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222 itens encontrados para ""

  • LISTA: 5 piores séries de 2021

    OPINIÃO: Se você quer passar longe de clichês, narrativas batidas, sem graça e personagens irritantes, fuja dessas séries. O mês de dezembro chegou, mês de celebração, mês de celebrar o que tivemos de melhor e como nem tudo são flores, o que tivemos de pior, pra que não caiamos no mesmo erro. Claro que essa lista é muito relativa, algumas das séries a seguir tem milhões de apreciadores ao redor do mundo, não quero depreciar nenhuma obra e nem nada parecido, diríamos que essa é uma lista com as séries mais fracas, menos inspiradas, repetitivas, verdadeiros caça-níqueis e por ai vai, enfim, se você puder fugir dessas séries, eu sugiro, conselho de amigo, mas não fique chateado, sexta a gente celebra o que tivemos de melhor, beleza? Cuidado, spoilers! 5. Clickbait (minissérie) Só os roteiristas mais tolos fariam uma coisa assim, para começar a minissérie já abre com a personagem mais insuportável possível, Pia com uma atuação total over de Zoe Kazan, segue então apresentando os personagens e suspeitos do assassinato de Nick Brewer (Adrian Grenier), a esposa que é sonsa, os filhos, dois boca-aberta, o repórter que não faz o menor sentido na trama, o policial bocó e o verdadeiro assassino que só me fez pensar: pelo amor de Deus. A Netflix precisa de roteiros melhores para ontem. 4. Cobra Kai (3ª temporada) O contrato com a Netflix parece que não fez muito bem para essa série que já era ruim como um todo, os mesmos problemas das temporadas anteriores se fortalecem aqui, roteiro pífio de dar vergonha por causa das muitas e esdrúxulas coincidências, os atores conseguiram ficar ainda piores, caras e bocas que nem os atores da Malhação fazem. O que me deixa feliz é que a série não vai sobreviver para sempre, já que cedo ou tarde, as "inspirações" - que são os filmes originais do Karatê Kid - logo vão acabar, estou até agora digerindo aquele último episódio, que horror! 3. Elite (4ª temporada) O pior da série não é o fato de ela ser descaradamente ruim e sim porque ela subestima o espectador, incontáveis furos no roteiro e coincidências das mais absurdas possíveis. Por exemplo: Las Encinas fica em Madri, uma cidade gigante, mas em todas as festas - e sim, tem festa todo dia na série – Omar (Omar Ayuso) e Samu (Itzan Escamilla) são os garçons, o caso do início não dá liga suficiente com os outros personagens e cá pra nós, avacalharam nos novos personagens, Patrick (Manu Rios) apenas para causar tumultuo na relação de Ander (Arón Piper) e Omar, se ele não existisse não faria a menor diferença e não, as cenas de sexo a três não compensam, Ari (Carla Diaz), Guzman (Miguel Bernardeau) e Samu no típico chove e não molha e estou até agora me perguntando por qual motivo enfiaram aquele príncipe ali, um total inútil, se era pra falar de agressão às mulheres, poderiam ter feito melhor, bom nenhuma novidade, pelo quarto ano, um das piores séries do ano, mas eu continuo assistindo, vai entender. 2. La Casa de Papel (5ª temporada) Sinceramente, essa série é igual o governo do Bolsonaro, sabe que é uma titica e se continuar vai piorar o que já é um ruim, mesmo assim insiste em enfiar goela abaixo uma narrativa forçada, onde nada faz sentido, não tem graça, qualquer carisma que os personagens um dia tiveram, agora já não existe mais. Ao que tudo indica a série finalmente foi cancelada pela Netflix e o orçamento poderá ser usado para uma produção melhor, ao menos a chata da Tokyo (Úrsula Corberó) morreu, espero nunca mais ver aquela atuação em toda minha vida. 1.You (3ª temporada) You é uma daquelas séries que precisa de certa paciência porque ela é enrolada, seguir os passos de Joe pode ser um verdadeiro martírio, ainda mais na atual situação da série, que nosso protagonista achou sua “alma gêmea” que é tão irritante quanto ele. A série dá voltas intermináveis, não consegue caminhar sem cair, episódio após episódios, nas próprias armadilhas. As paixões repentinas de Joe (Penn Badgley), até os assassinatos sem pé nem cabeça, é aquela série que não engata nunca, que tenta te prender com uma historinha boba, personagens rasos, saídas fáceis e nem as atuações corretas ajudam. Isso sem falar na narração intragável do protagonista, sinceramente, precisa ser um pouco sadomasoquista para continuar assistindo essa série.

  • Sertânia em Satyrianas: A arte pulsa novamente em SP

    Arte, cultura e reencontros, já podemos sonhar com dias melhores. Satyrianas, um nome que você não deve esquecer jamais. Quando convido amigos a frequentar, me perguntam o que é, uma pergunta fácil e difícil de se responder, ao mesmo, tempo. Se por um lado posso resumir como um festival de teatro, por outro lado eu preciso explicar que é um festival horizontal, democrático e acessível, que permite a quem tem, doar quanto quiser para seu grupo de teatro preferido e permite a quem nada tem, doar qualquer moeda em troca de um ingresso para peças, leituras dramáticas, pequenas cenas. O Satyrianas tem de tudo e onde de tudo há, a vida acontece. Foi no Satyrianas desse ano que fui ao encontro de Sertânia, uma peça inédita, linda, poética, musical, feita em complicadíssimas redondilhas de sete sílabas. Escrita e interpretada por Dionísio Neto, dramaturgo de mão cheia, dono de textos envolventes e peças revolucionárias como Desembestai e Os Dois Lados Da Rua Augusta, Sertânia nos transporta até o sol do sertão, em um clima quente e acolhedor, ritmado como o cordel declamado por Dionísio, na pele do cangaceiro Deus-Te-Guie , que em uma viagem regional encontra com seu pai e sua mãe, em diálogos que mostram relações de amizade, amor e conflitos familiares. Em um cenário simplista, como geralmente são as produções do Satyrianas, Dionísio brilhou iluminado por um holofote e acompanhado em cena apenas por uma foto real de sua mãe, falecida quando ainda era um menino no Maranhão, pelo músico Gabriel dos Anjos, responsável pela trilha sonora ao vivo, com violão e sanfona e por uma cadeira, um artefato coringa com o qual Dionísio interagia quando havia a necessidade de encarnar outros papeis. Depois de tomar uma cerveja ao ar livre com outro grande amigo, entrar no Satyrianas e encontrar Sertânia, foi mais do que um reencontro com o teatro, Sertânia é um reencontro com a poesia, com a música, com o sol, com o calor das pessoas, com a vida e com as reflexões sobre a morte. Sertânia nos carrega por emoções, nos leva do riso ao choro, do curioso ao espanto, do conflito a reconciliação. Dito isso, tenho certeza de que você também quer mergulhar e se encontrar nessa peça, porém, por enquanto não há previsão para isso. Satyrianas, o nome que você nunca deve esquecer, tem disso, trás textos novinhos, montagens inéditas, apresentações exclusivas – jamais excludentes – que podem ou não ganhar uma montagem oficial. Se fosse para apostar, eu diria que essa peça é uma daquelas que em breve será completamente montada e apresentada pelo circuito nacional, afinal, não é todo dia que nasce Sertânia. Quando lançada, prometo vir contar. Depois de 20 meses isolado dos amigos, familiares e de todos os anestésicos sociais que a vida tem a oferecer, passados pouco mais de um mês após receber a segunda dose da vacina me permiti largar a disciplina e confiar um pouco na vacina. Não me arrependo e espero que tudo dê certo nesse nosso reencontro com a vida, com a arte, com a cultura e com o lazer. Quando não souber o que fazer, vá ao teatro. Quando quiser encontrar algo para fazer, vá ao teatro. Quando precisar se sentir vivo e encontrar os amigos, vá ao teatro. No Teatro a vida acontece e acontece com arte! Teatros, cinemas, a noite e Lula estão voltando, já consigo ser um pouco mais otimista.

