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  • Quantas mortes são aceitáveis?

    Se estivéssemos em meio a uma guerra, esse assunto já teria sido levantado. Chegou a hora de nos questionarmos: quantas pessoas aceitamos perder contra a Covid-19? Porque se uma meta não for imposta, aparentemente, o desastre não terá fim. Em 2015 foi percebido que a epidemia de Zika vírus, espalhado pelo mosquito, “Aedes aegypti”, que também é responsável pela transmissão do vírus da dengue e da chicungunha, foi responsável por uma consequência gravíssima. Uma das principais sequelas da doença, fazia com que as mulheres infectadas com o vírus passassem o vírus para seus fetos e isso fez milhares de crianças nascerem com microcefalia, uma má formação do cérebro e do crânio. A tragédia só não foi maior porque o vírus não era transmitido pelo ar como o Coronavírus é. A COVID-19, por outro lado, é uma doença ainda muito nova e pouco se sabe sobre as sequelas deixadas por ela. Porém, o pouco que se sabe deveria ser o suficiente para que cuidados especiais fossem tomados como um lockdown rígido e prolongado com suporte econômico para toda a população e objetivar o fim da transmissão doméstica do vírus e não para brincar com os percentuais de leitos disponíveis. Impossível de “Controlar”. Temos que acabar com a transmissão Sem meias palavras, falar em “controlar” a transmissão é um linguajar “burro” ou mal intencionado. Uma das falas prontas de pessoas que ainda não entenderam o que é a pandemia de covid-19, uma doença cujo vírus é transmitido pelo ar com uma propagação nunca vista na história recente do mundo. Dito isso, é simplesmente impossível controlar partículas que se espalham pelo ar, prova disso são os cheiros, não dá para jogar “freeco” no mundo, é impossível controlar a propagação do cheiro, tal qual é IMPOSSÍVEL controlar a propagação do Sars-Cov-2, um vírus até 200 vezes menor que um espermatozoide, capaz de flutuar no ar e pode infectar uma pessoa atravessando suas máscaras e até pelo contato com os olhos. Abaixo, esse editorial cita três excelentes motivos para que a transmissão do vírus seja combatida e não “administrada”: Taxa de mortalidade das UTIs: É um fato de consenso científico: de 50% a 80% de todas as pessoas que ficam em UTI para tratar sintomas graves da Covid-19 vão a óbito. Entendendo a frieza desses números, esse editorial convida a um exercício de imaginação: Te convidam para atravessar uma ponte em que cada 10 pessoas que tentam atravessar, 8 morrem. Você iria para essa travessia? Se em um jogo de futebol, em média, 18 dos 22 jogadores morressem em todas as partidas, os jovens continuariam desejando tanto se tornarem o Neymar? Se o futebol ou uma ponte representassem esse risco, obviamente, a sociedade clamaria pelo fim dessas atividades, pelo desmonte da ponte; uma doença que leva 8 de cada 10 pessoas a óbito em um período que varia de 5 a 30 dias, não deveria ser uma situação tolerada, deveria ser uma situação a ser combatida até sua extinção total. Tal como feito em países como Austrália, Nova Zelândia, China, Vietnã etc. Dos mais de 30 mil internados em UTIs no Brasil com a COVID-19, algo entre 10 mil e 18 mil, com certeza, morrerão por não conseguirem se reestabelecer plenamente dos males causados pela doença. Sequelas graves: Tudo bem. você é valente, topou atravessar a ponte da morte depois ainda jogou uma pelada mortal com o Felipe Melo, Veron e Pepe, saiu vivo e correu para o abraço no meio da pandemia... Bom, então você descobre que para voltar para casa, depois de atravessar a ponte, você ainda precisa passar por um caminho, um bosque enorme e mortal no qual 25% das pessoas morrem antes de conseguirem voltar para suas velhas rotinas. Das pessoas que reagem e recebem alta hospitalar, 25% (um em cada quatro) morrem em até 6 meses por sequelas. Qualquer pessoa com um mínimo de bom senso e senso de autopreservação, se arrependeria de ter aceitado atravessar aquela primeira ponte. Isso porque, esse “caminho da morte” acaba com 6 a 9 em cada 10 que passam por esse desafio... 9 em 10... N O V E de D E Z... 9/10... só sobrevivem de um a quatro pessoas, todas as outras morrem. Mas, claro, ninguém precisa se assustar, por enquanto é “só esse” o problema, pode ser que no futuro as coisas piorem mais um pouco. Isso porque estudos revelam maior propensão a diabetes em pacientes que tiveram covid e revelam que fígado, intestino, sistema nervoso, coração e pulmão podem sofrer danos sérios e de longa permanência. Apenas isso já deveria gerar algum tipo de preocupação com a sobrecarga do sistema de saúde no acompanhamento desses casos pós-pandemia, casos que não existiriam, não fosse as dimensões que a pandemia tem tomado. Porém, tudo que já é ruim, ainda pode piorar. O ritmo de propagação da doença provavelmente fará com que novas variantes ainda mais severas e capazes de deixar sequelas mais graves possam surgir. Imagine, por exemplo, uma variante que tenha os efeitos do “Zika vírus” nas gravidas e com a velocidade de contágio do Sars-cov-2. O que faríamos? Qual seria o impacto disso para o país? Economia da fome: Nosso país ainda não teve seu solo devastado por guerras e tampouco teve crises graves de desabastecimento. A miséria atravessa gerações, mas essa classe média atual não conhecia o real sofrimento. Até agora... Durante esse show de incompetência generalizada dos governantes – lê-se: prefeitos, governadores e presidente. Incluindo as respectivas casas legislativas que deveriam fiscalizá-los e agir em caso de omissão do executivo – mais de 8 milhões de brasileiros perderam seus empregos. Na primeira onda da pandemia, ainda que, tardiamente o governo federal, acuado pela pressão parlamentar, pagou R$ 600 de auxílio emergencial que depois foi reduzido a R$ 300 e repentinamente a ZERO, como se a crise tivesse sido encerrada. Pior do que o socorro aos cidadãos, através do auxílio, foi o socorro às empresas, com créditos em pequenos volumes e muita burocracia em operações de crédito geridas, acredite, por entidades privadas que possuem claro conflito de interesse em relação aos créditos de baixo juros. O resultado é que a crise se agravou, o ritmo das mortes acelerou agressivamente na segunda onda e nada foi feito para contê-la. Diversos países já mostraram que é possível conter e praticamente “erradicar” o vírus em um esforço nacional onde apenas a indústria essencial e o campo continuem funcionando normalmente. Custa caro, mas com certeza mais barato do que sustentar essa crise, com essa quantidade de perdas por mais um ano. A economia não vai se recuperar se continuarmos fingindo que a vacinação resolverá tudo. Não resolverá, não em tempo hábil. E é bom, a partir pensar em esforço de guerra, porque até para guerras, existe um cálculo de “baixas aceitáveis”, todos sabem que infantes são enviados para a morte nas guerras, mas existe um número de baixas aceitáveis e eu tenho certeza de que se o Brasil, em uma eventual guerra, perdesse 390 mil soldados, o Brasil faria um real esforço nacional em prol da guerra. Sem gás, sem comida, sem trabalho, sem esperança, sem dinheiro, sem moradia... Onde vamos chegar? Quantas perdas são aceitáveis? UTI não é leito e respirador, UTIs são equipes especializadas e infelizmente isso não há em abundância no Brasil. Toda a força médica já está mobilizada no combate à pandemia, não adianta mais abrir leitos de UTI, simplesmente porque são quase inúteis se não tiverem equipes especializadas em quantidade suficiente para operá-los. Temos que parar tudo AGORA. "Mas e se a população se revoltar?" Renunciem... Renunciem, todos os prefeitos que não puderem ter o controle de suas cidades para salvarem vidas; renunciem, todos os governadores que não conseguirem convencer seus servidores a manter um fechamento rígido em seus estados. Somente o desapego do poder será capaz de mostrar para a sociedade a gravidade desse momento histórico. Porque o desapego ao cargo público, o desapego ao privilégio e o desapego ao poder, exige grandeza daqueles que se percebem inúteis no processo de combate do problema e é por isso que esse editorial não vai terminar pedindo para o presidente renunciar. Se há uma coisa que não existe em nosso atual presidente, é a grandeza. Bolsonaro é uma espécie de micróbio político. O que não dá é para todos ficarem com medo de agir, reféns das próximas eleições, enquanto o vírus devasta esse "cortiço" que nós, romântica e esperançosamente, chamamos de país. Fechamento / Lockdown já! O Brasil está fôlego. Esse editorial utilizou informações, dados e fatos relatados por: Dossiê etc MedRXiv El país Brasil Rede Brasil Atual Viva bem / UOL Folha de S. Paulo Super Interessante O Globo AP Images G1

