Critica: The North Water (Andrew Haigh, 2021)
O ser humano em seu pior estado de espírito, no fim do mundo com muito gelo e sangue. O resultado? Uma minissérie muito bem feita.

O que torna uma produção ‘cult’?! O enredo, o elenco, o diretor? Sim, pode ser qualquer uma dessas opções, isso quando não é o próprio público que coloca a produção nesse “patamar”. A coprodução dos canais AMC e BBC tem uma história muito peculiar e que com certeza, não iria atrair uma multidão de gente para frente da telinha, a minissérie de cinco episódios é uma adaptação do romance de Ian McGuire, chamado “Águas do Norte” – um raríssimo caso em que a versão cinematográfica/televisiva é melhor do a obra original.
O cenário principal da história é o Polo Norte, onde não existe absolutamente nada que não seja gelo, focas, baleias e alguns poucos esquimós. Patrick Sumner (Jack O’Connell) um ex-cirurgião militar que carrega um segredo sombrio dessa época, aceita trabalhar como médico no navio baleeiro, comandado pelo Capitão Arthur Brownlee (Stephen Graham) em uma expedição de caça que os leva até o Estreito de Lancaster, basicamente no “fim do mundo”, mas com um propósito que não é revelado de início, mas dentre os marinheiros está Henry Drax (Colin Farrell) que é a personificação da vilania humana.