  • Vai piorar: Banco Central e o jogo da Selic

    7ª alta seguida: independente desde fevereiro, BC deve enviar mais R$ 100 bi aos bancos e fundos de investimento, com as decisões de hoje no COPOM Depois de dois anos de incertezas e muita tristeza com a pandemia, somos obrigados a ver a sociedade reabrindo e a economia, ainda assim, entrando em retração. O Fantástico, um dos folhetins mais importantes e assistidos da maior emissora do país, que outrora já teve de preencher sua grade com vídeos fofinhos de animais e até atrações como um mágico que revela os truques de mágica, hoje volta a ser invadido, tomado por matérias tristes como a do menino Gabriel que, em um lixão onde centenas de populares disputavam restos de comida que chegavam em caminhões de lixo, uma cena que nessas proporções o Brasil estava se desacostumando a ver, encontrou uma uma simples árvore de natal pequena e danificada, mas capaz de atrair a atenção, quase que por hipnose, do menino que compõe as estatísticas da miséria e da fome no Brasil. Por um momento sonhar foi mais importante do que procurar comida. Afinal, como pode uma economia em pleno processo de retomada pós-vacinação, apresentar tantos índices ruins e, os poucos índices razoáveis, como aumento de faturamento em alguns setores e até mesmo o aumento de arrecadação de impostos, se darem muito mais pelo efeito da inflação sobre os preços, do que pelo aumento da quantidade de negócios. A Black Friday, o famoso dia de comprar “tudo pela metade do dobro” foi outro fiasco, mostrando que nem mesmo as “promoções” foram capazes de impulsionar um mercado cambaleante formado por milhões de brasileiros famintos. Com 5% de retração nos resultados, quando comparada com a mesma data de compras de 2020, com economia restrita, a Black Friday é apenas um aviso de que o pior ainda pode estar por vir. No mesmo país das maravilhas, há também uma classe média endividada, ao todo, 63 milhões de pessoas estão em inadimplência e 75% das famílias possuem dívidas em alguma escala. Aqui é fácil cravar que é a classe média que está engordando esses números, porque os miseráveis, sequer têm direito e acesso ao crédito, nem para consumir, nem para morar e nem para investir em um negócio próprio. Em um país como o Brasil, dívida é quase um privilégio exclusivo da classe média. Privilégio dos juros exorbitantes. Podemos creditar esse desastre econômico a dois fatores principais: o primeiro é mais óbvio, há um lunático no poder. Uma pessoa sem o menor preparo intelectual, que não serviria sequer para funções simples, imagina se tem capacidade de ser presidente de uma nação tão complexa quanto o Brasil. O presidente brasileiro é um peso inútil que atrapalha a retomada do país, sobre isso não há dúvidas. O segundo fator é a prejudicial política econômica comandada por Paulo Guedes, que vê sua fortuna em reais aumentar, graças as suas aplicações em dólar, pouco transparentes, em paraísos fiscais onde, aparentemente, ele apenas especula com a desvalorização do real, moeda que ele mesmo controla a partir de suas políticas. Paulo Guedes e o Banco Central, independente desde fevereiro deste ano, já aumentaram os juros básicos (Selic), em mais de 300%, levando a meta da taxa de 2% em março de 2021, para 7,75% desde outubro e hoje, 07 de dezembro, o Comitê de Políticas Monetárias (COPOM), irá se reunir para decidir sobre um novo aumento que pode elevar a taxa de juros básica para mais de 9%. Sob a desculpa de conter a inflação, que apenas em outubro já avançou mais de 1,25%, contra um aumento de 1,16% em setembro, uma clara tendência de avanço da inflação, o presidente do Banco Central parece se sentir à vontade enriquecendo o setor para o qual ele trabalhou 19 anos. Pois, se por um lado, contra a inflação, Roberto Campos se mostra o mais ignorante dos presidentes do Banco Central, transformando juros em peso inflacionário, por outro ele é muito competente desviando a finalidade de mais 30 bilhões de reais por cada ponto percentual (p.p.) acrescido à taxa selic, um dos principais indexadores da dívida pública. Isso significa que, por ano, o Brasil pagará 250 bilhões de reais a mais para os juros da dívida, apenas pelos 5 p.p. já adicionados até agora, se hoje as previsões de um aumento de mais 2 p.p. se confirmarem, mais 100 bilhões serão desperdiçados para esse fim, enriquecendo ainda mais banqueiros e megainvestidores que hoje detém os títulos da dívida pública. É prudente que eu não opine sobre o caráter de Roberto Campos Neto, o presidente do banco central do Brasil, responsável direto por controlar a flutuação da moeda em relação ao dólar, mas que possui quatro contas offshore em moedas estrangeiras guardadinhas em paraísos fiscais, enquanto destrói a economia brasileira de mãos dadas com Guedes. Mas você que me lê, pode começar a pensar no adjetivo mais propício para um cidadão que transfere, com sua gestão independente, quase 250 bilhões dos cofres públicos para bancos e fundos privados. Com 350 bilhões torrados por suas políticas desviantes, o Banco Central não conseguiu recuar nem 1% da inflação que assola o país, porém, com apenas R$ 13 bilhões de subsídio, o Banco Central teria pago 100% de toda a receita que a Petrobrás teve com venda de gás de cozinha no Brasil em 2020 e, apenas isso, um simples subsídio, já seria o suficiente para interferir e reduzir a inflação das famílias mais pobres. Os 350 bilhões que estão em jogo, sendo desviados para bancar o lucro dos bancos e salvar a rentabilidade dos fundos de investimento são, acredite, 10 vezes maior que o orçamento do Bolsa Família para todo o ano de 2021. Para além dos desvios diretos de um dinheiro que poderia ir para investimentos no país e geração de empregos, o aumento da taxa Selic ainda cria um peso inflacionário, que assim como frete, se espalha pelo preço de tudo que consumimos, o motivo? Final de ano é quando as empresas mais buscam crédito, seja para reestabelecer estoques, pagar 13º salário e fazer investimentos para incremento de produção. Com juros 57% mais caros, tudo fica mais caro e a economia cambaleante tende a cair.

