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CineBR: Lançamentos 2022

Depois do sucesso de Marighela, veja outras boas surpresas que o cinema nacional nos reserva

Urubus (Claudio Borrelli), previsto para fevereiro de 2022 | Em cena: Trinchas (Gustavo Garcez)

O Brasil anualmente lança muitos filmes no cinema, mais de 30 produções nacionais são postas em cartaz , infelizmente a maioria delas não tem a divulgação necessária para atrair o público que o nosso cinema merece, pois cá estamos para preparar o terreno e despertar ainda mais a sua curiosidade a respeito do nosso maravilhoso cinema nacional.

O polêmico Marighella, de Wagner Moura (estreou em 04/11/2021) finalmente chegou aos cinemas, depois de uma passagem no Festival de Berlim, ainda em 2019, o filme passou por vários problemas, primeiro ele foi adiado, depois censurado – dá pra acreditar? – e mais problemas com a pós-produção, que é a divulgação e toques finais, quase sempre envolvendo a edição do filme, mas estreou e ganhou muito destaque na mídia, o que deve lhe garantir uma ótima bilheteria. Aproveitando o calor dessa maravilhosa estreia, a Dossiê etc, resolveu antecipar o que vem por aí.


O nosso representante ao Oscar 2022 foi escolhido, será Deserto Particular, de Aly Muritiba (estreia 25/11/2021) que vai às telas contar a história do policial Daniel que, ao cometer um erro, coloca em risco sua carreira e sua honra. Quando tudo está aparentemente perdido, o policial que se relaciona virtualmente com uma mulher, então sai para encontra-la. O filme ganhou um prêmio especial em Veneza e muito provavelmente por isso foi o escolhido, desbancando o favorito 7 Prisioneiros, de Alexandre Moratto (estreou 11/11/2021 – Netflix) que também participou do Festival de Veneza. O filme de Moratto era o favorito à escolha, porque a Netflix iria colocar dinheiro suficiente para que essa tão desejada indicação ao Oscar chegasse, mas, podemos (tomara que não) ficar a ver navios, mais uma vez.

Deserto Particular (Aly Muritiba), tem previsão de estreia para 25 de novembro Em cena: Daniel (Antonio Saboia)

Os próximos meses contaram com a estreia de vários diretores de primeira viagem, na tentativa de emplacar seus filmes em nossos cinemas e em nossas mentes, dentre eles estão A Felicidade das Coisas, de Thaís Fujinaga (estreia ainda esse ano): O filme conta a história de Paula que está com a consciência pesada depois das férias em uma casa com piscina, grávida do terceiro filho, ela mora em uma casa apertada e quente, até que resolve instalar uma piscina.


O também estreante Madiano Marchetti, traz sua Madalena (estreia em dezembro) para as salas de cinema trazendo uma discussão importante, a transfobia. O filme conta a história da personagem titulo que está morta e seu corpo foi deixado em um capo de plantação de soja, até ser encontrado por três jovens, esses que terão seus dias alterados pelo espírito de Madalena, lutando para superar a violência no país que mais mata LGBTQIA+ no mundo.

O tema transexualidade também é o protagonista de Transversais, de Emerson Maranhão (estreia em dezembro). Aqui são cinco pessoas, Erikah professora, Samila funcionária pública, Caio José paramédico, Kaio pesquisador acadêmico, Mara jornalista – cinco pessoas com formações diferentes e de diferentes classes sociais, em comum, o fato de seres transsexuais.

Transversais (Emerson Maranhão) tem previsão de lançamento em dezembro de 2021

Maior que o Mundo, de Roberto Marques (estreia em dezembro) com Eriberto Leão, Maria Flor e Luana Piovani, conta uma história interessante. Beto (Leão) é um escritor com bloqueio criativo. Depois do sucesso do seu primeiro livro, ele não consegue alavancar seu próximo trabalho, em busca por inspiração ele frequenta as ruas do Baixo Augusta, em São Paulo, até que certa noite ele encontra um diário em uma caçamba de lixo, o autor se interessa por aquilo, transcreve e publica o diário sob sua autoria, não dá em outra, o verdadeiro autor aparece, mas quer reivindicar os direitos do seu diário de uma forma um pouco violenta.

Poropopó, de Luis Igreja (ainda sem data confirmada) e cá temos com mais um filme de circo, o filme de Igreja vai mostrar a busca de uma família de palhaços por uma vida melhor, eles se mudam para a cidade grande e passam a enfrentar as dificuldades, preconceitos e autoritarismo com muito humor e magia.