  • Oscar 2021 - Conheça todos os indicados

    Todos os indicados ao Oscar estão aqui! Os VENCEDORES estão destacados em dourado. A cerimônia de entrega do Oscar acontece nesse domingo, dia 25 de abril de 2021. Saiba quem são os indicados e conheça os nossos palpites: MELHOR ATOR NOMEADOS RIZ AHMED O Som do Silêncio CHADWICK BOSEMAN A Voz Suprema do Blues ANTHONY HOPKINS Meu pai GARY OLDMAN Mank STEVEN YEUN Minari MELHOR ATOR COADJUVANTE NOMEADOS SACHA BARON COHEN Os sete de Chicago DANIEL KALUUYA Judas e o Messias Negro LESLIE ODOM, JR. Uma noite em Miami ... PAUL RACI O Som do Silêncio LAKEITH STANFIELD Judas e o Messias Negro MELHOR ATRIZ NOMEADOS VIOLA DAVIS A Voz Suprema do Blues ANDRA DAY Estados Unidos x Billie Holiday VANESSA KIRBY Pieces of a Woman FRANCES MCDORMAND Nomadland CAREY MULLIGAN Bela Vingança ATRIZ COADJUVANTE NOMEADOS MARIA BAKALOVA Borat: A Fita Seguinte GLENN CLOSE Era Uma Vez Um Sonho OLIVIA COLMAN Meu pai AMANDA SEYFRIED Mank YOON YEO-JEONG Minari LONGA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO NOMEADOS DOIS IRMÃOS: UMA VIAGEM FANTÁSTICA Dan Scanlon e Kori Rae A CAMINHO DA LUA Glen Keane, Gennie Rim e Peilin Chou SHAUN, O CARNEIRO: O FILME - A FAZENDA CONTRA-ATACA Richard Phelan, Will Becher e Paul Kewley SOUL Pete Docter e Dana Murray WOLFWALKERS Tomm Moore, Ross Stewart, Paul Young e Stéphan Roelants MELHOR FOTOGRAFIA NOMEADOS JUDAS E O MESSIAS NEGRO Sean Bobbitt MANK Erik Messerschmidt RELATOS DO MUNDO Dariusz Wolski NOMADLAND Joshua James Richards OS 7 DE CHICAGO Phedon Papamichael MELHOR FIGURINO NOMEADOS EMMA Alexandra Byrne A VOZ SUPREMA DO BLUES Ann Roth MANK Trish Summerville MULAN Bina Daigeler PINÓQUIO Massimo Cantini Parrini MELHOR DIREÇÃO NOMEADOS DRUK - MAIS UMA RODADA Thomas Vinterberg MANK David Fincher MINARI Lee Isaac Chung NOMADLAND Chloe Zhao BELA VINGANÇA Emerald Fennell MELHOR DOCUMENTÁRIO NOMEADOS COLLECTIVE Alexander Nanau e Bianca Oana CRIP CAMP Nicole Newnham, Jim LeBrecht e Sara Bolder THE MOLE AGENT Maite Alberdi and Marcela Santibáñez MY OCTOPUS TEACHER (O professor Polvo) Pippa Ehrlich, James Reed e Craig Foster TIME Garrett Bradley, Lauren Domino e Kellen Quinn MELHOR DOCUMENTÁRIO CURTA-METRAGEM NOMEADOS COLETTE Anthony Giacchino e Alice Doyard A CONCERTO IS A CONVERSATION Ben Proudfoot e Kris Bowers DO NOT SPLIT Anders Hammer e Charlotte Cook HUNGER WARD Skye Fitzgerald e Michael Scheuerman A LOVE SONG FOR LATASHA Sophia Nahli Allison e Janice Duncan MELHOR MONTAGEM NOMEADOS MEU PAI George Lamprinos NOMADLAND Chloe Zhao BELA VINGANÇA Frédéric Thoraval O SOM DO SILÊNCIO Mikkel EG Nielsen OS 7 DE CHICAGO Alan Baumgarten MELHOR FILME INTERNACIONAL NOMEADOS DRUK - MAIS UMA RODADA Dinamarca SHAONIAN DE NI (DIAS MELHORES) Hong Kong COLLECTIVE Romênia O HOMEM QUE VENDEU SUA PELE Tunísia QUO VADIS, AIDA? Bósnia e Herzegovina MELHOR MAQUIAGEM E PENTEADO NOMEADOS EMMA Marese Langan, Laura Allen e Claudia Stolze ERA UMA VEZ UM SONHO Eryn Krueger Mekash, Matthew Mungle e Patricia Dehaney A VOZ SUPREMA DO BLUES Sergio Lopez-Rivera, Mia Neal e Jamika Wilson MANK Gigi Williams, Kimberley Spiteri e Colleen LaBaff PINÓQUIO Mark Coulier, Dalia Colli e Francesco Pegoretti MELHOR TRILHA SONORA NOMEADOS DESTACAMENTO BLOOD Terence Blanchard MANK Trent Reznor e Atticus Ross MINARI Emile Mosseri RELATOS DO MUNDO James Newton Howard SOUL Trent Reznor, Atticus Ross e Jon Batiste MELHOR CANÇÃO ORIGINAL NOMEADOS FIGHT FOR YOU de Judas e o Messias Negro; Música de HER e Dernst Emile II; Letra de HER e Tiara Thomas HEAR MY VOICE de Os 7 de Chicago; Música de Daniel Pemberton; Letra de Daniel Pemberton e Celeste Waite HUSAVIK do Eurovision Song Contest: The Story of Fire Saga; Música e letra de Savan Kotecha, Fat Max Gsus e Rickard Göransson IO SI (SEEN) de Rosa e Momo; Música de Diane Warren; Letra de Diane Warren e Laura Pausini FALE AGORA de One Night in Miami ...; Música e letra de Leslie Odom, Jr. e Sam Ashworth MELHOR FILME NOMEADOS O PAI David Parfitt, Jean-Louis Livi e Philippe Carcassonne, produtores JUDAS E O MESSIAS NEGRO Shaka King, Charles D. King e Ryan Coogler, produtores MANK Ceán Chaffin, Eric Roth e Douglas Urbanski, produtores MINARI Christina Oh, produtora NOMADLAND Frances McDormand, Peter Spears, Mollye Asher, Dan Janvey e Chloé Zhao, produtores BELA VINGANÇA Ben Browning, Ashley Fox, Emerald Fennell e Josey McNamara, produtores O SOM DO SILÊNCIO Bert Hamelinck e Sacha Ben Harroche, produtores OS 7 DE CHICAGO Marc Platt e Stuart Besser, produtores DESIGN DE PRODUÇÃO NOMEADOS MEU PAI Peter Francis; Decoração do cenário: Cathy Featherstone A VOZ SUPREMA DO BLUES Mark Ricker; Decoração do cenário: Karen O'Hara e Diana Stoughton MANK Donald Graham Burt; Decoração de Cenários: Jan Pascale RELATOS DO MUNDO David Crank; Decoração de Cenários: Elizabeth Keenan TENET Nathan Crowley; Decoração do cenário: Kathy Lucas MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO NOMEADOS BURROW Madeline Sharafian e Michael Capbarat GENIUS LOCI Adrien Mérigeau e Amaury Ovise IF ANYTHING HAPPENS I LOVE YOU Will McCormack e Michael Govier OPERA Erick Oh YES-PEOPLE Gísli Darri Halldórsson e Arnar Gunnarsson MELHOR CURTA-METRAGEM EM LIVE ACTION NOMEADOS FEELING THROUGH Doug Roland e Susan Ruzenski THE LETTER ROOM Elvira Lind and Sofia Sondervan THE PRESENT Farah Nabulsi e Ossama Bawardi TWO DISTANT STRANGERS Travon Free e Martin Desmond Roe WHITE EYE Tomer Shushan e Shira Hochman MELHOR SOM NOMEADOS GREYHOUND: NA MIRA DO INIMIGO Warren Shaw, Michael Minkler, Beau Borders e David Wyman MANK Ren Klyce, Jeremy Molod, David Parker, Nathan Nance e Drew Kunin RELATOS DO MUNDO Oliver Tarney, Mike Prestwood Smith, William Miller e John Pritchett SOUL Ren Klyce, Coya Elliott e David Parker O SOM DO SILÊNCIO Nicolas Becker, Jaime Baksht, Michellee Couttolenc, Carlos Cortés and Phillip Bladh EFEITOS VISUAIS NOMEADOS PROBLEMAS MONSTRUOSOS Matt Sloan, Genevieve Camilleri, Matt Everitt e Brian Cox O CÉU DA MEIA NOITE Matthew Kasmir, Christopher Lawrence, Max Solomon e David Watkins MULAN Sean Faden, Anders Langlands, Seth Maury e Steve Ingram O GRANDE IVAN Nick Davis, Greg Fisher, Ben Jones e Santiago Colomo Martinez TENET Andrew Jackson, David Lee, Andrew Lockley e Scott Fisher MELHOR ROTEIRO ADAPTADO NOMEADOS BORAT: FITA DE CINEMA SEGUINTE Roteiro de Sacha Baron Cohen & Anthony Hines & Dan Swimer & Peter Baynham & Erica Rivinoja & Dan Mazer & Jena Friedman & Lee Kern; História de Sacha Baron Cohen e Anthony Hines e Dan Swimer e Nina Pedrad MEU PAI Roteiro de Christopher Hampton e Florian Zeller NOMADLAND Escrito para o cinema por Chloé Zhao UMA NOITE EM MIAMI ... Roteiro de Kemp Powers O TIGRE BRANCO Escrito para o cinema por Ramin Bahrani MELHOR ROTEIRO ORIGINAL NOMEADOS JUDAS E O MESSIAS NEGRO Roteiro de Will Berson e Shaka King; História de Will Berson e Shaka King e Kenny Lucas e Keith Lucas MINARI Escrito por Lee Isaac Chung BELA VINGANÇA Escrito por Emerald Fennell O SOM DO SILÊNCIO Roteiro de Darius Marder e Abraham Marder; História de Darius Marder e Derek Cianfrance OS 7 DE CHICAGO Escrito por Aaron Sorkin PRÊMIO HUMANITÁRIO JEAN HERSHOLT TYLER PERRY Por conta de sua dedicação a comunidade por meio de inúmeras doações e gerações de emprego. Já tem seus favoritos ao Oscar 2021? Para conhecer nossa lista de palpites clique aqui.