  • 20ª Grande Prêmio do Cinema Brasileiro

    Confira tudo o que rolou na edição de 2021 e a lista completa dos vencedores O Grande Prêmio do Cinema Nacional, uma celebração da Academia Brasileira de Cinema chegou em sua 20ª edição esse ano, a premiação não é nada muito diferente do Oscar que conhecemos, são praticamente as mesmas categorias com uma ou outra exceção, o prêmio consiste numa estatueta banhada em ouro de um cavaleiro em homenagem ao ator brasileiro Grande Otelo segurando uma espada sobre um pedestal, desenhada por Ziraldo e esculpida pelo escultor Altair Souza. Como mencionei acima, é uma premiação muito parecida com o Oscar, não só nas categorias, como no formato da votação, é um prêmio organizado e votado pelos próprios profissionais, uma forma da própria classe celebrar o seu trabalho e dar o devido reconhecimento ao talento de seus profissionais, o mesmo ocorre nas cerimônias – que por conta da pandemia não aconteceu em 2020 e 2021 – mas que geralmente acontece Teatro Municipal do Rio de Janeiro. O Grande Prêmio consiste em 32 categorias, o cearense Pacarrete, de Allan Deberton, foi o filme mais premiado da noite, com oito troféus Grande Otelo, incluindo o de Melhor Filme do Júri Popular, mas perdeu a categoria principal, que acabou ficando com A Febre, de Maya Da-Rin. O prêmio tem a característica de fincar títulos em nossa história, dentre alguns dos premiados na categoria principal estão Cidade de Deus, de Fernando Meirelles em 2002; Cinemas, Aspirinas e Urubus, de Marcelo Gomes em 2007, Estômago, de Marcos Jorge em 2009, O Lobo Atrás da Porta, de Fernando Coimbra em 2015, e Bacurau, de Kleber Mendonça Filho em 2020. A premiação, como qualquer outra, tem controversas, polêmicas e afins, mas isso é assunto para outra hora, segue a lista completa com os vencedores de 2021, que foram anunciados no último domingo (28) – aliás, uma boa lista para você, que assim como eu, ama o cinema nacional, maratonar. Melhor Longa-Metragem Ficção A Febre, de Maya Da-Rin. Melhor Direção Jeferson De, por M8 – Quando A Morte Socorre A Vida. Melhor Longa-Metragem Comédia Pacarrete, de Allan Deberton. Melhor Ator Marcos Palmeira, como Boca de Ouro, por Boca de Ouro Melhor Atriz Marcélia Cartaxo, como Pacarrete, por Pacarrete. Melhor Ator Coadjuvante João Miguel, como Miguel, por Pacarrete. Melhor Atriz Coadjuvante Hermila Guedes, como Cosma E Damiana, por Fim de Festa. Melhor Longa-Metragem Documentário Babenco: Alguém Tem Que Ouvir O Coração E Dizer: Parou, de Bárbara Paz. Melhor Filme Pelo Voto Popular Pacarrete, de Allan Deberton. Melhor Filme Internacional Jojo Rabbit, de Taika Waititi (EUA) Melhor Filme Ibero-Americano O Roubo Do Século, Ariel Winograd (Argentina) Melhor Longa-Metragem Animação Os Under-Undergrounds, O Começo, de Nelson Botter Jr. Melhor Primeira Direção De Longa-Metragem Bárbara Paz, por Babenco: Alguém Tem Que Ouvir O Coração E Dizer: Parou. Melhor Som Rodrigo Ferrante, Miriam Biderman, Abc E Ricardo Reis, Abc, por Babenco: Alguém Tem Que Ouvir O Coração E Dizer: Parou. Melhor Montagem Ficção Karen Akerman, por A Febre. Melhor Montagem Documentário Cao Guimarães E Bárbara Paz, por Babenco: Alguém Tem Que Ouvir O Coração E Dizer: Parou. Melhor Roteiro Original Allan Deberton, André Araújo, Natália Maia e Samuel Brasileiro, por Pacarrete. Melhor Roteiro Adaptado Jeferson De E Felipe Sholl – Adaptado Da Obra “M8: Quando A Morte Socorre A Vida”, de Salomão Polakiewicz, por M8 – Quando A Morte Socorre A Vida (De Jeferson De). Melhor Curta-Metragem Ficção República, de Grace Passô. Melhor Curta-Metragem Documentário Filhas De Lavadeiras, de Edileuza Penha De Souza. Melhor Curta-Metragem Animação Subsolo, de Erica Maradona E Otto Guerra. Melhor Direção De Fotografia Barbara Alvarez, por A Febre. Melhor Maquiagem Tayce Vale, por Pacarrete. Melhor Figurino Kika Lopes, por Boca De Ouro. Melhor Efeito Visual Marcelo Siqueira, Abc, por A Divisão – O Filme (De Vicente Amorim). Melhor Direção De Arte Rodrigo Frota, por Pacarrete. Melhor Série Documentário Tv Paga/ Ott Milton E O Clube Da Esquina – 1ª Temporada (Canal Brasil). Direção Geral: Vitor Mafra.

  • Rio, tire as flechas de seu padroeiro

    OPINIÃO: São Sebastião do Rio de Janeiro ainda pode se salvar, espero. No dia 22 de novembro de 2021, a cidade do Rio Janeiro foi palco de mais homicídios, precedidos de tortura, cometidas pelo Estado, personificado em agentes do BOPE, em face de oito moradores do complexo do Salgueiro, em São Gonçalo. De acordo com as explicações do BOPE, a motivação do barbarismo teria sido vingar o homicídio cometido por moradores do complexo, contra um policial da categoria. Não é o interesse dessas curtas palavras apontar os resquícios de veracidade nas versões dos policiais, isso é função de órgãos competentes, que espero que façam jus a literalidade do termo, para além do sentido jurídico, o que implica em não satisfazerem-se com ordinários argumentos do contra-ataque. Nessas linhas, voltemos o olhar para a chacina cometida por representantes do Estado, contra cidadãos. Afinal o são, quer seja de bem, de bens, trabalhadores ou até mesmo aqueles que vivem à margem da lei. Primeiramente, por força do art. 5º, inciso 47 da Constituição Federal, a prática da pena de morte no Brasil é vedada pela Lei Maior, além do que, tal decisão do constituinte originário, manifesta-se imutável por estar abrigado nas denominadas Clausulas Pétreas do mesmo ordenamento. Posto isso, por pior dos criminosos que fossem as vítimas, não caberia aos policiais militares, em momento algum, alijarem-lhes do Direito à vida. Além disso, mesmo nos Estados aonde há a legalização da medieval prática da pena de morte, esta, como o próprio nome diz, trata-se de uma pena, por tanto, exige-se, previamente, o devido processo legal, condenação, para, se for o caso, a aplicação da pena capital. O que semana passada foi noticiado nas manchetes dos Jornais transcende a incivilidade da pena de morte: trata-se de execução, como diz no bom e velho popular, a sangue frio. Faça-se mister ressaltar esse aspecto para retirar brechas de argumentos defensivos da chacina, com base na índole ou supostas atitudes das vítimas. Do mesmo modo, não dar ensejo ao argumento de que os policias estavam aplicando a pena merecida aos oito cidadãos que tiveram suas vidas ceifadas. Reitera-se: o que ocorreu foi execução o que avilta medularmente um Estado Democrático de Direito, quando parte-se de representantes dessa instituição, como policiais. Pois, traz como pano de fundo a disparidade de armas entre Estado, com força e aparelhamento público, contra pessoa, indivíduo e cidadão que, oprimido pela força do Estado, torna-se vulnerável. Lembrando, Estado este que deveria, por força republicana e constitucional, servir e proteger a todos, curva-se diante de interesses escusos da elite econômica, enquanto massacra – às vezes, à revelia do Direito, às vezes lançando mão do texto legal - parcela significava, maioria em termos numéricos, minoria em direitos. Para agravar e entristecer ainda mais as ruas de São Sebastião, há evidências de tortura nos corpos. Método sistêmico utilizado pelo Estado brasileiro no mais infame período de sua História recente. Àqueles que, de fato acreditaram que se tratava de um tempo passado, de página infeliz de nossa história, percebe que, o fato desse período estar desbotado da memória de nossas novas gerações, nos impede de acreditar que vai passar. O homicídio de oito cidadãos pobres do Rio de Janeiro, mediante à prática de tortura, está umbilicalmente relacionado a forma como esse país conduziu sua redemocratização, ao começar pela não culpabilidade de torturadores do período da Ditadura Militar, legitimando, assim, essa prática. Não obstante, permite-se a apologia à tortura em câmara legislativa e, como se não bastasse, a candidatura e eleição à presidente da República daquele que homenageou o símbolo da tortura no período Ditatorial. Como bem se pode perceber, a chacina que hoje é manchete dos jornais, não está desvinculada do Batismo de Sangue que este Brasil carrega e, enquanto não se olhar no fundo dos olhos, esôfago, vísceras e intestino dessa História; muitos ainda sangrarão pelos nossos pés. Por fim, Rio de Janeiro, querido, tira as armas do Bope, o poder da milícia e as flechas do peito de seu padroeiro, que só assim você poderá se salvar. Enquanto houver o direito à vida atravessado por um túnel, o túnel Rebouças, continuaremos chorando com Saudade da Guanabara.