O ator Caco Ciocler também vai atacar como diretor, ainda não se sabe muito sobre O Melhor Lugar do Mundo, nem data de estreia, nem sinopse e nem detalhes do elenco, mas vamos aguardar. Por outro lado, Ainda Estou Aqui, de Walter Salles (estreia em 2022) será o primeiro longa-metragem original Globoplay. O diretor fechou um acordo de distribuição com a Globo que vai ajudar no financiamento junto com a Wild Bunch, que vai distribuir o filme internacionalmente. O filme de Salles parece que vai fugir das costumeiras estradas e narrar a história de Eunice, uma dona de casa que se torna ativista quando seu marido, o deputado Rubens Paiva, se tornou um dos muitos desaparecidos políticos no regime militar. O filme tá com cara de que vai fazer carreira nos festivais, mas não vamos ficar ansiosos, as filmagens ainda vão começar em meados de janeiro, então, infelizmente não veremos Walter Salles em Cannes 2022.

São Paulo é a quarta maior cidade do mundo, onde a pichação cobre mais muros que em qualquer outro lugar do mundo, esse é o pano de fundo de Urubus, de Claudio Borrelli (estreia em fevereiro 2022) que mostra um grupo de pichadores liderados por Trinchas, que escala os mais altos prédios da cidade para deixar sua marca. Quando o protagonista de apaixona por uma estudante de artes, os dois mundos se colidem e acaba na invasão da Bienal de São Paulo.

A Viagem de Pedro, de Lais Bodanzky (estreia em 2022) é mais uma daquelas obras inspiradas em Dom Pedro e afins, aqui o príncipe é interpretado por Cauã Reymond e mostra os eventos históricos que giraram em torno dele. Em 1831, período em que o primeiro imperador do Brasil volta à Europa sob condições adversas.

A Viagem de Pedro (Lais Bodanzky) tem estreia prevista para 2022 | Em cena: Chef (Sergio Laurentino e Pedro (Cauã Reymond)

O filme Medusa, Anita Rocha da Silveira (estreia em janeiro 2022) também tem uma história interessante, mostra uma gangue de mulheres que fazem de tudo para controlar as pessoas ao seu redor, inclusive outras mulheres, para então resistir a tentação. Mas claro, o corpo humano precisa, o corpo pede...


Ainda em 2022 (sem data definida), para quem gosta de uma boa comédia de estrada, o filme que deve surpreender é As Aparecidas. Com direção de Ivan Feijó, o filme contará nas telonas as aventuras de Otília (Eva Wilma), uma mulher que perde o marido aos 70 anos, mas não perde sua vitalidade. Disposta a viajar pelo caminho da fé ela recebe a companhia e apoio de suas amigas de infância, nessa divertida excursão de senhoras, repleta de situações inusitadas pelas estradas do interior Paulista.


DOCUMENTÁRIOS


O documentário Os Donos da Casa, de Carla Dauden (ainda sem data confirmada) mostrará quatro brasileiros que foram afetados de diferentes formas depois da Copa da Mundo de 2014. O doc-denúncia tem um olhar mais sério sobre a entidade da FIFA, os eventos e quais são seus impactos a longo prazo nos países sede.


Fedro, de Marcelo Sebá e Camila Ponta (sem data confirmada) promove o reencontro do ator Reynaldo Gianecchini e do seu mentor José Celso Martinez Corrêa para a leitura do texto “Fedro”, de Platão, um reencontro evitado por mais de duas décadas.

O premiado Marinheiro das Montanhas, de Karim Aïnouz (estreia em janeiro 2022) mostra uma história pessoal do diretor que, cruzou o Mediterrâneo em sua primeira viagem à Argélia, acompanhado pela memória de sua mãe Iracema e sua câmera. Nessa intimista cobertura, o diretor nos dá um relato detalhado da viagem à terra natal de seu pai, uma região montanhosa da Argélia.

Marinheiro das Montanhas (Karim Aïnouz) tem estreia prevista para janeiro de 2022.

O cinema brasileiro com toda certeza ainda tem muitas cartas na manga, muitos filmes guardados a sete chaves, outros que ainda não sabemos absolutamente nada, aliás, quantas vezes você viu aquele filme estrear assim, do nada, não foi uma, nem duas, foram várias, o cinema brasileiro é assim, gosta de surpreender, de nos pegar no susta...


Anote em sua agenda, se programe e consuma o cinema brasileiro. Leia Dossiê.

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