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A história já fez justiça, faltam as desculpas

Barroso admitiu que Dilma não foi afastada por crimes, mas sim por motivos políticos. Foi golpe!

"Não deve haver dúvida razoável de que não foi afastada por crimes de responsabilidade nem por corrupção, mas, sim, foi afastada por perda de sustentação política", disse o ministro Barroso no último 05/07 sobre Dilma Rousseff, presidenta do Brasil de 2010 a 2014 e reeleita democraticamente.

A imprensa é, sem sombras de dúvidas, o órgão mais importante no contexto de uma democracia (pressupondo, claro, que por se tratar de uma democracia, o estado de direito já está posto). Historicamente coube à imprensa agir na vanguarda das ideias e coube a ela a denúncia de ideias e ações que precisam ser ultrapassadas. Desde os casos de corrupção mais corriqueiros, até os casos mais escandalosos como a Vaza-Jato , todos vieram à luz graças ao trabalho investigativo da imprensa. Porém, nem todas as virtudes do mundo são capazes de apagar os erros cometidos. A esses, depois de cometidos, resta apenas o reconhecimento, arrependimento e o pedido de desculpas.


Apesar de sua grande importância a imprensa muitas vezes errou ao longo do tempo, para além daqueles veículos sensacionalistas que nascem para o erro e cultivam trajetórias errantes até seu fim, mais recentemente representados por sites e blogs com autores ocultos que têm como razão de ser o objetivo de desinformar dolosamente. Ignorando todos esses que usam o erro como método de trabalho, precisamos falar de veículos de imprensa sérios, com profissionais sérios, ainda que submetidos a controles editoriais que agem a serviço de interesses de mercado. Veículos como Estadão, Folha, Veja, Globo e outros tantos grandes dependentes do comércio de mídia, que muitas vezes se deixam levar pelo calor do momento e pela opinião de seus anunciantes.


Em nossa história recente assistimos veículos que, incitados pela venda de manchetes fáceis e cliques curiosos, cedem a narrativas de eventos duvidosos e pouco embasados em fatos de formas que iludem e distorcem a visão de justiça de um povo sofrido, pouco educado, pouco lido e, portanto, vulnerável a desinformações absurdas como a “mamadeira de piroca”, como esse mesmo povo poderia discernir a notícia, da tinta forçada de grandes veículos?