  • Aquecimento Global S.A.

    O que conseguiremos em prol do clima, diante de tantos interesses? Global Warming (Aquecimento Global) é a mais forte expressão que ecoa entre líderes e organizações governamentais, além de inúmeras outras entidades ligadas ao assunto e que buscam uma solução adequada para os perigos que envolvem o planeta diante das fortes emissões de gases, poluição de rios e oceanos, desmatamento e construções em áreas de preservação ambiental. O assunto gera temores perante o aumento da temperatura média do globo que afeta de forma direta a existência humana e todo complexo ecossistema que abraça a vida. É bastante óbvio que não se aceite poluição e desmatamento, mas, por outro lado, um assunto de enorme relevância e que mantém encontros ao redor do planeta, como as conferências do clima, jamais poderá ser visto ou tratado com desdém ou exagero. A complexidade do problema precisa de atitudes efetivas com o exato tamanho de sua necessidade, sem pender a lados que possam desvalorizar ou hipervalorizar o ponto exato da questão. Interesses por parte de países, empresas e do próprio mercado financeiro, precisam ser muito bem avaliados para que se alcance a medida exata, ou, próxima daquilo que se considera correto e sério para a preservação do planeta e seus habitantes. Exemplos bastante certeiros já são vistos em inúmeras áreas, como na aviação, por exemplo, que investe em materiais e combustíveis sustentáveis que devem ser divulgados como forma de incentivo, mostrando que boa intenção, atrelada ao lado sério da ciência e tecnologia, pode trazer resultados bastante satisfatórios e progressivos em prol do respeito ao clima e toda sua estrutura. Sabe-se que os polos já estão todos mapeados há décadas, com ajuda de submarinos e toda tecnologia disponível, até por uma questão militar, uma vez que em caso de guerras essas informações são de suma importância. O derretimento de geleiras, visto normalmente em suas beiradas, podem ocasionar um processo em que ocorra diminuição da orla, mas há também parte da ciência que afirma tratar-se de uma questão cíclica, onde em momentos a orla pode ficar mais estreita ou larga, com a denominação de agradação e degradação. Fatores como esses podem gerar a mesma explicação cíclica para a garoa, comum na cidade de São Paulo e que voltou, agora com as mesmas características dos anos 40, já que ela também está catalogada por períodos. Sobre o CFC ser ou não inócuo, além da questão de que o buraco da camada de ozônio sempre existiu, essas afirmações eu deixo por conta da ciência, com sua gama de profissionais capacitados para tratar o assunto. O que chama mesmo a atenção são os interesses que, se não forem bem estudados e avaliados, certamente poderão melar os esforços pelo equilíbrio climático. Parece que estamos ainda distantes de uma conscientização maior sobre o consumo de alimentos naturais. Como se não fosse óbvio o menor impacto gerado pela plantação de grãos e cereais, por exemplo, em oposição à criação de gado, com seu altíssimo consumo de água, necessidade de vacinas e outras questões como dejetos atingindo o lençol freático. Os resultados à saúde são bastante evidentes no grupo que abraça a causa vegetariana, mas, sempre haverá interesses até para justificar que o consumo de carne faz bem. Além das questões relativas a todo mercado financeiro, empresas, montadoras, pecuária etc. surgem também outras esferas interessadas no assunto. O próprio Papa Francisco com sua encíclica, Laudato Si (Louvado seja), afirma que o homem anda muito escravizado necessitando de um dia de folga na semana para maior comunhão com Deus e com a família, assim como também se preocupa com a degradação que vem acontecendo com o planeta. Em paralelo, a WACHO: (World Action on Climate and Health Organization / Organização Mundial de Ação sobre o Clima e a Saúde), sempre faz alguma publicação com referência ao ZECASU (Zero carbon Sundays / Zero Carbono aos Domingos) um pedido concreto de que o mundo pare aos domingos, reduzindo a emissão de carbono e num dia que bastante agrada a própria igreja. As expectativas com relação ao equilíbrio climático são grandes por parte de todos os países. Esforços individuais como reciclagem, menos consumo de plásticos, uso racional da água, maior interesse pelos produtos orgânicos e uso de bicicletas, por exemplo, são de resultados fabulosos para o presente e futuro do planeta. Resta saber até onde os interesses particulares serão capazes de ajudar, efetivamente, as urgências que se apresentam na questão climática, independentemente do dinheiro envolvido, do poderio político de um ou outro país e da intenção de uma ou outra igreja. A própria pandemia já pode ser exemplo de erros na conduta de preservação e consumo, expondo a população do mundo a questões sanitárias bastante sérias e letais. A busca por alimentos de melhor qualidade, livres de industrialização, geram muito menos impacto ao solo e distribuem mais qualidade de vida, mais resistência e saúde. Difícil imaginar programas de incentivo nesse aspecto em prol da natureza, principalmente com a força da indústria de alimentos ultra processados e seus defensores. Mas, o interesse particular das pessoas por esse caminho, sem dúvida nenhuma revela um acerto para a saúde, inclusive do próprio planeta. Já sobre os outros aspectos, deixam dúvidas se conseguiremos abraçar a causa climática, dentro de suas reais necessidades. Muito ainda a se resolver. Interesses. Sempre eles.