  • Oscar 2021 - Previsão dos vencedores

    'Nomadland' e Chloé Zhao devem ser os grandes vencedores da noite. Os prêmios da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, mais conhecido como Oscar, serão entregues no próximo domingo (24), muito mais tarde que o costume, por conta da pandemia, em uma temporada relativamente fraca e previsível, não é difícil de acertar quem serão os agraciados com os carecas dourados na noite de gala – ainda que fraca e previsível, podemos adiantar que será uma cerimônia marcante, será a noite das mulheres. O prêmio de melhor filme e direção já estão ganhos, o filme Nomadland, de Chloé Zao será o agraciado, tornando-a a segunda mulher na história da premiação a ganhar o prêmio de melhor direção. O de melhor ator também está ganho por Chadwick Boseman (O Príncipe de Wakanda em Pantera Negra), pelo filme A Voz Suprema do Blues – Anthony Hopkins é de longe o melhor da categoria, mas... O prêmio de melhor atriz, como todo ano, costuma ser o mais emocionante e um dos poucos que guarda alguma surpresa, afinal, quem aí já esqueceu da vitória de última hora de Olivia Colman (A Favorita) em cima da gigante Glenn Close (A Esposa) – o ano está disputadíssimo, cada uma das cinco concorrentes levou outro prêmio importante, mas, se tudo ocorrer como deve, o prêmio vai ficar nas mãos de Carey Mulligan, por Bela Vingança. Os coadjuvantes também podem ser dados como certos, ao menos o masculino Daniel Kaluyaa, por Judas e o Messias Negro, é a vitória mais certa da noite. Já entre as mulheres existe uma pequena disputa entre Maria Bakalova, por Borat: A Fita Seguinte e Youn Yuh-jung, por Minari, mas se eu fosse apostar, seria na vitória da segunda. Os prêmios de roteiro parecem já ter dono, lá vai mais um prêmio da Chloe Zao e seu Nomadland (melhor roteiro adaptado), enquanto a originalidade de Emerald Fennell e sua Bela Vingança levam a outra estatueta (melhor roteiro original. O prêmio de melhor filme internacional muito provavelmente vai para a Dinamarca (Druk - Mais Uma Rodada), mas essa é uma categoria em que surpresas jamais podem ser descartadas. O prêmio mais obvio da noite e da premiação em qualquer ano é o de melhor animação que, para a surpresa de absolutamente ninguém, vai para Soul, mais um ano em que a Pixar domina com facilidade. Seguem então, nossas apostas de vencedores para todas as categorias do Oscar que, lembrando, acontece no próximo domingo. Aposta de vencedores por categorias: FILME: Nomadland DIREÇÃO: Chlóe Zhao - Nomadland ATOR: Chadwick Boseman – A Voz Suprema do Blues ATRIZ: Carey Mulligan – Bela Vingança ATOR COADJUVANTE: Daniel Kaluuya – Judas e o Messias Negro ATRIZ COADJUVANTE: Yuh-Jung Youn - Minari ROTEIRO ORIGINAL: Bela Vingança ROTEIRO ADAPTADO: Meu Pai FILME ESTRANGEIRO: Druk – Mais Uma Rodada ANIMAÇÃO: Soul TRILHA SONORA: Soul CANÇÃO: "Io Si" – Rosa e Momo FOTOGRAFIA: Nomadland EDIÇÃO: Os 7 de Chicago SOM: O Som do Silêncio MAQUIAGEM E CABELO: A Voz Suprema do Blues DESIGN DE PRODUÇÃO: Mank FIGURINO: Mulan EFEITOS VISUAIS: Mulan MELHOR DOCUMENTÁRIO: Time MELHOR CURTA-METRAGEM: Two Distant Strangers MELHOR CURTA-DOCUMENTÁRIO: Colette MELHOR CURTA-ANIMAÇÃO: Burrow Quer conhecer todos os indicados? Nós separamos para você. Clique aqui e veja todos os indicados de cada categoria.

  • Com 5,8% da população, São Paulo é responsável por até 13% das mortes no Brasil

