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O Terremoto de Lisboa

Foto do escritor: por 𝑩𝒆𝒕𝒐 𝑭𝒓𝒆𝒊𝒕𝒂𝒔por 𝑩𝒆𝒕𝒐 𝑭𝒓𝒆𝒊𝒕𝒂𝒔

Um evento de grandes proporções muda a estrutura de Portugal e do poder mundial

Representação dos estragos ocorreram com o Terremoto de Portugal. Calcula-se que o desastre tenha destruído até 85% das construções de Lisboa e matado entre 10 mil e 75 mil pessoas.

Em 1755 Portugal era a grande nação. Os descobrimentos estavam trazendo muita riqueza ao país e era para lá que pessoas importantes do mundo gostavam de viajar, conhecendo seus aspectos de desenvolvimento, seus palácios, conventos e as características de uma Lisboa já moderna e próspera.


Figuras políticas de vários países tinham atenção especial ao visitar a terra do rei. Com pungência diplomática percorriam a cidade, recebiam acomodações luxuosas e eram também servidos com a comida especial que quase divinamente saia dos fogões com a criatividade gastronômica dos conventos


Naquela época as naus portuguesas levavam aos cofres do reinado uma quantidade indescritível de diamantes extraídos de solo brasileiro, carregados com força arrancada de uma África sequestrada, inclusive para mover seus remos quando não soprava vento suficiente para as velas.


Porém, diante de tanta ponta, tecnologia de navegação, poder econômico e político, algo de muito ruim também acontecia por lá, com a permissão do rei. A igreja católica mantinha em Lisboa seus palácios da inquisição. Apesar da escravidão mantida por séculos pelos portugueses, ainda havia espaço para desenvolvimento humano, desde que um indivíduo não caísse nas garras cruéis de uma máquina de matar, recheada de torturas horripilantes praticadas na inquisição.


As sessões começavam com pessoas presas nas salas dos palácios por dias. Um tempo angustiante em que viam nas paredes as pinturas das técnicas de dor que lhes seriam aplicadas. Era necessário aos algozes do escalão da igreja uma saturação de medo, para validar ainda mais o que faziam na prática. Muitos viveram dores incalculáveis por dias e dias, alguns com seus ossos quebrados de forma a gerar dores absurdas por longos períodos. Outros morriam sem voz, após dias gritando numa fogueira de gravetos para que a morte chegasse somente depois de muita dor, ardendo graveto por graveto.

A igreja ao lado do poder, uma junção de crueldade com permissividade.


Mas aconteceu que nesse mesmo ano, precisamente no dia primeiro de novembro, o dia de todos os santos do Papa Gregório III, Lisboa sofreu seu primeiro ataque. O solo tremia freneticamente, casas e muralhas estalavam antes da destruição que chegava rápido. Cumes de montanhas e picos vieram abaixo e a cidade experimentou um grande terremoto.


Barulho, poeira, destruição e gritos eram o cenário reinante. E não parou por aí. Um tsunami veio varrer outra parte dessa história e, por último, um incêndio de proporções gigantescas completou esse tríplice ataque a uma Lisboa rica, injusta, moderna e cruel.


Começava na história do mundo a primeira contagem de mortos e feridos, uma busca entre os escombros, um uso incessante dos recursos médicos da época. Um cenário devastador cheio de dores e gritos, dessa vez não mais por aquilo que muitos temiam, mas sim e talvez uma ira de Deus como muitos acharam.


Os reflexos do terremoto foram sentidos em várias partes. Só depois de muitos anos, quando as informações chegavam junto com as embarcações é que muitos souberam que suas dúvidas estavam relacionadas ao evento sísmico de Portugal. Em alguns lugares no norte da Europa, durante muitos anos não se descobria o porquê de alguns lagos apresentarem suas águas acima ou abaixo do nível, variações que ocorriam no mesmo dia, efeito do terremoto. Um evento sem precedentes não só em virtude de seu abalo. Terremotos de maiores magnitudes foram registrados em outros lugares do mundo, mas esse, em particular, mexeu com uma esfera política dominante, com um poderio financeiro e, em virtude do envolvimento com a própria história da época, há quem o considere como o terremoto que mais modificou e abalou estruturas, tanto físicas quanto políticas.


E assim, Portugal que injetava muito dinheiro ao PIB Inglês, com aluguel de naus e compra de tecidos exclusivos aos palácios, Portugal que recebia poderosos do mundo em finanças e poder começou a buscar sua reconstrução com a ajuda do Marques de Pombal, cuja estátua desponta em Lisboa hoje, sobre um pedestal de pedra trabalhada num ponto estratégico e visível de Lisboa. Criticado ou não, foi com ele que Lisboa recuperou o que pôde, reconstruiu o que precisava e pouco a pouco foi devolvendo à cidade uma imagem que não lembrasse mais o evento devastador que mexeu com o poder e com a igreja.


Recentemente, uma obra num convento da cidade fez mais revelações. Ossadas encontradas foram periciadas e confirmadas como vítimas do terremoto. Estavam quebradas e com areia, vítimas do terremoto e do tsunami. Essas perícias apontaram também que em alguns lugares de Lisboa o incêndio atingiu mais de mil graus. É a temperatura necessária para explodir um crânio, como era o caso de muitos ali.


Ainda assim Portugal permanece no ranking de bons países para se viver. Passou por outros abalos políticos como a presença de Salazar no poder, viveu pobreza que obrigou muitos a imigrar para países de língua portuguesa, inglesa e tantas outras.

Vista atual de Lisboa

Passaram-se muitos anos e a maior potência global passou para o outro lado do mar, em terras que se iniciaram com 13 colônias até se consolidar como Estados Unidos da América.


Um país de características protestantes de Martinho Lutero. Com a invenção da prensa, Gutenberg inaugurou seu projeto tendo a Bíblia como primeiro livro impresso na história. Um compêndio que lido por Lutero o fez protestar contra a igreja católica da qual era monge, apresentando suas 95 teses sobre o que ele entendia ser o contrário do que fazia a igreja.


Assim, cresceu a América a ponto de que hoje seu presidente, o grande líder, viaja a bordo do Air Force One, o famoso avião presidencial, sempre acompanhado de dois caças.


Coincidência ou não, há outro líder no mundo que ao viajar de avião também tem caças acompanhando. A diferença é que hoje ele mora no Vaticano

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