  • A rápida e corrosiva corrupção Brasileira

    De rios invadidos por garimpeiros a governadores afastados. Revelações bombásticas explodem diariamente A República Federativa do Brasil, onde vivemos, nunca foi exemplo de respeito a gastos públicos, deixando também muitíssimo a desejar nas posturas parlamentares, com danças, gestos obscenos e assédio, além de outras tantas afrontas ao povo que os sustenta, obrigado a ver isso nas tv’s, nos vídeos, nos jornais. Ainda assim, bastante reveladora é a continuidade do desmazelo e, assombrosamente mais avolumado, surgindo a todo instante como se uma avalanche de descaso e enriquecimento ilícito fosse pertinente aos cargos e de merecimento à nação que vem assistindo a tudo isso de forma atônita e incrédula. Os exemplos são cruéis em várias esferas do governo, com a Municipalidade, Estado e União. As revelações sobre as atitudes do governo de Tocantins são uma belíssima amostra da forma articulada em que a falcatrua se expande, em elos que vão permitindo desvios e desmandos em várias áreas, com o afastamento do próprio governador, após evidências bombásticas, incluindo fazendas, gado, insumos e até a construção de um aeroporto, no Jalapão. No rio Madeira, centenas de balsas num suposto (ou quase certo) garimpo ilegal, levaram mais de 15 dias para aparecerem após denúncias, como se estivessem flutuando num planeta que não seria esse, graças à invisibilidade que tomou conta das mesmas. Estragos no rio pela extração ilegal e uso de mercúrio, inclusive, devem ficar escondidos em alguma gaveta até que, quem sabe um dia... Qualquer país com tonalidades mais sérias que as nossas, tomaria atitudes rápidas e cercadas de jurisdição que, no mínimo, renderiam bons anos de cadeia a seus responsáveis. É inegável que a maior parte da população brasileira não faça ideia do volume absurdo de dinheiro desviado e, os que conseguem enxergar esses crimes, ficam também de mãos atadas, com exceção de grupos sérios que, de alguma forma, fiscalizam esses descasos, denunciando-os e, com sorte, barrando sua continuidade. Por outro lado, o que se sabe é que necessitaríamos de gigantesco grupo fiscalizador, uma vez que a velocidade e tamanho desses descalabros são de fazer inveja a muitos ditadores espalhados por aí. Nem seria o caso de falar em séculos de corrupção. Basta imaginar que nas últimas cinco décadas nós continuamos com falta de saneamento, estradas que provocam mortes, além da necessidade de horas para pequenos percursos, camas hospitalares com ferrugem dando uma amostra de muitas estruturas na saúde, escolas deterioradas, policiais sem segurança, professores sem salário digno, incluindo-se também tudo se que vê nas cidades sertanejas com sede e fome. As favelas viraram comunidades, como se não fossem antes, e continuam repletas de sofrimento e vida árdua, o mais longe possível de quem não quer enxergar e ajudar. Os estragos só não foram maiores porque dentro desses períodos pudemos contar com um governo inédito, certeiro nas políticas públicas e engajado numa evolução do país, que assustou aos que não querem pobres em ascensão, culminando com sua prisão, tão sórdida quanto fraca e sem base legal. Um verdadeiro caso de estudo que abriu portas ao mais estrambólico tipo presidenciável solto na praça. Hoje voltamos a ver pessoas obrigadas a se deslocar em transporte clandestino entre estados, numa esperança de vencer os desafios até chegarem a seus familiares, dentro do que podem pagar pela passagem. Em diferente forma, Brasília tem um dos aeroportos mais movimentados do país, com muitos de seus viajantes tendo suas passagens pagas pelas famosas verbas, distribuídas com a mesma generosidade que guardam a sete chaves, para os seus, somente. O acordar da população parece estar ainda bem distante da realidade, mas, como toda esperteza um dia come seu próprio dono, já existem fortes indícios de que candidatos que expressaram suas mazelas de forma ostensiva e ridícula correm sérios riscos de não receberem mais os votos que antes contavam como certos. Associar a crise de um país a questões econômicas globais pode até fazer sentido, mas é primordial que políticos corruptos, altamente culpados pelo agravamento da economia do Brasil, sejam sim desmerecidos nas urnas, graças a uma maior conscientização não só política, mas pessoal.

  • LISTA: 5 filmes e séries sobre consumismo

    TOP 5 produções (filmes e séries) para te livrar da cilada do consumismo, na cilada de comprar mais do que o necessário. O dia mais importante do ano para os consumistas, para quem adora pechinchar, para quem adora uma promoção, um desconto generoso, no geral para quem gosta de comprar, mas o que é consumismo mesmo? O consumista é aquele que consome de forma excessiva, aquele que compra mais do que o necessário e só para deixar claro, ser consumista não é algo bom, mas nós, enquanto sociedade capitalista, tornamos isso uma prática muito comum. O intuito da lista a seguir, é mostrar que esse consumo excessivo pode te colocar em um caminho sem volta, tentar fazer com que você leitor, reflita antes de sair comprando tudo e comprando coisas que na realidade, você não precisa. 5. Os Delírios de Consumo de Becky Bloom (P. J. Hogan, 2009) O filme gira em torno de Rebecca Bloomwood uma consumista descontrolada e que, por coincidência do destino, é contratada por uma revista de finanças para ajudar suas leitoras a controlar seus gastos. Os primeiros minutos do filme já denunciam que essa é uma prática que está conosco desde criança, especialmente para aqueles que têm acesso fácil ao dinheiro. Quando a vida adulta chega e você sabe que tem cartões de crédito para ser feliz, a vida muda, mas a fatura sempre chega... nem tudo são flores. 4. Capitalismo – Uma História de Amor (Michael Moore, 2009) – ClaroVideo Michael Moore é uma das personalidades americanas mais polêmicas da história moderna. Documentarista que não tem medo do que ou de quem vai enfrentar e sempre convicto dos assuntos que vai abordar. Nesse documentário, Moore denuncia a sociedade capitalista e como ela faz com que as pessoas consumam sem parar, viciando as pessoas com propagandas, descontos, promoções e “vantagens” – um verdadeiro nocaute. 3. Sex and the City (Darren Star, 1998-2004) - HBOMax O relato mais preciso de um grupo de mulheres consumistas, esse não é necessariamente o foco da série, mas é evidente em cada uma das quatro personagens que elas consomem muito mais do que o necessário, especialmente porque Carrie (Sarah Jessica Parker) e suas amigas, Nova-Iorquinas, e sob grande influência do mundo da moda, estão sempre comprando aquele sapato por impulso ou um vestido para usar em um único evento. O diferencial aqui é que elas, cada uma à sua forma, são muito felizes dessa forma. Claro que elas têm para gastar e para consumir sem arrependimentos, então... 2. Friends (Marta Kauffman, 1994-2004) – HBOMax Se Rachel Green (Jennifer Aniston) não é a personagem mais consumista que existe na televisão, eu realmente não sei quem é. Na série, ela é uma ex-rica que tinha tudo o que queria, centenas de sapatos e vestidos, mas que agora precisa trabalhar para conseguir o que quer, mas isso não muda o fato de que ela é uma consumista nata, no decorrer das temporadas, com a ajuda dos seus amigos, ela vai perdendo esse costume e percebendo que tem coisas mais importantes na vida do que bens materiais. 1. Clube da Luta (David Fincher, 1999) - Netflix O maior problema do protagonista da obra-prima de David Fincher é a sociedade, uma sociedade capitalista e consumista. O protagonista, que é o narrador sem nome, interpretado por Edward Norton, é um cara que não consegue dormir, têm uma severa insônia. Para fugir do problema, ele fica horas consumindo coisas para o seu apartamento, coisas que ele não vai usufruir e isso acaba tomando conta de sua vida. Isso acontece até ele conhecer Tyler Durden (Brad Pitt) que vai mudar o rumo da vida do amigo para sempre, um filmaço.

  • CLIPE: Vogue de Bumbum, o novo hit de Luiz Kingsman

    “Bem menininha, na pose só pra lacrar”: Luiz Kingsman ousa na receita de seu novo hit e faz a Pose em clipe inédito Ontem, 23 de novembro, foi a data escolhida para o lançamento do mais novo single de Luiz Kingsman. Vogue de Bumbum é uma música dançante, uma mistura ousada entre um ritmo clássico das noites estadunidenses, o Vogue, que ganhou o mundo na voz e no inesquecível clipe de Madona, com um ritmo autenticamente brasileiro, o tamborzão e a inconfundível corneta do Funk. É com essa improvável mistura Vogue-Funk que Kingsman surpreendeu seus fãs. Aliás, uma surpresa internacional, já que o cantor resolveu soltar a voz, não apenas em português, mas também em inglês, algo que deve agradar e aproximá-lo de seus fãs americanos e abrir oportunidades para futuras turnês internacionais. O clipe segue a linha da música, muito animado, ousado, com cortes instigantes e uma modernidade excitante. O clipe brinca com o ritmo alternando luzes, locações, figurinos, coreografias e muita POSE, do início ao fim. O cantor drag que alterna recorrentemente entre baladas românticas e músicas dançantes, conseguiu inovar mais uma vez com uma música vibrante, animada, dançante e com aquele que agora se torna o novo melhor clipe da carreira de Kingsman. Vogue de Bumbum será apenas o primeiro passo da tríade KIN, um projeto em 3 etapas, (KIN 1, KIN 2 e KIN FEATS) que contará com participações internacionais, músicas em outros idiomas e um longo leque de estilos e experiências musicais. Ciente do desafio de cantar em outro idioma, Luiz Kingsman garante: “estamos trabalhando há bastante tempo nesse projeto. Escolhemos os melhores caminhos, selecionamos a dedo as faixas de cada álbum e pensamos no longo prazo em um projeto que seja plural, profundo e enorme. Cantar em outra língua é apenas uma pequena parte do desfio que envolve a trilogia KIN”. A música Vogue de Bumbum é uma mistura entre POP, Bregafunk e funk e já está disponível em todas as plataformas de música. Confira o clipe:

