio e fizer isso, vamos calcular e liberar uma tabela de proporcionalidade, onde recomendaremos os valores que cidadãos comuns de diversas faixas de renda deveriam doar se quiserem acompanhar a ordem de grandeza proporcional às doações da Ana. Acho que o nome do artigo será “DOE COMO A ANA MARIA BRAGA”.


E claro, sei que tem gente que acredita que o que se doa com uma mão, a outra não tem que saber, mas isso é uma velha estratégia usada por quem não doa, ou por quem doa tão pouquinho, que tem vergonha de dizer que doou. Mas a verdade é que a doação não é representada pelo bem ou valor entregue, mas sim pelo significado que aquela doação tem para a sua vida. As pessoas sem posses, que doam qualquer quantia, sofrem muito mais para fazer aquela doação, do que pessoas ricas que doam valores muito maiores. Logo, a nobreza está no ato de tirar de si próprio para outrem, o que é muito maior do que doar só aquele pedaço que sobra, que não faz falta. Comportamento comum dentre os mais ricos.


E antes que o histerismo dos debates públicos acredite que esse é um ataque à Ana, saibam que não é. Esse é um desafio solidário e um convite à reflexão e consciência que as pessoas com rendas privilegiadas deveriam ter a respeito da sociedade em que vivem. Em outro artigo de minha autoria, disponível aqui no Portal Dossiê etc, eu já abordei a importância da proporcionalidade das relações econômicas, falando sobre um modelo de Imposto de Renda unificado e proporcional.

Esse é o debate da vez, a proporcionalidade precisa tomar conta das relações econômicas, ou a única coisa que conseguiremos é tornar os pobres mais pobres e os ricos mais ricos.


O espaço dado pela apresentadora em seu programa para divulgar esse tipo de ação, é de grande valia e vem sendo adotado também por outras emissoras, como a Band – ontem mesmo vi Reinaldo Azevedo convocar doações para a campanha –, mas esse desafio é um desafio especialmente direcionado à Ana Maria Braga e aos grandes “PIBs Globais” como Faustão, Luciano Huck, Tiago Leifert e até, porque não, para o rei do polígrafo, Pedro Bial.


Querem incentivar a solidariedade? Então não se tranquem nos seus estúdios, abracem o desafio e vamos juntos incentivar a solidariedade proporcional à renda.

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