    Foi o que aconteceu na primeira semana de abril, quando a média nacional marcava 2744 mortes diárias, a cidade de São Paulo respondia sozinha por 365 óbitos. A cidade de São Paulo é uma das cidades vulneráveis ao vírus, foi provavelmente a porta de entrada para os primeiros casos do vírus por conta de do turismo de negócios que se aproveita dos grandes aeroportos e pontes aéreas disponíveis na região, além de ter como características outros fatores gravíssimos para a pandemia, como a grande população e altíssima densidade demográfica. Essas características tão graves para a pandemia, são características comuns dentre as grandes metrópoles mundo a fora, como, por exemplo, Wuhan, cidade que ficou mundialmente conhecida pelas suspeitas de que lá tenha sido o local do primeiro contágio do vírus entre humanos. São Paulo x Wuhan População: Wuhan 11,9 milhões | São Paulo 12,3 milhões Com populações muito próximas, vale ressaltar que a dimensão territorial de Wuhan é muito maior, tendo inclusive áreas Urbanas com densidade demográfica que chega a 20 mil pessoas por quilômetro quadrado (Km²) e uma média próxima da densidade de São Paulo de 7.242/Km². O que contrasta radicalmente com as áreas rurais da cidade, como o distrito de Hannan, com 400/Km². Densidade demográfica: Wuhan 1.400 / Km² | São Paulo 8.043/Km² Apesar da grande vantagem demográfica de Wuhan, a resposta à crise foi extremamente rápida e rígida, impedindo que a pandemia dominasse o país. Um hospital de campanha com mais de mil leitos foi construído para concentrar os casos mais graves e um lockdown rígido foi organizado, de modo que a união do governo nacional com o governo local, possibilitou o atendimento de todas as necessidades da população. Resposta à crise: Em Wuhan: O transporte público foi fechado, equipes de saúde visitavam pessoas com suspeita da doença, rastreavam as pessoas que tiveram contato com aquelas pessoas para testá-las e iniciar a observação clínica, o que garantiu rapidez no atendimento das pessoas que precisavam de atendimento médico. O resultado foi notável. A pandemia da qual só se tornou conhecida do mundo em dezembro de 2019, em 19 de março de 2020 estava com a transmissão local do vírus zerada. Em São Paulo a crise sanitária só foi percebida após o carnaval, já que a cidade, nesses mais de 2 meses desde a descoberta da pandemia, mal havia se preparado para testar a população, muito menos as pessoas que chegavam à cidade através dos voos internacionais. Em 18 de março o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, decretou o fechamento do comércio não essencial, medida que deve ter ajudado bastante a retardar a explosão da doença do brasil, já que os gráficos demonstram uma curva de contágio contida até maio de 2020. Porém, pressionado pelos comerciantes e empresários que sentiram a piora na economia, principalmente pela lentidão do governo federal em resposta a crise econômica que inevitavelmente se instalaria, o prefeito da capital paulista cedeu e nunca mais decretou nenhuma medida restritiva relevante na cidade. O resultado foi desastroso e o vírus se espalhou por todo o país, causando dezenas de milhares de mortes em uma onda que, apesar de ter ido do pico de 04 de junho, com 1.473 e média móvel de quase 1100 mortes até uma grande queda para média móvel de 323 mortes por dia em 11 de novembro, essa onda nuca acabou, emendando com a segunda e atual onda, que apresenta média diária acima de 2 mil casos desde 18 de março de 2021, com pico de 3.117 mortes diárias na média móvel em 1º de abril. Paralelo nacional: Se Wuhan parece um sonho distante, podemos citar alguns exemplos nacionais que conseguem de alguma forma, se não combater a pandemia, já que nenhuma cidade é uma ilha, ao menos conseguem controlar a pandemia e viver dentro de uma proporção de casos. O prefeito, Alexandre Kalil, de Belo Horizonte, vem se destacando nessa pandemia por contrariar as orientações do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e decreta aberturas e fechamentos rígidos conforme o desenrolar da pandemia. Isso faz com que com 1,2% da população nacional, tenha 1,0% de mortes, abaixo da proporção, muito diferente de São Paulo, inclusive, na forma de acompanhar a crise, já que pelo que é possível apurar no portal de cada prefeitura, o boletim diário da prefeitura de Belo Horizonte é muito mais transparente, detalhando recortes como o de número de profissionais de saúde afetados pela pandemia separado por categoria, detalhamento da situação epidemiológica de cada bairro, volume de testagem etc. Parece que a prefeitura tem uma visão privilegiada. Outro exemplo muito expressivo foi o prefeito de Araraquara, Edinho Silva, que assim que percebeu a cidade sendo afetada pela nova variante do vírus, a P1, não hesitou em decretar lockdown. A medida incluía o fechamento inclusive de postos de gasolina, supermercados e do transporte público por 10 dias. O resultado foi que a pequena cidade conseguiu cortar boa parte da transmissão, passando de 190 novos casos diários, para apenas 52. Uma redução de quase 72,8% e chegou a ficar por mais de 48 horas sem nenhum óbito. É preciso considerar que a cidade é bem menor e seu fechamento gera um impacto econômico proporcionalmente menor, mas ainda assim, a experiência serve para mostrar que em qualquer nível, o fechamento das cidades, o lockdown rígido é a medida mais efetiva para o controle da pandemia. O espantalho maior: Ao invés de bloquear a transmissão do vírus, a prefeitura se escondeu nas desculpas que se espalharam pelo debate público, em que teses afirmavam que sem a PM comandada pelo governador de São Paulo, ou sem o exército comandado pelo governo federal, ele não conseguiria fazer o fechamento da cidade e fiscalizar a restrição. Porém, o fato concreto é que nem as medidas ao alcance da prefeitura, como o fechamento de rodoviárias e proibição da circulação do transporte público e fechamento com fiscalização nos grandes centros comerciais da cidade, nada foi feito. Ao invés disso, o Governo do Estado de São Paulo, junto à prefeitura da capital se especializou em outra prática que consiste em uma maquiagem dos números da pandemia. Tendo sido instituído o Plano São Paulo, com limites para funcionamento econômico baseado no percentual da ocupação dos leitos de UTI em algumas regiões do estado de São Paulo. Em 23 de abril, o primeiro boletim diário da Covid-19 no município de São Paulo mostrava 563 leitos de UTI disponíveis exclusivos para o combate a pandemia, com 67% de ocupação, 377 pessoas. Hoje, praticamente 1 ano depois, o boletim de 21 de abril de 2021, aponta que a ocupação está em 81% de ocupação, uma pequena variação em relação ao percentual de abril de 2020. Porém, hoje há 1.414 leitos de UTI para o tratamento de COVID-19, o que resulta em 1.145 pessoas internadas em estado grave, 303% mais do que havia em abril do ano passado. Esse comportamento foi descrito no editorial da Dossiê etc: "O espantalho maior" Abertura de UTI: O placebo eleitoral A princípio, esse crescimento do número de leitos em mais de 100% deveria ser um motivo de elogios, porém, isso representa apenas o aspecto político do tratamento que a Covid-19 tem recebido em São Paulo e no Brasil. Abrindo UTIs o governo e a prefeitura podem reduzir artificialmente o percentual de ocupação, mantendo a cidade e o estado abertos, em atendimento aos pedidos dos comerciantes e ignorando a gravidade das críticas. Mas a realidade é que, conforme apurou a reportagem de Nathalia Passarinho para a BBC Brasil, 80% dos intubados por covid-19 morreram no Brasil em 2020. A reportagem mostra que esse não é um uma particularidade da pandemia no Brasil, no mundo, em média, 50% das pessoas intubadas também vêm a óbito. Esse comprometimento grave das funções respiratórias é uma característica fundamental da doença e contra isso, ainda não há um protocolo eficaz, os médicos e a comunidade científica ainda têm dificuldades em identificar o que faz com que em algumas pessoas a doença seja tão agressiva, enquanto em outras passa assintomática. "Os dados de morte por intubação em 2021 não estão consolidados, mas as informações disponíveis sobre morte hospitalar apontam para um aumento significativo da mortalidade" Apontou Fernando Bozza, chefe do laboratório de pesquisa clínica em medicina intensiva do Instituto Evandro Chagas e responsável pela pesquisa. Para essa conclusão, foram analisados os dados de 254 mil internações. Wuhan que escolheu uma estratégia mais racional de eliminação do vírus, ao invés de jogar com números que acenam para leigos, hoje tem vida normal, convívio social normal, passando meses sem internações e sem nenhuma morte por COVID-19. Aqui o erro se entrega pelos números. Seguimos com picos de quase 4 mil mortes no Brasil, mais de 1.000 mortes só no estado de São Paulo e mais de 300 mortes só na cidade de São Paulo. Na China Inteira, em toda a pandemia, apenas 4.636 foram a óbito pela doença, sendo 4.512 concentradas na região onde Wuhan se encontra, a província de Hubei. Em Wuhan foram 3.869 óbitos durante toda a pandemia. Esses dados evidenciam que a estratégia segue no caminho errado. O objetivo não deve ser expandir a rede hospitalar, mas sim restringir a circulação por um período prolongado até que a pandemia seja definitivamente contida. Vacina X Fechamento da cidade (lockdown) Mesmo com todos os esforços políticos voltados para o desenvolvimento, compra e fabricação de vacinas, a corrida pelo ingrediente principal, a matéria prima da vacina, o chamado IFA, faz com que esse recurso tão escasso demore a chegar e quando chega, infelizmente é em quantidades insuficientes para garantir uma segurança vacinal do Brasil. Por isso, até alcançarmos os 80% de imunizados – um percentual que, segundo os cientistas, é capaz de frear a proliferação da doença – levará mais de um ano e no primeiro ano de pandemia, mais de 350 mil pessoas foram a óbito no Brasil, esse número pode dobrar, ou se continuar crescendo exponencialmente como vem crescendo desde janeiro, o número de pode ser até 3 vezes maior. Com novas variantes se mostrando cada vez mais contaminantes e mortais como a variante brasileira P1, estudiosos do tema como o neurocientista Miguel Nicolelis e o microbiologista Atila Iamarino, há tempos alertam que um desastre acontecerá se o Brasil não sofrer um fechamento rígido, o temido lockdown. Miguel fala em 500 mil mortos até julho e Atila Iamarino já chegou a cravar um milhão mortos até o final da pandemia se medidas mais rígidas não forem adotadas. Livre da COVID-19, a China espera um crescimento para 2021 na ordem de 8%, já o Brasil nada na lama, sem saber sequer quando conseguirá se livrar da pandemia. Na china precisaram de 76 dias de lockdown para controlar a pandemia, aqui a pandemia persiste há quase 400 dias, sem previsão para acabar. Créditos: Esse artigo utilizou dados, informações e imagens extraídas das seguintes fontes: Johns Hopkins University Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte e São Paulo; Secretaria Estadual de Saúde do gov. do Estado de São Paulo BBC News Brasil El país Brasil Rede Brasil Atual Brasil de Fato Wikimedia Commons G1 São Carlos e Araraquara 6 minutos UOL

  • Industry (1ª temporada, 2020)