  • MIX Brasil: Confira tudo que rolou no festival

    Chegou ao fim a 29ª edição dovmaior festival de Cultura LGTQIA+ do Brasil. A gente te conta tudo o que aconteceu por Cleber Eldridge, portal Dossiê etc O Festival Mix é um programa cultural para celebrar a arte e a cultura LGBTQIA+. A primeira edição do festival aconteceu em 1993, atualmente o festival é coordenado e dirigido por André Fischer e acontece anualmente na cidade de São Paulo, no mês de novembro, focado exclusivamente na diversidade, o festival tem como principais atrações cinema, literatura, música, teatro e oficiais culturais, todos em eventos espalhados por São Paulo. O festival tem como patrocinadores a Prefeitura e o Governo de São Paulo e Itaú, apoio cultural do Sesc, parceria com o TikTok e parceiro de comunidade o aplicativo de encontros Scruff. O festival ainda não é muito conhecido pela massa, os frequentadores são sempre aquela galera que gosta de cinema, que adora assistir um título antes de todo mundo e para os leitores mais assíduos e frequentadores de teatro, eu mesmo só fui descobrir o festival em 2017, não me recordo como, fiquei sabendo que haveria uma única sessão do filme Me Chame Pelo Seu Nome (Luca Guadagnino, 2017) – quando cheguei para então assistir ao filme, uma fila quilométrica se formará na Rua Augusta, todos os eventos do festival são gratuitos, com retirada do ingresso para as atrações com uma hora de antecedência, embora esse ano, exclusivamente, por conta da pandemia, o CineSesc distribuiu os ingressos com uma dia de antecedência, ou seja, as sessões ficam disputadíssimas, ainda mais as sessões com filmes “badalados”. O Mix chegou em 2021 à sua 29ª edição, anualmente o festival entrega o Coelho de Ouro, um prêmio criado para celebrar o que houve de melhor em todas as áreas que o festival explora, no cinema, a competitiva é dividida em grupos: curtas-metragens, longa-metragem Brasil e panorama internacional, na entrada de cada sessão, eles entregam uma cédula para que, ao final de cada filme, você possa dar a sua nota, ou seja, os premiados são escolhidos exclusivamente pelo público que assiste à obra. Os curadores nunca decepcionam, dentre as obras selecionados para exibição estão sempre muitas coisas boas, desde o Show do Gongo, esse ano com a maravilhosa Marisa Orth, até os tributos. Ney Matogrosso foi o escolhido da vez. Os filmes então, nem se fala, alguns dos que causaram esse ano foram A Fratura / La Fracture, de Caterine Corsini e Benedetta, do polêmico Paul Verhoeven, ambos estavam competindo por uma Palma de Ouro em Cannes. Ao todo, o Panorama Internacional exibiu 21 filmes, todos ainda inéditos no Brasil. A Mostra Competitiva Brasil exibiu nosso selecionado para disputar uma vaga no Oscar 2022, Deserto Particular, de Aly Muritiba e outros 6 títulos: Madalena (Madiano Marcheti), Até o Fim (Glenda Nicácio e Ary Rosa), Deus tem AIDS (Fábio Leal e Gustavo Vinagre), Maquina do Desejo, Vênus da Nyke (André Antônio) – quem viu, viu, quem não viu, vai enfrentar uma grande dificuldade de achar esses filmes no futuro, infelizmente, não sei por quê raios, mas os filmes da competitiva no festival parecem desaparecer do mapa depois da exibição. O campo teatral selecionou cinco projetos inéditos – dos 61 inscritos - por meio de edital realizado em parceria com o Centro Cultural da Diversidade e a Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, as apresentações ocorreram de forma presencial no Teatro Paulo Eiró, e posterior exibição na plataforma digital. As obras selecionadas foram: Ele (Oliver Olívia), O que resta (Edson Thiago Rossi), Sobrevida (Angela Spiazzi), Venganza: Pega Homem? (Danna Lisboa) e O Silêncio Anuncia o Grito ou VOZ BIXA (Marco Antonio Oliveira). O campo musical foi marcado por apresentações de Ellen Oléria, Raquel e Mix Music Novos Talentos. O Mix Literário comemorou sua 4ª edição esse ano, com o tradicional Sarau Literário. Comemorou-se também o fato de que 2021 foi o ano em que mais se publicou livros escritos por pessoas LGBTQIA+ no Brasil. Da poesia e ficção aos relatos históricos, memorialistas e autobiográficos. Por fim, mas, não menos importante, o MixLab Spcine, promove anualmente um encontro entre profissionais envolvidos com realização, produção, curadoria, distribuição e diversos outros setores do mercado audiovisual, visando promover o intercâmbio de experiências e relações profissionais através de apresentações, palestras, workshops e debates. Se você não conhecia o Mix, lhe proponho já anotar na sua agenda de 2022 e ficar por dentro de tudo o que acontece, assistir aos filmes selecionados, ir ao teatro, conhecer um autor novo e se abrir de vez para a diversidade, dar um ponto final em qualquer preconceito que exista, Confira a lista completa dos vencedores: CINEMA Coelho de Ouro – Prêmio do Júri da Mostra Competitiva Brasil · Melhor Curta-Metragem Brasileiro: MANAUS HOT CITY, de Rafael Ramos · Melhor Longa-Metragem Brasileiro: DESERTO PARTICULAR, de Aly Muritiba INCENTIVO: O longa e o curta premiados com o Coelho de Ouro também receberão os prêmios DOTCINE, CTAV e MISTIKA de incentivo à realização de seus novos projetos audiovisuais através da parceria do Festival Mix Brasil com apoiadores da área cinematográfica. Coelho de Prata – Prêmio do Júri da Mostra Competitiva Brasil para Curtas-metragens · Melhor Direção: Victoria Negreiros e Júlia Fávero, por COMO RESPIRAR FORA D’ÁGUA · Melhor Roteiro: Rodrigo Almeida, por O NASCIMENTO DE HELENA · Melhor Interpretação: Raphaella Rosa, por COMO RESPIRAR FORA D’ÁGUA · Menção Honrosa: FLOR DE MURURÉ, de Marcos Corrêa e Priscila Duque Coelho de Prata – Prêmio do Júri da Mostra Competitiva Brasil para Longas e Médias-metragens · Melhor Direção: Madiano Marcheti, por MADALENA · Melhor Roteiro: André Antônio, por VÊNUS DE NYKE · Melhor Interpretação: Pedro Fasanaro, por DESERTO PARTICULAR · Menção Honrosa: ATÉ O FIM, de Glenda Nicácio e Ary Rosa Coelho de Prata – Prêmio do Público · Melhor Curta-Metragem Nacional: DOIS GAROTOS QUE SE AFASTARAM DEMAIS DO SOL, de Lucélia Sergio e Cibele Appes · Melhor Curta-Metragem Internacional: NA NATUREZA, de Marcel Barelli (Suíça) · Melhor Longa-Metragem Nacional: MÁQUINA DO DESEJO, de Joaquim Castro e Lucas Weglinski · Melhor Longa-Metragem Internacional: BENEDETTA, de Paul Verhoeven (França, Holanda) · Prêmio Canal Brasil de Curtas: O AMIGO DO MEU TIO, de Renato Turnes · Prêmio SescTV: UMA CARTA PARA O MEU PAI, de Aline Belfort · Bolsa Ateliê Bucareste: Giuliana Lanzoni, pela fotografia de COMO RESPIRAR FORA D’ÁGUA · Prêmio CineMix Periférico: COMO RECUPERAR O FÔLEGO GRITANDO, de Diego Nascimento e Murilo Gaulês DRAMÁTICA (Teatro) • Coelho de Ouro – Prêmio Dramática – Júri: ELE, de Oliver Olívia · Menções Honrosas: O QUE RESTA, de Thiago Vilanova e O SILÊNCIO ANUNCIA O GRITO OU VOZ BIXA, de Marco Antonio Oliveira · Coelho de Prata – Prêmio Dramática – Público: O SILÊNCIO ANUNCIA O GRITO OU VOZ BIXA, de Marco Antonio Oliveira MIX LITERÁRIO · Prêmio Mix Literário: MONSTRANS, de Lino Arruda · Menção Honrosa: NECA + 20 POEMETOS TRAVESSOS, de Amara Moira · Prêmio Caio Fernando Abreu de Literatura: ÚLTIMO DIA DO AMOR, de Brunow Camman PRÊMIOS ESPECIAIS · Prêmio Ícone Mix: Ney Matogrosso · Prêmio Suzy Capó: Glenda Nicácio, codiretora do longa ATÉ O FIM, e o elenco do filme – Wal Diaz, Arlete Dias, Maíra Azevedo e Jenny Muller · Prêmio Show do Gongo: BARBARA BEAUTY, de DaCota Monteiro · Prêmio Ida Feldman: Jurandy Valença

