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Nas asas da pandemia

Os esforços das companhias aéreas diante da covid-19


Aviões parados na pista do Aeroporto de Santiago / Chile durante a pandemia. Foto: REUTERS/Ivan Alvarado

Sabemos que por causa da pandemia as empresas aéreas também foram afetadas, houve uma drástica diminuição no número de voos e toda logística presente nos aeroportos precisou também de uma pausa. Não demorou muito para balcões de check-in ficarem

vazios assim como tantas outras áreas dos aeroportos, salvos os pátios que começaram a enfileirar as aeronaves, ficando cheios.


Financeiramente, toda uma reformulação teve que ser colocada em prática. Afinal, os aviões foram feitos para voar, e muito. O oposto disso, com interrupção de decolagens ao redor do planeta não só deixa de gerar receitas como também requer altos investimentos já que avião parado também tem suas necessidades e gastos. Os hubs, centrais de logística de uma empresa aérea, precisaram ser adaptados para estacionamento. Importantes polos de distribuição de voos enfrentaram uma parada brusca. A dinâmica para garantir partidas e chegadas com pontualidade começou a ganhar outra dimensão, e os aviões de carga passaram a voar mais.


Muitos deslocamentos de aeronaves precisaram acontecer inclusive para estacioná-las em aeroportos com clima de deserto onde as temperaturas garantem um desgaste menor em relação a equipamentos e sistemas. Combustível remanescente nos tanques precisa de monitoramento, motores precisam de proteção contra umidade, janelas precisam ser cobertas para evitar desgaste no interior das aeronaves, sistemas hidráulicos e elétricos precisam ser poupados de qualquer interferência durante uma parada longa, e o mesmo se dá para trens de pouso e mais inúmeros outros detalhes que cercam essas máquinas voadoras cada vez mais modernas, eficientes e com longo alcance. Uma pausa que também requer esforços, cuidados e manutenção severa para garantir que voltem a operar, no momento possível.


Sem dúvida nenhuma um momento triste também para a aviação. Parecia distante a possibilidade dos altos investimentos em produção de aeronaves para longos percursos com maior capacidade de transporte de passageiros e carga em longa escala ter que desacelerar uma dinâmica que caminhava muito bem, apesar das dificuldades que sempre cercaram as aéreas. E assim vem acontecendo dentro dos moderníssimos hubs espalhados pelo mundo, como em Dubai, Frankfurt, Heathrow, Schipol, Viracopos. Hubs são plataformas giratórias de voos, grandes aeroportos que permitem conexões e escalas de voos além de disporem de grande estrutura para reparos, manutenção de aeronaves e grandes áreas logísticas, e como a própria definição explica sua importância, parar ou diminuir seus funcionamentos também requer muita lógica, precisão, cuidados e estudos financeiros para garantir o futuro de sua existência e operacionalidade.


Aeroporto Internacional de Viracopos - Campinas-SP (foto: reprodução / Viracopos Aeroparking

Enquanto a ciência investe em pesquisas e tratamentos para a covid-19, em paralelo o mercado financeiro busca soluções e condutas para não colapsar essa parte também muito importante e necessária para o mundo: A aviação!


Que em breve rotinas como a verificação de pilotos nos computadores instalados nos aeroportos possam voltar. É a partir dali que eles são informados sobre a rota, condições climáticas e eventuais turbulências, tempo de voo e estimativa de chegada ao destino.


Que novamente os passageiros possam fazer uma viagem entre Munique e Tóquio, a bordo de um moderníssimo A350, sempre com todos os cuidados e segurança adquiridos pela indústria aeronáutica e mantidos por todos os profissionais da área, da mesma forma, que voltem em breve os hubs a distribuir voos pelo planeta, cada um desses especiais voos, desses essenciais percursos, com asas que cruzam fronteiras, geram encontros de cultura, propiciam trabalhos diversos, movem a economia e valorizam cada minuto investido nessa engenharia de um transporte rápido, preciso e seguro.


vista frontal do Airbus A350

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