    'Industry' é a melhor série que você ainda não assistiu. Os produtores do maior canal de TV fechado dos Estados Unidos – HBO – sabe onde pisam, sabe o que querem e quase sempre são visionários, isso fica claro diante de algumas produções que estreiam. Nem sempre eles visam a audiência, o foco das produções é sempre a qualidade, Succession (2018 – presente) é um exemplo. Os índices mostram que a série não possui um grande público, nem mesmo os prêmios da Academia de Artes e Ciências Televisivas de melhor série aumentaram esses indicies, o que quero dizer é, nem todas as séries são para “a massa”, nem todo mundo abraça ideias um pouco mais complicadas e Industry (2020 – presente) é um caso assim, uma trama um tanto mais complicada e que, infelizmente, ainda não foi abraçada por parte do público. O mundo corporativo é o foco da série, a trama gira em torno de Harper Stern (Myha’la Herrold), uma recém-formada de Nova York que começa como trainee do Pierpoint & Co, banco de investimentos de Londres, países diferentes, trabalhos relativamente diferentes, tudo é novidade para Harper. Da pressão de estar num mundo ao qual ela não pertencia antes à dificuldade de fazer amizades com os outros colegas que participam do programa de trainee do Pierpoint. Apesar das dificuldades ela se aproxima mais de Yasmin (Marisa Abela), Robert (Harry Lawtey) e Gus (David Johnson). Está formada a “quadrilha” da Pierpoint. O primeiro episódio, dirigido por Lena Dunham – criadora da excelente série Girls– criou toda uma atmosfera tensa, deixando claro logo nos primeiros minutos que o mundo corporativo é selvagem e que os personagens ali, irão passar por situações extremas, que o ser humano não passa de um número e que se ele não trouxer resultados, ele será descartado – claro que, no decorrer dos episódios, especialmente Robert mostra que, pra tudo se dá um jeito e não importa qual é esse jeito, não importa o que você tenha que fazer, se é dando um agradinho aqui, fazendo uma trapaça ali, saindo para jantar, passado a noite, transando com um ou outro, o que é importa é o fim. O que não acontece com Harper, que fica incomodada com todo o assédio moral - em uma das cenas mais tensas da série, o chefe de Harper coloca ela em uma sala para um pequeno sermão que acaba tomando proporções avassaladoras para ambos - e se espanta ao ver que muitos dos colegas acham que esse tratamento faz parte do jogo pelo faturamento ーYasmin vive sendo humilhada pelo chefe Del, as cifras conseguidas soam como compensação para muitos deles, mas para outros, não existe humilhação, caso de Gus que, sabe do que seu talento é capaz e sempre usa isso ao seu favor. O principal foco da série é expor os limites de trabalho das pessoas, especialmente os mais jovens e com ambições sem limites, todos os personagens são recém formandos, contratados por uma grande empresa, os funcionários mais antigos, como em qualquer outra empresa do mundo, deitam e rolam em cima dos novatos, colocam horas e mais horas para serem cumpridas, metas impossíveis de serem atingidas e os novatos, querendo mostrar serviço, acabam fazendo o impossível para que isso seja alcançado, e quando digo impossível, é impossível mesmo. Existem também os limites emocionais aos frangalhos por tantos gritos e tanto desrespeito impostos no banco, sobra pouco para se dedicar a si. Poucos ali parecem ter vida própria: o celular está sempre a postos para receber a chamada do chefe e a cama pode virar mesa do escritório para terminar um projeto a qualquer momento. O elenco e a direção são os grandes triunfos da série que, apesar de não atrair o grande público, já foi renovada para uma segunda temporada que deve estrear no final de 2021, se ainda não assistiu, faça pra logo, essa é foi de longe a melhor série de 2020.

  • DESAFIO: Doando como a Ana Maria Braga

    Um desafio para Ana Maria Braga.... Acooorda menina! Hoje assistindo ao programa da Ana Maria, me deparei com matérias emocionantes que mostravam pessoas com absoluta dificuldade financeira e o programa, óbvio, em um ato cidadão convocou a sociedade para ajudar. Até aí, nenhum problema. Certo? Er - ra - do! Ana Maria Braga é uma das profissionais mais bem pagas do país, estima-se que ela receba mensalmente entre salário da Globo, merchandising e outros rendimentos, algo em torno de R$ 5 milhões todos os meses, muito mais do que a renda de quem nos lê, suponho. Claro que a solidariedade é importante, mas essa solidariedade não tem que continuar vindo apenas de quem já passa por grandes dificuldades na vida. Para se ter uma ideia da ordem de grandeza dessa discrepância, para um cidadão comum, que ganha algo em torno de R$ 2200 por mês (2 salários-mínimos), doar R$ 100,00 (4,5%) equivale a Ana Maria Braga doar aproximadamente R$ 225 mil em apenas um mês. Claro, isso se fizermos um cálculo simples de proporção sem ponderação. Porém, um cidadão que ganha R$ 2.200,00 por mês, não tem casa própria, provavelmente não tem carro do ano, não tem mansão, piscina, casa na praia etc. Alguém que ganha R$ 2.200 está doando parte de seu prato de comida, parte de seu aluguel, parte das coisas que seus filhos precisam, parte até do lazer e da viagem para visitar a família no final da pandemia; ao passo que, Ana Maria Braga doar R$ 225 mil, equivale a ela doar um pedacinho do que ela depositaria na “poupança”, um pedacinho de muito dinheiro que sobra para quem ganha R$ 5 milhões e já tem na vida tudo que precisa para viver e muito mais. Bom, qual é o desafio então? O desafio é que a Ana declare o valor da renda dela do mês e o valor doado mensalmente para esses projetos. Quando e SE ela topar o desafio e fizer isso, vamos calcular e liberar uma tabela de proporcionalidade, onde recomendaremos os valores que cidadãos comuns de diversas faixas de renda deveriam doar se quiserem acompanhar a ordem de grandeza proporcional às doações da Ana. Acho que o nome do artigo será “DOE COMO A ANA MARIA BRAGA”. E claro, sei que tem gente que acredita que o que se doa com uma mão, a outra não tem que saber, mas isso é uma velha estratégia usada por quem não doa, ou por quem doa tão pouquinho, que tem vergonha de dizer que doou. Mas a verdade é que a doação não é representada pelo bem ou valor entregue, mas sim pelo significado que aquela doação tem para a sua vida. As pessoas sem posses, que doam qualquer quantia, sofrem muito mais para fazer aquela doação, do que pessoas ricas que doam valores muito maiores. Logo, a nobreza está no ato de tirar de si próprio para outrem, o que é muito maior do que doar só aquele pedaço que sobra, que não faz falta. Comportamento comum dentre os mais ricos. E antes que o histerismo dos debates públicos acredite que esse é um ataque à Ana, saibam que não é. Esse é um desafio solidário e um convite à reflexão e consciência que as pessoas com rendas privilegiadas deveriam ter a respeito da sociedade em que vivem. Em outro artigo de minha autoria, disponível aqui no Portal Dossiê etc, eu já abordei a importância da proporcionalidade das relações econômicas, falando sobre um modelo de Imposto de Renda unificado e proporcional. Esse é o debate da vez, a proporcionalidade precisa tomar conta das relações econômicas, ou a única coisa que conseguiremos é tornar os pobres mais pobres e os ricos mais ricos. O espaço dado pela apresentadora em seu programa para divulgar esse tipo de ação, é de grande valia e vem sendo adotado também por outras emissoras, como a Band – ontem mesmo vi Reinaldo Azevedo convocar doações para a campanha –, mas esse desafio é um desafio especialmente direcionado à Ana Maria Braga e aos grandes “PIBs Globais” como Faustão, Luciano Huck, Tiago Leifert e até, porque não, para o rei do polígrafo, Pedro Bial. Querem incentivar a solidariedade? Então não se tranquem nos seus estúdios, abracem o desafio e vamos juntos incentivar a solidariedade proporcional à renda.

  • Pedro pedreiro penseiro

    De Chico Buarque a Belchior Pedro, que é pedreiro e mora na Pavuna, está construindo um prédio na Rua Duvivier em Copacabana. Pedro Pedreiro mora em um país onde os alimentos estão diariamente mais caros, e, propositalmente, o governo presidido por Jair Bolsonaro retirou o ínfimo auxílio emergencial que, mesmo antes, sequer servira para Pedro Pedreiro tentar a sorte grande no bilhete. Vai esperando o aumento que, desde o ano passado, para o bem dos que tem bens, nada indica que virá. Enquanto espera o trem, no ponto já aglomerado, ouve um comentário que lhe esfria a espinha: “Você viu que a maioria dos que estão intubados com Covid na UTI têm entre vinte e cinquenta anos? A explicação que os moços dão é que são as pessoas que estão indo trabalhar; que pegam transporte público lotado”. Eita nós, pensa Pedro. E como fazer? Há outra opção senão enfrentar o medo, o pavor de ser intubado sem sedativo? A única possibilidade é, junto com o trem, esperar a morte. Já no trem, percebe-se que Pedro está penseiro, sentindo seu peito se apertar. E o trem vai passando pelo subúrbio...E Pedro terá que entrar em um ônibus para chegar à zona sul, e ele, não muito bem, percebe ao seu lado que sua gente é obrigada a ir em frente, sem nem ter com quem contar. Mesmo em pé, tenta recuperar força tirando uma rápida pestana e, por alguns curtos minutos, troca a angústia da espera pela esperança do sonho. E vai sonhando... sonhando.... sonhando. Sonhando com um mundo onde quem não tem um vintém consegue festa, sorte, a volta para o Norte, ou mesmo sequer precise sair de sua terra. Sonha com o carnaval. Mas, acima de tudo, espera alguma coisa que não se sabe exatamente o que é. De repente acorda e percebe que a realidade só lhe obriga a esperar, esperar e esperar. E o que lhe alcança é um desespero de esperar demais e a certeza de que não é possível voltar atrás. Afinal, sua mulher está esperando um filho para esperar também! Ouvindo o apito do trem Pedro Pedreiro enxerga uma luz ao final do túnel. Essa luz ilumina a frase: Fora Bolsonaro! Encantado, salta do aperto do trem e sente vir vindo no vento o cheiro da nova estação! Esse texto cita as músicas Pedro Pedreiro de Chico Buarque, Gente Humilde de Chico Buarque, Vinícius de Moraes e Anibal Augusto Sardinha, e a música Como nossos pais de Belchior.