  • CineBR: Lançamentos 2022

    Depois do sucesso de Marighela, veja outras boas surpresas que o cinema nacional nos reserva O Brasil anualmente lança muitos filmes no cinema, mais de 30 produções nacionais são postas em cartaz , infelizmente a maioria delas não tem a divulgação necessária para atrair o público que o nosso cinema merece, pois cá estamos para preparar o terreno e despertar ainda mais a sua curiosidade a respeito do nosso maravilhoso cinema nacional. O polêmico Marighella, de Wagner Moura (estreou em 04/11/2021) finalmente chegou aos cinemas, depois de uma passagem no Festival de Berlim, ainda em 2019, o filme passou por vários problemas, primeiro ele foi adiado, depois censurado – dá pra acreditar? – e mais problemas com a pós-produção, que é a divulgação e toques finais, quase sempre envolvendo a edição do filme, mas estreou e ganhou muito destaque na mídia, o que deve lhe garantir uma ótima bilheteria. Aproveitando o calor dessa maravilhosa estreia, a Dossiê etc, resolveu antecipar o que vem por aí. O nosso representante ao Oscar 2022 foi escolhido, será Deserto Particular, de Aly Muritiba (estreia 25/11/2021) que vai às telas contar a história do policial Daniel que, ao cometer um erro, coloca em risco sua carreira e sua honra. Quando tudo está aparentemente perdido, o policial que se relaciona virtualmente com uma mulher, então sai para encontra-la. O filme ganhou um prêmio especial em Veneza e muito provavelmente por isso foi o escolhido, desbancando o favorito 7 Prisioneiros, de Alexandre Moratto (estreou 11/11/2021 – Netflix) que também participou do Festival de Veneza. O filme de Moratto era o favorito à escolha, porque a Netflix iria colocar dinheiro suficiente para que essa tão desejada indicação ao Oscar chegasse, mas, podemos (tomara que não) ficar a ver navios, mais uma vez. Os próximos meses contaram com a estreia de vários diretores de primeira viagem, na tentativa de emplacar seus filmes em nossos cinemas e em nossas mentes, dentre eles estão A Felicidade das Coisas, de Thaís Fujinaga (estreia ainda esse ano): O filme conta a história de Paula que está com a consciência pesada depois das férias em uma casa com piscina, grávida do terceiro filho, ela mora em uma casa apertada e quente, até que resolve instalar uma piscina. O também estreante Madiano Marchetti, traz sua Madalena (estreia em dezembro) para as salas de cinema trazendo uma discussão importante, a transfobia. O filme conta a história da personagem titulo que está morta e seu corpo foi deixado em um capo de plantação de soja, até ser encontrado por três jovens, esses que terão seus dias alterados pelo espírito de Madalena, lutando para superar a violência no país que mais mata LGBTQIA+ no mundo. O tema transexualidade também é o protagonista de Transversais, de Emerson Maranhão (estreia em dezembro). Aqui são cinco pessoas, Erikah professora, Samila funcionária pública, Caio José paramédico, Kaio pesquisador acadêmico, Mara jornalista – cinco pessoas com formações diferentes e de diferentes classes sociais, em comum, o fato de seres transsexuais. Maior que o Mundo, de Roberto Marques (estreia em dezembro) com Eriberto Leão, Maria Flor e Luana Piovani, conta uma história interessante. Beto (Leão) é um escritor com bloqueio criativo. Depois do sucesso do seu primeiro livro, ele não consegue alavancar seu próximo trabalho, em busca por inspiração ele frequenta as ruas do Baixo Augusta, em São Paulo, até que certa noite ele encontra um diário em uma caçamba de lixo, o autor se interessa por aquilo, transcreve e publica o diário sob sua autoria, não dá em outra, o verdadeiro autor aparece, mas quer reivindicar os direitos do seu diário de uma forma um pouco violenta. Poropopó, de Luis Igreja (ainda sem data confirmada) e cá temos com mais um filme de circo, o filme de Igreja vai mostrar a busca de uma família de palhaços por uma vida melhor, eles se mudam para a cidade grande e passam a enfrentar as dificuldades, preconceitos e autoritarismo com muito humor e magia. O ator Caco Ciocler também vai atacar como diretor, ainda não se sabe muito sobre O Melhor Lugar do Mundo, nem data de estreia, nem sinopse e nem detalhes do elenco, mas vamos aguardar. Por outro lado, Ainda Estou Aqui, de Walter Salles (estreia em 2022) será o primeiro longa-metragem original Globoplay. O diretor fechou um acordo de distribuição com a Globo que vai ajudar no financiamento junto com a Wild Bunch, que vai distribuir o filme internacionalmente. O filme de Salles parece que vai fugir das costumeiras estradas e narrar a história de Eunice, uma dona de casa que se torna ativista quando seu marido, o deputado Rubens Paiva, se tornou um dos muitos desaparecidos políticos no regime militar. O filme tá com cara de que vai fazer carreira nos festivais, mas não vamos ficar ansiosos, as filmagens ainda vão começar em meados de janeiro, então, infelizmente não veremos Walter Salles em Cannes 2022. São Paulo é a quarta maior cidade do mundo, onde a pichação cobre mais muros que em qualquer outro lugar do mundo, esse é o pano de fundo de Urubus, de Claudio Borrelli (estreia em fevereiro 2022) que mostra um grupo de pichadores liderados por Trinchas, que escala os mais altos prédios da cidade para deixar sua marca. Quando o protagonista de apaixona por uma estudante de artes, os dois mundos se colidem e acaba na invasão da Bienal de São Paulo. A Viagem de Pedro, de Lais Bodanzky (estreia em 2022) é mais uma daquelas obras inspiradas em Dom Pedro e afins, aqui o príncipe é interpretado por Cauã Reymond e mostra os eventos históricos que giraram em torno dele. Em 1831, período em que o primeiro imperador do Brasil volta à Europa sob condições adversas. O filme Medusa, Anita Rocha da Silveira (estreia em janeiro 2022) também tem uma história interessante, mostra uma gangue de mulheres que fazem de tudo para controlar as pessoas ao seu redor, inclusive outras mulheres, para então resistir a tentação. Mas claro, o corpo humano precisa, o corpo pede... Ainda em 2022 (sem data definida), para quem gosta de uma boa comédia de estrada, o filme que deve surpreender é As Aparecidas. Com direção de Ivan Feijó, o filme contará nas telonas as aventuras de Otília (Eva Wilma), uma mulher que perde o marido aos 70 anos, mas não perde sua vitalidade. Disposta a viajar pelo caminho da fé ela recebe a companhia e apoio de suas amigas de infância, nessa divertida excursão de senhoras, repleta de situações inusitadas pelas estradas do interior Paulista. DOCUMENTÁRIOS O documentário Os Donos da Casa, de Carla Dauden (ainda sem data confirmada) mostrará quatro brasileiros que foram afetados de diferentes formas depois da Copa da Mundo de 2014. O doc-denúncia tem um olhar mais sério sobre a entidade da FIFA, os eventos e quais são seus impactos a longo prazo nos países sede. Fedro, de Marcelo Sebá e Camila Ponta (sem data confirmada) promove o reencontro do ator Reynaldo Gianecchini e do seu mentor José Celso Martinez Corrêa para a leitura do texto “Fedro”, de Platão, um reencontro evitado por mais de duas décadas. O premiado Marinheiro das Montanhas, de Karim Aïnouz (estreia em janeiro 2022) mostra uma história pessoal do diretor que, cruzou o Mediterrâneo em sua primeira viagem à Argélia, acompanhado pela memória de sua mãe Iracema e sua câmera. Nessa intimista cobertura, o diretor nos dá um relato detalhado da viagem à terra natal de seu pai, uma região montanhosa da Argélia. O cinema brasileiro com toda certeza ainda tem muitas cartas na manga, muitos filmes guardados a sete chaves, outros que ainda não sabemos absolutamente nada, aliás, quantas vezes você viu aquele filme estrear assim, do nada, não foi uma, nem duas, foram várias, o cinema brasileiro é assim, gosta de surpreender, de nos pegar no susta... Anote em sua agenda, se programe e consuma o cinema brasileiro. Leia Dossiê.

