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Prefeitura mantém rotina de massacre contra população de rua em São Paulo, aponta documento

"Não é confronto, é massacre", aponta grupo.

relatório produzido pelo coletivo A Craco Resiste reúne cenas de violência policial, sem motivo aparente.

Desde dezembro o coletivo A Craco Resiste tem monitorado a violência policial através de algumas câmeras escondidas, instaladas no alto de prédios em pontos da região da Luz, conhecida como Cracolândia, onde a maioria dos ataques policiais acontecem. Esse material foi compilado e se tornou um vídeo-dossiê.


Durante o período compreendido entre os dias 31 de dezembro de 2020 e o dia 29 de março de 2021, foram registradas ao menos 12 agressões sem motivo aparente, onde as imagens evidenciam provocações e ataques violentos gratuitos contra uma população acuada faminta, miserável e, muitas vezes em período de repouso. Cabe destacar que a campanha que gerou o dossiê é intitulada Não é Confronto, é massacre, com o destaque para o fato de que nas agressões denunciadas, não houve causa para as agressões


A reportagem Dossiê etc apurou que as agressões policiais flagradas possuem um método bem definido, 63% das ações ocorreram às sextas e sábados e 63% das ações acontecem entre as 17:00 e as 22:00. Outros 23% das ações ocorrem das 06:00 às 10:00 da manhã. Não foram verificadas agressões aos domingos.


Nos vídeos reunidos no dossiê publicado pelo coletivo A Craco Resiste é possível assistir os mais diversos tipos de agressões com bombas, tiros e gás lacrimogênio usados a esmo contra uma população inerte a qual nada resta fazer, senão correr quando as ações acontecem. Em um dos vídeos mais chocantes, o vídeo gravado no dia 31 de dezembro de 2020, em plena véspera de ano novo, os policiais surgem de surpresa e contra centenas de pessoas em situação de rua, atiram balas de borrachas e diversas bombas de efeito moral, gerando correria e pânico entre aquelas pessoas. Sem nenhum objetivo claro o único efeito alcançado foi o pânico.


As imagens das agressões são muito parecidas com as cenas flagrada em 08 de dezembro de 2020, quando uma agressão gratuita da GCM contra habitantes da região da Luz que buscavam abrigo para uma chuva de granizo que atingia a região, gerou revolta, correria e prejuízos a pessoas que passavam pela região e tiveram seus veículos depredados, após uma desastrosa ação de violência da prefeitura contra pessoas que precisam de atenção médica e psicossocial para lidarem com vícios, traumas, relações frustradas de família e problemas psíquicos de diversas naturezas que tendem a se agravar com a sequencia de agressões e descaso sofrido.

O coletivo ainda publicou um relatório de munições que aponta o gasto de mais de R$ 60.247,12 apenas de setembro de 2020 a março de 2021. Mas esse valor pode ser ainda maior, já que no dia 31 de dezembro, data de uma das ações mais violentas retratadas no vídeo, o relatório não relata nenhum gasto em balas de borracha e bombas de gás lacrimogênio.


Formado por observadores, psicólogos, psiquiatras, antropólogos e ativistas pelos direitos humanos que há anos lutam para coibir e denunciar a violência policial, principalmente, contra dependentes químicos e moradores da região da Luz, A Craco Resiste publicou um dossiê completo que pode ser lido clicando aqui.


Leia Dossiê.

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