  • O Brasil não pode dar certo...

    Surpreende que os EUA não tenham percebido. Mas o Brasil não corre o menor risco de dar certo. Não é de hoje que rumores e provas sobre o envolvimento dos EUA em episódios políticos no Brasil surgem, deixando todos preocupados e até, por que não, surpresos com tamanha audácia do país do Tio Sam. Dentre os casos mais famosos estão a articulação de diplomatas em apoio ao golpe militar de 1.964, interesses explícitos e espionagem do programa do pré-sal brasileiro, revelado pelo, realmente disruptivo. wikileaks e, mais recentemente, uma publicação do Le Monde demonstrou a influência dos EUA sobre o então Juiz Sérgio Moro e na condução dos processos da Lava-Jato que culminaram na prisão de Lula, até então líder nas pesquisas eleitorais, abrindo caminho para a eleição de Bolsonaro que logo em seguida pagou os favores premiando o juiz que prendeu seu adversário, com o cargo de Ministro da justiça e uma possível indicação para o Supremo Tribunal Federal (STF). Não precisamos entrar nos méritos dessas interferências, historicamente os EUA sempre sabotaram países de todas as formas possíveis em busca de seus ideais comerciais, econômicos e ideológicos. A história está amplamente documentada. O ponto que realmente intriga e sustenta esse editorial é: Para quê tanto esforço? O Brasil não corre o risco de dar certo. Indústria decadente: O Brasil sofre de uma enorme desigualdade social e essa desigualdade é tão grande e profunda que as pessoas mais ricas têm o poder de mudar as leis a seu favor, mesmo que isso não beneficie em nada a sociedade, ou pior – e mais recorrente – mesmo que essas alterações prejudiquem a sociedade. Atrasado em relação ao mundo – para variar – o Brasil demorou a se industrializar, depois demorou a se abrir para o comércio exterior e isso, obviamente gerou um atraso tecnológico na indústria nacional. Mas que fique claro, um atraso desejado por muitos industriais brasileiros que, entre precisarem se reinventar e investirem para competirem com tecnologias internacionais, preferiram fronteiras fechadas que protegessem suas margens de lucro. Hoje pouca coisa mudou, o Brasil continua investindo pouco na industrialização do país e as entidades sindicais do setor como a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) preferem entrar em pelejas políticas em uma infantil busca de vantagens tributárias e um debate raso baseado em figuras cômicas como sapos, patos e slogans chicletes, ao invés de lutar contra aquilo que realmente trava o desenvolvimento industrial do país. O sistema bancário. As atuais políticas restritivas de crédito impedem que qualquer industrial determinado possa crescer. E já que chegamos rapidamente aos bancos, é oportuno falar da maior âncora econômica do país. Sistema bancário brasileiro: Sejamos sinceros, se fossemos o presidente dos EUA, estaríamos sentados naquela bela sala oval, com charuto cubano na mão direita, whiskey escocês na mão esquerda, pernas cruzadas e, com a mão ligeiramente apoiada no colo de um assessor, riríamos: “Se os bancos chineses fossem como os brasileiros, não precisaríamos nem de porta aviões”. Calma, não precisa entender todas as referências de uma vez, mas trocando em miúdos, os bancos brasileiros fazem todo o trabalho sujo, não precisa de sabotagem externa. Já que um pouco acima esse editorial ataca alguns defeitos da indústria nacional, vale lembrar que foi uma generalização, porque de fato, as entidades que representam a indústria fazem um trabalho pífio, mas claro, a grande maioria dos industriais, principalmente aqueles bem intencionados, mas que são pequenos demais para serem ouvidos, mesmo que queiram investir para crescer, esbarram na burocracia bancária, que por conta das altas taxas de juros restringem o limite do crédito inclusive quando, covardemente, pedem o patrimônio, das pessoas que ainda não têm esse patrimônio, como garantia desses mísero crédito a juros abusivos. Em essência, a função de um banco, para contribuir com o desenvolvimento de um país, é gerir fundos daquelas pessoas que possuem muito dinheiro, emprestando esse capital para pessoas com ótimas ideias, que não possuem recursos financeiros para desenvolverem seu sonho, tirarem um negócio do papel. Infelizmente não é o que acontece. Hoje, na humilde opinião desse editorial, os bancos são os maiores responsáveis pela financeirização da economia, que cada vez mais se resume a especulação baseada nos volumes de títulos negociados, fazendo com que o valor das ações das empresas seja artificialmente inflado, sem que isso represente um ganho macroeconômico, já que nem impostos são pagos por esses acionistas quando recebem os juros e dividendos. Em outra oportunidade poderemos até refletir sobre a concorrência da financeirização contra a economia real, já que todo esse valor circulante, passando de mão em mão dos acionistas, poderia gerar impactos produtivos reais, abrindo postos de trabalho e incrementando o processo produtivo nacional (assunto para outro Editorial). Como se os defeitos já não fossem muitos, os bancos ainda têm funcionado como catalizadores de capital, que tiram dinheiro das camadas mais baixas da população, principalmente em momentos de crise onde as pessoas recorrem ao crédito para fechar as contas e pagam juros exorbitantes – o mais alto do mundo desenvolvido – irrigando fortunas, com massivas distribuições de lucros como em 2018, quando o resultado do lucro recorde de R$ 25,6 bilhões, do banco Itaú, ganhou as capas dos jornais. Isso poderia de alguma forma ser positivo para o pais, gerando novos postos de trabalho, ou servindo para uma empresa brasileira avançar sobre o mercado internacional. Mas, longe disso, o que aconteceu foi que no mesmo ano R$ 22,44 bilhões foram distribuídos como juros e dividendos para os acionistas. Isso significa que 88% do lucro obtido, foi destinado para os acionistas, quando a lei obriga a distribuição de apenas 25%. O resultado disso, é que algumas das famílias mais ricas do Brasil, ficaram ainda mais ricas e receberam R$ 9 bilhões em plena crise nacional. Tudo isso pagando alíquotas que vão de 0% para os dividendos a 15% sobre o Juros sobre Capital Próprio (JCP), enquanto trabalhadores comuns pagam até 27,5%. Muito mais produtivos e fundamentais que os bancos, o agronegócio deveria nos encher de orgulho, afinal... O Agro é POP: A agro pode ser pop, mas tem se esforçado em ser inútil aos interesses do país. “O maior produtor de alimentos do mundo”, esse é um título que realmente deve fazer as pernas dos estadunidenses tremerem. Com um clima favorável, água em abundância, pouquíssimas intempéries climáticas e tecnologia produtiva de ponta – além da rara imensidão territorial – o Brasil é bastante estratégico para o mundo, já que produção bovina e monocultura de grãos para a ração animal, como a soja, são duas atividades indesejadas pela grande poluição, desmatamento, contaminação e degradação do solo, que essas atividades geram, além de um altíssimo desprendimento de água, em uma dimensão tão grande, que pouquíssimos climas no mundo sustentariam tal demanda. Então sim, esse sim é um setor econômico que deve assustar os EUA na disputa pelo mercado internacional e pela importância geopolítica que isso representa, mas para o desenvolvimento econômico essa vantagem para no equilíbrio da balança comercial. Para o mercado interno o agronegócio recorrentemente faz gols contra: Nos orgulhamos das safras recordes, é claro! Mas quando a produção é grande demais Jogam produção no lixo para controlarem o preço, enquanto milhões de pessoas passam fome; usam de todo o aparato Estatal representado pela Embrapa e usam essa tecnologia para produzir cada vez mais, mas a melhor parte da produção vendem para quem tem dólar para pagar e o que sobra vendem a preço de dólar para trabalhadores que recebem salários em real. Recebem bilhões em subsídios de crédito rural, mas com os lucros recordes, mal pagam impostos. O sucesso do agronegócio brasileiro está fazendo melhor para os importadores de equipamentos agrícolas e para os fabricantes de 4x4, porque empregos no campo estão virando lenda, estão em queda há muito tempo e, que se deixe claro, pretendem extinguir cada vez mais postos de trabalho com a automatização das lavouras. O sucesso do agronegócio favorece apenas aos interesses dos latifundiários que detém propriedades rurais gigantescas e lucrativas, apostando na monocultura de insumos para produção de ração animal. Alguns desses latifúndios são heranças que atravessaram gerações desde o tempo da escravidão. De alguma forma isso os torna herdeiros da escravidão, provavelmente não pelo trabalho, muito provavelmente pelos lucros gerados por aqueles que foram escravizados pelos antepassados dos atuais reis do desmatamento e das queimadas. Aliás, se os EUA tivessem se atendado para os detalhes, teriam percebido que no país em que a reforma agrária nunca foi feita e que as fortunas atravessam gerações sem saírem das mesmas mãos, logo perceberia que esse país não tem futuro. E por falar em futuro... O futuro também não parece ser muito promissor. Com péssimas remunerações oferecidas pelas empresas, um poder de consumo cada vez menor e restrição da oferta de crédito, a atividade empreendedora no país deve continuar se resumindo a trabalho informal e relações trabalho precarizadas. Claro que existem jovens bem-nascidos, com uma educação privilegiada, formação superior, MBA e tudo mais, esses geralmente quando voltam do intercâmbio correm para montarem a startup deles, empresas que para um olhar mais pragmático se resumem como empresas que oferecem serviços de baixa complexidade, que dificilmente dão lucro, quebram fácil e boa parte delas se apoiam na ideia de precarizar as relações de trabalho tal qual os aplicativos de transporte, entregas e faxinas. Com o passar do tempo e graças ao surgimento dos gurus do empreendedorismo, ficamos bons também em marketing multinível, vendas de curso que ensinam a ficar rico, vendendo cursos que ensinam a ficar ricos, pirâmide financeiras, marketing digital e em fabricar coaches, são mais ou menos 100 mil novos todos os anos, se seguirmos assim em breve teremos mais coaches do que habitantes. Enfim, espera-se que esse breve editorial sirva para fazer os EUA entenderem que não precisa boicotar o Brasil, nós não temos a menor chance de dar certo, não tão cedo. Que esse final deixe claro aos diplomatas, parlamentares e autoridades estadunidenses de todas as naturezas, que o Brasil não representa uma ameaça econômica, não representa uma ameaça geopolítica e não representa uma ameaça comercial. No Brasil o atraso é tão grande que ainda estamos no “pré-fordismo” onde quem produz, não consegue sequer consumir o que produz; vivemos hoje, o que Marx criticava no século XIX, temos um exército industrial de reserva, um exército de desempregados que faz as empresas oferecerem salários de fome, porque se um não quer, tem quem queira. Se o Brasil não for sabotado, se a interferência externa não colaborar para que outros Bolsonaros sejam eleitos presidentes, se tivermos um pouco de paz política e consistência democrática, talvez daqui 50 anos tenhamos um país menos desigual, um país com uma educação decente, um país onde a exuberante produção de alimentos se traduza em nutrição e dignidade para a população e não em lucros exorbitantes para alguns poucos “príncipes feudais”. A julgar pelo nosso presidente eleito, bem se vê que não temos como ir muito longe. Nossos empresários e formadores de opinião apoiaram a eleição do atual presidente, muitos deles se recusam a abandonar o barco até hoje. Qual é a chance de essas importantes figuras saberem produzir ou ler um relatório de situação? As figuras mais proeminentes do empresariado nacional, os donos do capital, foram incapazes de prever um cenário simples sobre a eleição de um presidente com ares autoritários e, toscamente, projetaram os impactos de uma pandemia com características tão gritantes... Qual é a chance de o Brasil dar certo?