  • LISTA: 5 filmes para o Dia Da Consciência Negra

    O cinema, nos últimos anos, mais do que nunca, celebrou a consciência e a cultura negra. O Dia de Zumbi e da Consciência Negra, celebrado neste sábado (20) deveria ser celebrado todos os dias, única forma de nossa sociedade superar de uma vez por todas o racismo estrutural, nos fazer conhecer mais sobre a rica, multifacetada e importante cultura negra. A data foi escolhida por coincidir com a morte do Zumbi dos Palmares (1655-1695), líder do maior quilombo do Brasil, formado durante o período da escravidão no Brasil colônia. O racismo e a consciência negra são assuntos que o cinema abordou muito na década passada e continua abordando, são inúmeros filmes que tocam na ferida e fazem o possível e o impossível para que o racismo seja de uma vez por todas, extinto. Separamos então, uma lista com filmes que seguem por esse caminho, tentei variar nos gêneros, para que você leitor consiga navegar pela luta em diferentes atmosferas. 5. Judas e o Messias Negro (Shaka King, 2020) O filme de 2020 que abordou com propriedade esse tema foi a obra de Shaka King, indicada ao Oscar de melhor filme. O enredo gira em torno de Fred Hampton (Daniel Kaluuya), que venceu o Oscar de melhor ator coadjuvante por esse filme), presidente do Partido dos Panteras Negras de Illinois e sua fatídica traição pelo informante do FBI Bill O'Neal (Lakeith Stanfield). O filme convencional dentro do gênero biográfico, até meio indeciso se foca na trajetória de Fred Hampton ou no contraste entre ele e Bill, deixando a relação entre eles nebulosa, mas é uma obra carregada de grandes atuações, belamente filmado e com discursos impactantes, aliás, a cena em que Fred faz seu maior discurso é de arrepiar, um bom filme para quem gosta de obras sobre política e a luta por direitos civis. Onde assistir: HBO Max 4. 13ª Emenda (Ava DuVernay, 2016) Ava DuVernay é uma diretora focada no tema, quase todas as suas obras focam em pessoas pretas, pessoas pretas importantes e acontecimentos que envolvem pessoas pretas. Para quem ainda não assistiu Olhos que Condenam / When They See Us (Netflix) e tem estômago, fica a dica – mas, cá estamos para falar de seu prestigioso documentário, um olhar sobre o sistema prisional dos Estados Unidos e como ele reflete o histórico de desigualdade racial na nação. É um conteúdo indispensável e trazido por especialistas que entendem e vivenciam a luta racial e carcerária nos Estados Unidos. Onde assistir: Netflix 3. Corra! (Jordan Peele, 2017) O sucesso dos filmes de terror, uma das maiores bilheterias do seu ano de estreia, o filme que colocou Jordan Peele e Daniel Kaluuya nos radares do mundo, um filme de gênero, mas que sabe como poucos usar isso ao seu favor. Chris Washington (Daniel Kaluuya), um jovem afro-americano, namora Rose Armitage (Alisson Williams), filha de uma família abastada, até que certo dia ela lhe pede que ele vá conhecer seus pais, numa visita inesperada. A vida de Chris vai virar do avesso, o filme usa o gênero terror para tocar em temas sociais importantes, especialmente o racismo velado. O filme venceu o Oscar de melhor roteiro original. Onde assistir: YouTube Filmes 2. A Cor Púrpura (Steven Spielberg, 1985) O cinema para Steven Spielberg sempre se misturou entre arte e trabalho pessoal. Algumas de suas obras caminham por sua própria história, mas não é o caso de A Cor Púrpura. Spielberg tinha um apreço muito grande pela obra de Alice Walker, foi quando resolveu levar ela para o cinema. O ano é 1906, em uma pequena cidade da Georgia, sul dos Estados Unidos. A quase adolescente Celie (Whoopi Goldberg), violentada pelo próprio pai, torna-se mãe de duas crianças. Separada dos filhos, Celie é entregue a Mister (Adolph Caesar), que a trata como companheira e escrava ao mesmo tempo. Cada vez mais calada e solitária, Celie passa a compartilhar sua tristeza em cartas. O filme ficou popularmente conhecido como um dos maiores azarões do Oscar, recebeu 10 indicações e não ganhou nenhuma. Onde assistir: HBO Max 1. Faça a Coisa Certa (Spike Lee, 1989) Spike Lee sempre foi e continua sendo um dos maiores ativistas em prol da população preta e isso se reflete ao longo de toda sua carreira. O diretor está sempre envolvido em polêmicas por conta de suas posições políticas. Ainda no início de sua carreira, Lee fez seu melhor e mais divertido filme, em um bairro onde a maioria da população é predominantemente negra, Buggin' Out (Giancarlo Esposito), um ativista, exige que Sal (Danny Ailello), um dono de uma pizzaria, troque as fotos de seus ídolos brancos do local, por fotos de ídolos negros. Quando tem seu pedido negado, o ativista passa a organizar um boicote contra a pizzaria de Sal. O resultado? Assiste e me conta... Onde assistir: Claro Now

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