  • LISTA: As 5 Melhores séries originais HBO

    Essa é uma coluna de opinião. As opiniões expressas pelo colunista não representam, necessariamente, a opinião do Portal Dossiê etc — A Neflix tem que comer muito arroz com feijão para chegar no nível da HBO. O primeiro sucesso da HBO foi com OZ, lembra-se daquela série ultra violenta e com altas cenas de sexo, a trama era dentro da cadeia e que passava nas madrugadas do SBT, pois é, era uma série para os fortes e foi ai que começou o reinado do maior canal pago da televisão americano, reinado esse que permanece até hoje e com certa tranquilidade. A HBO é sem nenhuma dúvida a melhor distribuidora de conteúdo e eu, claro, posso provar. Se você procurar qualquer lista de melhores séries de todos os tempos, em sites especializados como o The Hollywood Reporter, ou até mesmo grandes jornais como o The New York Times, na primeira posição das melhores séries, sempre vai ser algo da HBO, talvez The Wire ou The Sopranos, que são as mais queridas da crítica. O que importa é que a HBO é anos luz, anos luz, melhor que a Netflix (talvez por isso o serviço de streaming seja mais caro) isso falando é claro, em conteúdo original. Sem mais delongas, separei 5 séries primorosas originais HBO, lembrando que minisséries, não estão inclusas, para isso eu precisaria fazer uma nova lista (em breve). 5. True Blood (2008 – 2014) O sucesso de True Blood foi gigante na época e o motivo é muito simples: uma série de fantasia com qualidade ainda era algo muito raro. Misturar vampiros com telepatas, metamorfose, fadas, lobisomens, bruxas e demônios, tudo isso com uma qualidade de roteiro impecável, era algo raro uma década atrás, então deu certo, a audiência foi lá em cima, fora as incontáveis cenas de sexo explícito. 4. Succession (2018 – presente) O drama da família Roy não é para qualquer um, a série requer uma certa atenção e paciência, são muitos diálogos e repleta de personagens desprezíveis e é exatamente isso que faz ela ser a melhor série da atualidade. Premiada com o Emmy de melhor série dramática, a trama gira em torno de uma família bilionária e gananciosa, um jogo de poder, com roteiro e direção calculadas. Assista! 3. Game of Thrones (2011 – 2019) O que eu poderia falar de Game of Thrones que já não foi dito por alguém em algum lugar? — Nada! Tudo o que você precisa saber dessa série, com toda certeza, já foi dito por alguém e quase tudo é verdade. É uma série gigante, excelente, com reviravoltas assustadoras e sobre a última temporada, tem quem não goste, eu particularmente achei tudo perfeito, do início ao fim. 2. The Sopranos (1999 – 2007) O maior clássico da televisão americana e uma das séries mais premiadas de todos os tempos, mas esse é outro caso de série que, não vai agradar todo o público. Se você assistir um episódio avulso, você provavelmente não vai gostar, mas o drama de Anthony Soprano foi revolucionário em tantos quesitos que fica difícil explicar agora, só embarque na trama e deixe a família de mafiosos te conduzir. 1. The Leftovers (2014 – 2017) O mundo é arrebatado. 1% da população mundial simplesmente desapareceu da terra, evaporou, sumiu, já era, não tem volta – partindo daí temos The Leftovers, a série mais genial do século (até agora). Os personagens seguem suas vidas após o arrebatamento, como lidar com o desaparecimento, o que aconteceu, para onde eles foram, porque essas pessoas foram escolhidas, como continuar a vida com tantas perguntas e absolutamente nenhuma resposta? Será que foi Deus? – se você for assistir esperando resposta, não perca seu tempo.

  • Imposto de Renda unificado e proporcional

    Justiça e impessoalidade tributária Há muito existe um consenso nacional: Precisamos de uma reforma tributária, urgente. ​ Dentre os principais motivos para que essa reforma ocorra estão: Necessidade de retomar o investimento público, desfazer a regressividade presente na taxação sobre o consumo, reduzir a desigualdade, promover a distribuição de renda e a justiça tributária que se resume em: Arrecadar mais, sobre quem tem mais renda e mais patrimônio. Premissas da proposta A reforma tributária é a oportunidade perfeita para a simplificação de algumas práticas tributárias, embora essa não deva ser a prioridade. Não é prudente nortear uma reforma pela simplificação, mas sim pela melhoria e aperfeiçoamento da prática tributária. Sem a pretensão de transformar o país com uma solução mágica, esse artigo traz uma breve sugestão para alguns dos muitos problemas que envolvem o sistema tributário nacional. Vale lembrar que essa proposta foi apresentada anteriormente no livro Pobreza à brasileira onde pude contextualizar a pobreza, suas características e suas origens, Chegando a conclusões sobre possíveis soluções e dentre as quais, uma das mais mais eficientes é exatamente a acentuação da progressividade na tributação da renda, mais precisamente a progressividade em proporção absoluta. Tributação proporcional, por Renda Total Anual: O princípio da impessoalidade, se aplicado às relações econômicas, pode simplificar, por exemplo, a interpretação de renda. Se a partir de agora, simplesmente considerarmos que renda é renda e que, independentemente de sua origem, serve aos mesmos propósitos e causa os mesmos efeitos econômicos, não se pode conceber que a renda continue sendo diferida em sua origem e que isso continue a causar distorções. A solução proposta para isso é muito simples: Somar todos os rendimentos de um CPF, como: Salários, pró-labores, cachês, aluguéis, lucros, dividendos, mesadas, doações etc. Toda e qualquer forma de remuneração, formando a Renda Total Anual (RA Cálculo e alíquotas: Diferente da escala atual, baseada em valores aleatórios sem a menor lógica econômica, o método proposto sugere um estudo sobre um Índice de Renda Máxima Desejável (IRMD). Esse índice precisa levar em consideração critérios como o índice de GINI que mede a desigualdade social e a renda média da sociedade, de forma que a grande massa da economia popular fique isenta das taxações sobre aquilo que garante a subsistência dessas pessoas e que o grosso da arrecadação, se concentre naquelas pessoas que possuem rendas anuais tão altas, que lhes garantiriam anos de conforto com a renda de apenas um desses anos. Esse índice pode muito bem ter uma equação que defina gatilhos de reajuste automáticos, que reduza IRMD quando a desigualdade aumentar, mas que aumente gradativamente o IRMD quando a desigualdade diminuir. Para essa proposta vamos focar apenas em um valor fixo, aleatoriamente estipulado em R$ 500.000,00, com uma taxa-teto estipulada em 50%. Atualmente, um trabalhador que receba pouco menos de 2 salários-mínimos por mês, já é tributado em sua renda com um desconto de 7,5%. O trabalhador que ganha 5 salários-mínimos paga o mesmo Imposto de Renda que o presidente de uma grande empresa paga sobre seu salário. Porém, se o presidente de uma grande empresa receber bônus em ações da empresa, ele nada pagará de impostos sobre os dividendos que receber, pois o Brasil é um dos únicos 3 países que não tributam os dividendos, um claro aceno a especuladores que buscam paraísos fiscais para sonegar impostos. Por outro lado, o Lucro sobre capital próprio é tributado, mas apenas em 15%, o que já é muito menos do que um trabalhador chega a pagar, mesmo vivendo em condições financeiras muito piores. No modelo proposto a isenção alcança trabalhadores com renda anual abaixo de R$ 50.000,0 por ano, ou R$ 4.166,67 por mês. A fórmula utilizada nesse cálculo foi: PP = (RA / IRMD) x (RAxAR) PP = Progressão proporcional | RA = Reanda total Anual | IRMD = Índice de Renda Máxima | Desejável ( R$ 500 mil ) | AR = Alíquota Referencial Máx. ( 50% ) Benefícios sensíveis: Impessoalidade e fechamento de brechas; Aplicação de justiça tributária; Expansão da faixa de isenção; Fortalecimento do caixa das empresas, através do encarecimento do saque de lucros e dividendos; Redução da PeJotização, que perderia vantagens tributárias / fortalecimento da arrecadação previdenciária; Simplificação do cálculo de arrecadação; Aceleração de investimentos e transferência de renda. Redução da carga tributária que incide sobre o consumo;

  • Polígrafo

    Esse material foi encaminhado para a redação Dossiê através de um(a) leitor(a) que preferiu não se identificar, dado o teor do texto. Respeitaremos o pedido e identificaremos a autoria do texto apenas por suas iniciais. Entre ministros com graduações concedidas por Deus, ambientalistas que vendem a Amazônia. Entre negacionistas e terraplanistas. Entre declarações de estado de Calamidade e motim para um possível Estado de Sítio. Entre 360 mil genocídios. Entre zombarias internacionais e a visão de Jesus na goiabeira. Entre mamatas, mamadeiras de piroca, a farra do leite condensado e a “Mansão da Rachadinha”: a DEMOCRACIA. Entre tantas mentiras, uma verdade: Nunca na história desse país tivemos tanta fragilidade democrática. O cruel viés da democracia atual, é conceder a loucos e tiranos o direito de ser eleito. De comandar um país, à torta forma de valores pessoais e imorais, sob a luz do cristianismo e da tradicional família brasileira patriarcada pelo “cidadão de bem”. A dor e delícia de ser Democracia: Prende por inquisição o maior Líder do país, que se embaralhando as pernas tenta dar continuidade a sua gestão e manter a sua imagem através de uma Mulher, que tem os efeitos de uma Ditadura tatuados em suas vísceras e com seu olhar firme e pragmático de agir, faz com que Aquele usa os óculos da moralidade desvirtuada a veja como insensível e incapaz. A prisão do metalúrgico que transformou a República Tupiniquim foi cercada de enredos que ajudaram Padilha a criar uma série ficcional, com “mecanismos” a base de mentiras e de fake News coordenada por um Juiz Ladrão, que se autocondecorou herói permitindo que seus súditos transformassem a imagem de um país que emergia para outro que submergia na vastidão de denúncias de corrupção criada dentro de gabinetes daqueles que tem a alcova de “custus legis”. Condenado pelo Tribunal de uma Republiqueta Curitibana, o Metalúrgico teve toda sua vida atacada e devassada, além de ignorado o contraditório e a ampla defesa, de ter sido gravado, monitorado e condenado, o Homem não se permitiu convalescer. Teve a perda de familiares zombados pela associação de seus inquisidores que juraram cumprir e fazer cumprir a Constituição da República e as leis. Ora, onde há verdade numa democracia que se corrompe de mentiras para que se possam conduzir ao caminho de interesses e a consolidação do “acordão com Supremo com tudo”? Como se pode acreditar na verdade democrática quando se elege um presidente na base de mentiras e conluios? Como manter vivo e incólume o Estado Democrático do Direito que condena aquele que vai em desencontro de interesses maiores, que é o dinheiro? Ou como acreditar que ela há de resistir se cerceiam direitos de respostas e opiniões de líderes políticos, somente porque suas casas televisivas não apoiam as formas lídimas de governo, pautada na concessão de direitos reais aos pobres, sob a alegação de que aquilo não lhe convém? Talvez Pedro Bial, assim como sua Douta “Casa” que lhe concede a voz, e te permite “conversar” com Juiz Herói ou ouvir paranoias do autoproclamado Filósofo Olavo, todos eles, sem sentença virtual condenatória, nem equipamentos que apitariam durante todo o programa dadas as inverdades ditas, não seja o Metalúrgico o único necessitado do polígrafo, a Democracia tem clamado ser ouvida há algum tempo, visto que a “Justiça”, completamente cega, a tem silenciado desde 7 de abril de 2018. R.V.

  • LISTA: As 5 melhores séries originais da Netflix

    O serviço de streaming tem muito que melhorar quando se trata de produções originais. Os serviços de streamings chegaram com força aqui no Brasil, são tantas opções que fica difícil escolher apenas um, ou o melhor, se é que existe um que pode ser considerado o melhor, mas fica ligado que nem sempre o mais popular é o melhor, no caso a Netflix, eu particularmente acho a Amazon muito melhor, quer dizer, o catalogo de filmes da Amazon é infinitamente melhor que o da Netflix, aliás esse ultimo está longe, muito longe de ser um serviço perfeito, o preço está cada vez mais alto, a qualidade das séries e filmes tem seus méritos, mas a cada 10 produções originais do serviço, apenas 3 são realmente boas, por isso, separei 5 séries originais Netflix que são realmente excelentes, só inclui séries, ou seja, minisséries e filmes não estão na lista, também só escolhi séries que são totalmente originais, séries que foram “compradas” como The Killing, Better Call Sall e Black Mirror também não estão inclusas, dito isso, borá pra lista. 5. Crashing (2016) O único defeito dessa série é que ela acaba e infelizmente, acaba depois de uma única temporada, criada por Phoebe Waller, criadora de ‘Fleabag’ um dos maiores fenômenos da televisão dos últimos anos, essa comédia conta a história de um grupo de pessoas – completamente diferentes uma das outras – que invadem um hospital e por lá se instalam, a confusão está feita, personagem de se rasgar de rir, cenas pra lá de constrangedoras, é sem sombra de dúvidas, uma das melhores comédia dos últimos anos. 4. Sex Education (2019 – presente) O mundo anseia por essa terceira temporada que vou te contar, está enrolada, estamos ansiosos para saber o desenrolar de Otis, que tem resposta para todas as questões sexuais, graças a sua mãe que é terapeuta sexual, Erik e sua autenticidade e Adam – uma comédia pra lá de injustiçada nas premiações que definitivamente merecia mais atenção, pra quem busca uma série descompromissada, essa é a dica. 3. House of Cards (2013 – 2018) O primeiro sucesso, a primeira série original, os primeiros prêmios, tudo saíram daqui, essa refilmagem (de uma série britânica de mesmo nome) foi um sucesso porque todo mundo queria saber que rumo daria das maldades de Frank Underwook, um presidente sem escrúpulos e capaz de tudo, absolutamente tudo pra estar no poder – infelizmente, o protagonista da série Kevin Spacey se envolveu em polêmicas de abuso sexual no final da quinta temporada e os roteiristas decidiram dar um fim nele, a ultima temporada é muito inferior as outras, mas ... 2. Ozark (2017 – presente) O drama da família Byrde é a queridinha dos críticos e do público mais exigente, comparações com Breaking Bad não são sem fundamentos, a trama gira em torno de uma família que precisa lavar uma quantidade interminável de dinheiro de um cartel de drogas, dito isso, o drama fica intenso, tecnicamente perfeito, Jason Bateman e Laura Linney são os trunfos da série. 1. The Crown (2016 – presente) O que existe de melhor no mundo das séries está aqui, a história da coroa britânica desde os primórdios, Peter Morgan, criador da série, e um dos melhores roteiristas da atualidade, conta com perfeição os momentos mais importantes da Monarquia Britânica, atualmente chegando na quinta temporada, a série abordou momentos importantíssimos como o governo Churchill e Tatcher, sendo uma das séries mais caras da história, não tinha como dar ruim, ainda mais com toda essa equipe e elenco.

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